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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Ulrico strikes back

por josé simões, em 19.01.17

 

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Independentemente das contas do banqueiro Ulrico estarem ou não certas e de os contribuintes terem ou não salvo a banca, em Portugal, o que o banqueiro Ulrico não diz é que lamenta o contribuinte ter gasto um cêntimo de euro que seja para salvar a banca; que lamenta a banca não ter sido salva na íntegra pelos seus accionistas; que um cêntimo de euro que seja retirado ao contribuinte para salvar a banca é um cêntimo de euro retirado à economia do país por causa dos desmandos dos accionistas banqueiros; que quando os accionistas dos bancos se andaram a lambuzar com dividendos pornográficos, proveito de uma economia de casino e especulativa, não tenha havido dos accionistas dos bancos um reconhecimento para com o contribuinte, sempre ali à mão de semear para a salvação terrena; que ele, Ulrico, enquanto banqueiro nunca tenha dado um passo que lhe seja publicamente conhecido para poupar o contribuinte e evitar todas estas situações.


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

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||| Nunca auguentou e não vai auguentar

por josé simões, em 28.04.16

 

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Vamos ao que interessa. E o que interessa é este senhor, que passou os últimos 5 anos a insultar os portugueses, vai, aos 62 anos de idade, fazer o que nenhum dos seus conterrâneos vai alguma vez conseguir: reformar-se. O aumento da esperança de vida, a sustentabilidade da Segurança Social e o coise. Este senhor, que passou os últimos 5 anos a insultar os portugueses, vai, aos 62 anos de idade, fazer uma coisa que, nem nos melhores sonhos sonhados, os seus conterrâneos vão alguma vez sonhar fazer: reformar-se com uma reforma milionária. O crescimento económico indexado, a produtividade e o coise também. De certeza que merece. "Auguenta, auguenta!" Auguentamos nós por ele. [Não, não é gralha, é assim que os coitados que auguentam falam].


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| O banqueiro Ulrico a fazer-se de parvo

por josé simões, em 07.11.14

 

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Descontando aquela parte de que se o BES tivesse sido nacionalizado o banqueiro Ulrico não tinha contribuido com umas migalhas para o monte de migalhas dos 700 milhões que cabem aos bancos no bolo suportado pelo dinheiro dos contribuintes, que é como quem diz o Estado, este "Eu preferia a solução do Partido Comunista que era a nacionalização do banco [BES], essa tinha sido melhor para nós" é o banqueiro Ulrico a fazer-se de parvo, a fazer dos outros parvos e a fingir não perceber que a solução do Partido Comunista era não só a nacionalização do BES mas também a do BPI e de toda a banca privada. E daí, se calhar, tinha sido melhor para nós [eles, o banqueiro Ulrico] que podia assim ir trabalhar por conta de outrém, aguentar, aguentar e deixar de se preocupar e de ganhar cabelos brancos com o dinheiro dos outros e com o dinheiro do Estado.


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||| Um rato de esgoto

por josé simões, em 22.10.14

 

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O Ulrico, que é  Fernando, diz que aumento do imposto sobre a banca «é medida mal dirigida e mal justificada» porque «a maior parte dos bancos que operam em Portugal, ou têm prejuízo ou ganham muito pouco dinheiro», já a recapitalização do banco a que preside, maquilhada pelo ministro Gaspar das Finanças de enorme aumento de impostos, é bem dirigida e bem justificada porque a maior parte dos cidadãos que trabalha em Portugal, ou têm lucro ou ganha muito dinheiro e, como tal, ai aguenta, aguenta. Um rato de esgoto é isto.


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||| Tudo explicado em 01:05 minutos

por josé simões, em 07.07.14

 

 

 

Um castanheiro [?] um carvalho [?] que dá laranjas [?] pêssegos [?], uma família que contra as mais elementares regras de segurança, ensinadas às crianças logo nos primeiros anos de ensino, face a uma colossal tempestade se abriga debaixo de uma árvore. O logro, a mentira, a irresponsabilidade do sistema financeiro que colocou os Estados debaixo da maior crise dos últimos 90 anos e aos cidadãos sacrifícios e privações de que já não havia memória, e que voltará a colocar, porque a árvore, passada a tormenta, torna a dar frutos, tudo explicado em 01:05 minutos num spot publicitário do BPI [Banco Português de Investimento]. Muito obrigado senhor Ulrich pela sessão de esclarecimento.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Escusam perguntar mais

por josé simões, em 10.05.13

 

 

 

Se tinham uma pequena ou uma grande curiosidade, se alguma vez vos passou pela cabeça saber onde é que os 'banqueiros milionários' portugueses, e outros portugueses milionários que não banqueiros, todos os dias nas televisões todos muito preocupados com o estado da Nação, têm o seu rico dinheirinho guardado, escusam moer mais a cabeça, escusam perguntar mais porque, ainda que inconscientemente, ainda que por exclusão de partes, Fernando Ulrich respondeu à questão. Em Portugal não é.

 

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|| Em futebolês, um golo de bandeira

por josé simões, em 10.02.13

 

 

 

|| Da recapitalização do Benfica por parte do Estado

por josé simões, em 06.02.13

 

 

 

«Não percebo porque se emociona tanto com a minha remuneração. Porque é que não se preocupa, por exemplo, com quanto ganha o treinador do Benfica?»

 

 

 

 

 

 

|| E quando morrer vai para o Céu?

por josé simões, em 05.02.13

 

 

 

"Não recebo lições de sensibilidade social dos outros. Essas lições tive-as em casa, na escola e na religião católica"

 

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|| Ai aguenta, aguenta…

por josé simões, em 03.02.13

 

 

 

[Via]

 

 

 

 

 

|| E se nós fossemos muito ricos?

por josé simões, em 01.11.12

 

 

 

[Via]

 

 

 

 

 

|| Com Ulrich a fazer de capo do konzentrationslager?

por josé simões, em 30.10.12

 

 

 

Só quem nunca leu "Se Isto é um Homem" de Primo Levi ou Robert Antelme em "A Espécie Humana", só a título de exemplo, é que pode dizer que "há limites aos sacrifícios que se podem pedir aos portugueses" ou que o país não aguenta mais austeridade. "Ai aguenta, aguenta!".

 

 

 

 

 

 

|| O Governo com paredes de vidro

por josé simões, em 26.10.12

 

 

 

Ou será antes o partido com paredes de vidro? Adiante. A "pujança", o "dinamismo", a capacidade de "inovação" e o "empreendedorismo", permitem ao BES viver sempre acima das nossas possibilidades aparecer sempre ligado a tudo o que é negócio. Há aqui um padrão.

 

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|| O Idiota, do grego idiótes, o homem privado – em oposição ao homem de Estado, ou público

por josé simões, em 18.10.11

 

 

 

Foi criada a ideia”, assim mesmo, na voz passiva e sem mais explicações, e «“grande responsabilidade” dos bancos é “proteger os depositantes” [esta parte é curiosa porque também “foi criada a ideia” que a grande responsabilidade dos bancos é proteger os accionistas, para proteger os depositantes existe o Estado e o dinheiro do contribuinte], pelo que as instituições só devem conceder crédito se “o risco for aceitável para quem tem de proteger os depositantes”».

 

Hummm… foi lucrativa boa a sesta, senhor Fernando?

 

[Buster Keaton na imagem]

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 05.05.11

 

 

 

 

 

"O sector bancário é o pior tratado, e injustamente, neste tratado"

 

(Na imagem Lon Chaney in "Laugh, Clown, Laugh", 1928)