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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

OMO lava mais branco

por josé simões, em 11.05.18

 

OMO.jpeg

 

 

Agora que o malandro está no chão vale tudo, até vale branquear que Luciano Alvarez, jornalista do Público, deu conhecimento a Tolentino Nobrega, correspondente do jornal na Madeira, de que se tinha reunido com Fernando Lima, a pedido deste, e que a conversa começou com o assessor de Cavaco Silva a dizer que estava ali a pedido do chefe de Estado para falar de um assunto grave, que o Presidente da Republica achava que o gabinete do primeiro-ministro o andava a espiar e que, a pedido de Cavaco Silva, a história deve começar no arquipélago, para não levantar suspeitas e para parecer que o furo teve origem em alguém ligado a Alberto João Jardim, naquilo que ficou conhecido como a "inventona das escutas a Belém", a conspiração de um Presidente contra um Governo legítimo e democraticamente eleito, enquanto mantinha assessores seus, pagos com o dinheiro dos contribuintes, a trabalhar na elaboração do programa político do seu partido - o PSD, e de Pedro Passos Coelho.

 

Nada disto aconteceu, não disto interessa, nada disto importa, o que importa é que Henrique Monteiro, antigo director do jornal do militante n.º 1, passados nove - 9 - nove anos sobre o acontecimento, lembrou-se de vir dizer que o gabinete do malandro entregou cópias de correspondência interna do Público a uma jornalista daquele semanário, com o intuito de "se vingar" do diário por este ter investigado a sua licenciatura.

 

Nesta lavagem da história vale tudo, só já falta Cavaco Silva, himself, interromper a reforma e aparecer por aí numa televisão qualquer com o tradicional "eu avisei" enquanto mastiga cuspo.

 

 

 

 

||| Jantares de negócios

por josé simões, em 08.06.14

 

 

 

«Presidente da antiga SLN [Sociedade Lusa de Negocios, a holding que controlava o BPN, e actualmente presidente da Galilei, SGPS] reeleito grão-mestre do GOL»

 

O senhor António podia ter acrescentado que não há jantares grátis: «pode acontecer é num jantar que antecede ou sucede a uma reunião maçónica».

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| "Uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar" [*]

por josé simões, em 12.01.12

 

 

 

|| Qual foi a parte que eu não percebi?!

por josé simões, em 10.01.12

 

 

 

Os que passam a vida a criticar o secretismo da vida interna do PCP são os mesmos que acham natural e democrático a opacidade da maçonaria.

 

No entanto o PCP vai a votos e não ocupa cargos de governação [nem de administração pública e empresarial por nomeação], enquanto a maçonaria, que não vai a votos, divide o Estado de direito entre a família e os amigos. Um pormenor.

 

 

 

 

 

|| Rewind / Fast Forward buttons. Da Encenação

por josé simões, em 05.01.12

 

 

 

"Uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar"

 

Fernando Lima, consultor político do Presidente da República Cavaco Silva

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Fernando Lima reloaded

por josé simões, em 12.07.10

 

 

 

«(…) explicando que existe como que “uma mão invisível a fazer a coordenação”»

 

 

 

 

|| Moços de recados, cães de guarda e outros animais de estimação

por josé simões, em 16.01.10

 

 

 

As coisas têm a importância e/ ou o valor que as pessoas lhe quiserem dar; foi uma coisa que aprendi durante os quase 5 anos em que trabalhei no mercado internacional dos coleccionadores de discos de vinyl, quando vi, em Londres, gente disposta a dar 10 mil euros por um LP dos Beatles comprado por 1 euro na Feira da Ladra em Lisboa.

 

Para mim tem o mesmo valor e a mesma importância que aquela mosca que anda agora ali de volta do contentor do lixo. Exactamente.

 

 

 

|| Da estupefacção

por josé simões, em 25.11.09

 

 

 

Está tão estupefacto como eu ou como outro qualquer cidadão anónimo: igual a nada.

 

Diz que está, faz o papel que tem de fazer, por ele e pelo partido, e de caminho “espeta umas farpas”.

 

(Imagem de Larry Ellis, Larry Ellis Collezione via Hulton Archive/ Getty Images)

 

 

 

 

|| Escutas com interferências

por josé simões, em 22.09.09

 

 

 

Quando disse o que disse não foi aquilo que nós pensámos que queria dizer. A senhora “verdade” é lá capaz dessas coisas. Nem uma coisa tem, teve, ou poderá ter a ver com a outra.

