"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Depois de uma magistral derrota frente à Ucrânia o melhor que ocorreu à única Selecção do mundo onde os melhores não jogam, vítimas dos medos de um seleccionador a que os comentadeiros e analistas chamam de conservadorismo, foi uma exaltação no Twitter do capitão e dos objectivos e metas a que se propôs. Não explica tudo mas ajuda a perceber a lusitana cultura e crença no homem providencial, o D. Sebastião que numa jogada genial do sistema de jogo de 9 para 1, nos vai guiar à glória só ao alcance das selecções nacionais que teimam em jogar num colectivo de 11.
Quando a grande maioria das intervenções dos ouvintes/ espectadores nos directos de opinião nas rádios e televisões [Antena Aberta na Antena 1, Opinião Pública na SIC Notícias ou o Fórum na TSF, por exemplo] na análise ao trabalho da selecção nacional de futebol e ao trabalho de Fernando Santos começam ou terminam com um "é uma pessoa que sabe falar" está explicado porque é que em Portugal é tão fácil eleger personagens da estirpe de Cavaco, Barroso, Coelho, Portas e ilhas adjacentes. E se usar gravata e não for guedelhudo tanto melhor.