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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A Santa Aliança (versão insular)

por josé simões, em 09.02.07

 

Pela voz de Gabriel Drumond do PSD Madeira, ficámos todos a saber que Cavaco Silva não devia ter promulgado a Lei das Finanças Regionais por uma questão de dívida política para com o povo madeirense (o que quer que isso signifique), pelo contributo decisivo dado na sua eleição para Presidente da República.

 

Mas expoente máximo do desnorte que ataca o PSD e, o da Madeira em particular, entra rapidamente em flagrante contradição:

 

“Um país que tem um Presidente da República que não se quer incomodar em dirimir conflitos para não ameaçar o status quo ou a sua reeleição (…).”

 

Então em que é que ficamos? A Madeira teve ou não teve um papel decisivo na eleição de Cavaco Silva? Pelos vistos não o teve, uma vez que, e segundo Gabriel Drumond, Cavaco Silva aprovou a Lei por estar preocupado com a sua reeleição…

 

O insólito neste acto de promulgação da Lei das Finanças Regionais, não é a argumentação e a linguagem usada – já todos estamos mais ou menos habituados via Alberto João – é a reacção PSD-PC-BE sob a forma de coligação espontânea e debaixo do mesmo guarda-chuva autonómico.

 

O Bloco apresentou ontem na Assembleia Regional um voto de protesto contra a promulgação da Lei:

 

“Opção do Presidente da República contra a Madeira”

Paulo Martins, Bloco de Esquerda

 

O PC, a quem Cavaco Silva nestas coisas de eleições é insuspeito de dever favores; na Assembleia Regional e pela voz de Leonel Nunes:

 

“Teve o voto popular, por isso deveria seguir a vontade do povo e não decidir ao sabor do TC.”

 

Depois de em Dezembro passado Coito Pita (estranho nome…) ter ressuscitado o fantasma do separatismo, suspeitas que sempre foram as ligações de Drumond aos separatistas da FLAMA, havendo alguns velhos ex-Brigadas Revolucionárias a militar no Bloco e, com a experiência adquirida pelo PC na extinta ARA; iremos assistir ao nascimento de uma Sierra Maestra na ilha?

 

Apontamentos

por josé simões, em 08.02.07

 

O efeito Ana Gomes chegou ao CDS/ PP; o deputado João Rebelo propôs que se repitam as filmagens subaquáticas ao navio Bolama, para que se esclareça se o naufrágio se deu por “causas naturais” ou “se algo de mais grave” ou “obscuro” aconteceu.

È o regresso de Scully e Mulder em versão Costeau.

 

O Presidente da República promulgou a Lei das Finanças Regionais.

Levará muito tempo até ao PSD perceber que, Regiões Autónomas significa exactamente isso: Autónomas e, não Independentes?

Logo as normas estatutárias não têm qualquer prevalência sobre as disposições constitucionais.

Alguém que lhes explique, como se eles fossem muito burros.

 

Al Gore, ex-vice e ex-futuro, vem a Lisboa ganhar uma pipa de massa, para dizer numa conferência, o que alguns andam aos anos a gritar a plenos pulmões e de borla.

È o país que temos.

 

Entretanto, as preocupações ambientais da Comissão Europeia terminam, onde começam as preocupações monetárias da indústria automóvel alemã; ao recuar na proposta de redução das emissões do CO2, de 130 gramas para 120 gramas por quilómetro percorrido.

Esta proposta iria afectar sobretudo os veículos de alta cilindrada; precisamente aqueles utilizados pelos comissários.

O ambiente pode esperar.

 

A Câmara Municipal da Moita, fez com a Quinta das Fontaínhas – incluída no corredor de passagem do TGV e acessos à futura ponte Barreiro-Chelas – exactamente o mesmo que, a Câmara de Lisboa havia feito, com os terrenos da antiga Fábrica Nacional de sabões em Marvila.

Mas a Moita, apesar de ficar mesmo em frente a Lisboa, do outro lado do rio; em termos mediáticos e, com mais ou menos barulho pelo meio, causado pelas discussões ao redor da IVG, fica a muitos milhares de quilómetros de distância.