 

E como diz o povo, quando o barco vai ao fundo os primeiros a fugir são os ratos.

 

(Imagem Amplifiers at Bolling Field, 1921.Two giant horns with ear tubes, evidently designed to listen for approaching aircraft. Via National Photo Co.)

 

 

 

|| Tudo acaba em bem, Quartel-General em Belém

por josé simões, em 22.09.09

 

 

 

Começa a meio: «há 17 meses um editor do PÚBLICO enviou uma mensagem a um jornalista pedindo-lhe para apurar um conjunto de factos», e acaba antes do fim: «Já o Diário de Notícias optou por revelar correspondência privada com o objectivo de expor a fonte da notícia de 18 de Agosto».

 

Omite porque é que o editor enviou a mensagem ao jornalista e esquece que foi por causa do DN que se deslindou a trapalhada. Pelo meio ficamos todos a saber que a profunda investigação jornalística feita pelo Público se resumiu a receber o e-mail, guardá-lo na gaveta para, 17 meses depois e alertado pela “fonte”, o ressuscitar e publicar, às portas de umas eleições e fazendo o jeitinho ao Presidente – quiçá com um olho no partido do Presidente –, que nunca se demarcou nem matou “a investigação jornalística” à nascença.

 

José Manuel Fernandes é livre de fazer as suas escolhas e as suas opções políticas, mas que o faça de forma legal e com transparência e que não nos coma a todos por parvos.

 

Entretanto talvez não seja de todo descabido perguntar se o Presidente, que por lá continua impávido e sereno, tem condições para o continuar a ser.

 

 

 

|| Não apaga a memória

por josé simões, em 21.09.09

 

 

 

Podem os portugueses continuar a confiar num Presidente que manobrou nos bastidores e tentou criar um facto político a meio de uma campanha eleitoral, e cujo resultado imediato seria o prejuízo do partido no Governo e o benefício do maior partido da oposição, que por acaso é o seu?

 

Pronto, está resolvida a questão. Até Cavaco se lembrar de inventar mais uma e sacrificar mais outro.

 

(Imagem de Benoît Tournier fanada no Libération)

 

 

 

|| Regresso ao passado

por josé simões, em 19.09.09

 

 

 

Regresso ao passado, a “outra senhora”, e essas coisas assim que fazem a Direita ficar muito melindrada e ofendida só de ouvir falar na possibilidade de haver alguém que esteja a pensar falar nisso, tem a ver, por exemplo, com que passados 35 anos da Revolução de Abril termos um Presidente da República eleito com o apoio dessa mesma Direita  cujos assessores elaboram dossiers sobre cidadãos, e como se isso não fosse suficientemente grave, ainda os entregam a jornalistas “de confiança”?

 

(Na imagem Nosferatu de Friedrich Wilhelm Murnau)

 

 

 

 

|| “Um abraço e vai-te a eles” (*)

por josé simões, em 18.09.09

 

 

 

Continuo a preferir o “estilo” Mário Soares: dizia na cara o que pensava de Cavaco Silva e do seu Governo.

 

A imagem que passa é a de que temos um Presidente camuflado de “cooperante estratégico”, mas na realidade articulado com o maior partido da oposição, que por acaso é o seu, a hostilizar um Governo a um mês das eleições, falsificando notícias e lançando boatos e suspeições. Este senhor não é o Presidente-de-todos-os-portugueses porque ficou lá atrás, no dia 22 de Janeiro de 2006.

 

A frontalidade, e não só na política, é um valor muito bonito. Como me disse o meu pai no primeiro dia em que me apresentei no primeiro emprego: “Entras sempre pela porta da frente e dizes bom dia a toda a gente. Gostes ou não deles”.

 

Sobre o mensageiro não falo. Cada um tem “A Verdade A Que Temos Direito”.

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

(*) Imagem via

 

Post-Scriptum: os presidentes pedem a demissão?

 

 

 

 

|| Qual foi a parte que eu não percebi?!

por josé simões, em 28.05.09

 

Com um buraco financeiro – um buraco é favor; uma cratera – de 1800 milhões de euros e após uma injecção de 1400 milhões de euros, a «Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a antiga dona do BPN, pretende receber do Estado, como indemnização decorrente da nacionalização do banco, 403,8 milhões de euros», o que, contas por alto, dá qualquer coisa como 2203,8 milhões de euros a pagar pelo erário público, vulgo contribuinte.

 

Como diz o povo: e o rabinho lavado com água das malvas, também não?