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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A doutrina social dos que se benzem antes de pisarem o relvado

por josé simões, em 05.10.22

 

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A Federação Portuguesa de Futebol, entidade com estatuto de utilidade pública desportiva atribuída pelo Estado, urdiu um esquema com o seleccionador nacional para lesar o Estado, por via da fuga aos impostos, e continua tudo como se nada se tivesse passado. O seleccionador continua a seleccionar, o presidente do futebol continua a presidir ao futebol, o outro que fala sobre tudo e que chega à flash interview primeiro que os jogadores nunca ouviu falar no assunto, no fim acertam as contas com o fisco, e lá vamos cantando e rindo. É a doutrina social dos que se benzem antes de entrarem no relvado, vão perorar sobre a fé que muda vidas a plateias de devotos carentes de exemplo depois de terem ouvido o Papa pedir justiça fiscal e exortar ao pagamento de impostos. Amém.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

O triunfo de André Ventura

por josé simões, em 20.03.18

 

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Ver Cristiano Ronaldo, valorizado no estrangeiro [Inglaterra e Espanha], na Gala da Federação Portuguesa de Futebol a fazer discurso contra valorização dos jogadores estrangeiros em Portugal. É por causa de palermas destes que os Andrés Venturas desta vida triunfam. [E a propósito do futsal ainda rematou com o quão difícil é um português ser português em Espanha, as "tribulations" de um jogador tuga num balneário em Madrid. Como não joga sozinho, o futebol é um jogo de 11, alguém que lhe faça um desenho. A mãe, por exemplo, mê rique menine]

 

[Imagem]

 

 

 

 

Bardamerda para o Conselho de Disciplina

por josé simões, em 26.04.17

 

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No dia em que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol resolveu mandar bardamerda um órgão federativo - o Conselho de Disciplina e, em instalações propriedade da federação a que preside, receber um presidente de um clube de futebol a cumprir sanção disciplinar que o inibe de exercer o cargo por 113 dias.

 

 

 

 

 

||| Vai tu!

por josé simões, em 16.06.14

 

 

 

Toda a gente sabe que quando os portugueses querem mandar alguém para o pai dos povos usam o dedo do meio e nunca o dedo indicador e Raul Meireles, apesar do aspecto de betinho de Brixton, não é bife é tuga. Já Pepe foi segredar "tu não vales nada" ao ouvido do boche, o árbitro é que interpretou mal.

 

«Raul Meireles apenas explicava que recuaria para a posição de defesa central, passando a jogar do lado direito do eixo defensivo.»

 

Luisão joga com o n.º 3 nas costas e "filho da puta" no Porto é um tratamento carinhoso entre camaradas. Quem o disse foi Pinto da Costa que é amigo de Carlos Queiroz e que pode ser maluco mas não é estúpido ao ponto de o pôr a tomar conta do plantel Andrade.

 

 

 

 

 

 

|| Perfeitos idiotas

por josé simões, em 31.08.12

 

 

 

Só uma Federação governada por perfeitos idiotas faz a convocatória para os dois primeiros jogos de apuramento para o Mundial 2014 no mesmo dia e à mesma hora do sorteio para a Liga Europa, obrigando as televisões a optar por uma transmissão, ou a transmitir as duas em simultâneo, com prejuízo para ambas e para o espectador, seguida do habitual momento penoso, aaa… as declarações de, de, de Paulo aaa… Bento aaa.

 

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|| Desculpem que mal pergunte mas, onde é que está a notícia?!

por josé simões, em 08.01.12

 

 

|| Não é por nomeação governamental, como na Caixa Geral de Depósitos?

por josé simões, em 30.07.11

 

 

 

Não fora o Pinto da Costa (tricampeão das derrotas autárquicas pelo PS) deter “acções douradas” na Federação Portuguesa de Futebol e podiam(os) bem dispensar a formalidade das eleições.

 

 

 

 

 

 

|| Para acabar de vez com o futebol

por josé simões, em 30.01.11

 

 

 

 

 

É o estertor do poderio das Associações Distritais de Futebol iniciado nos idos da célebre trilogia Pintista, com o testa de ferro Adriano Pinto à cabeça, e da trilogia associativista – Porto, Braga e Aveiro –, das descidas cirúrgicas de divisão e dos alargamentos também cirúrgicos de divisões, na divisão do país entre bons e maus/ Norte e Sul, das manobras de bastidores pelo controlo do Conselho de Arbitragem, dos cozinhados nos bastidores, tudo escudado e justificado com a “fórmula simples” do “mais clubes mais votos”, e que havia de ficar para a história como "O Sistema".

A farsa que leva a tragédia termina com uma proclamação de vitória clara e inequívoca da “razão contra a emoção e a legalidade e o direito contra a ilegalidade e o abuso de direito”.

 

Morrem, disso ninguém duvide, mas levam o futebol com eles.

 

(Charles Montgomery Burns na imagem)

 

 

 

 

 

|| 1 de Dezembro de 1640

por josé simões, em 01.12.10

 

 

 

 

 

Em dia de defenestração, e 370 anos depois, Portugal aparece aos olhos da comunidade internacional como mais uma província de Espanha. Organização conjunta implicava haver, pelo menos, o jogo de abertura ou o jogo de encerramento numa das partes organizadoras. União ibérica my ass, mais o Saramago e a Medeiros!

 

E parece que vai dar dinheiro a rodos. Para quem não sabemos, ou melhor, sabemos até bem demais. Curiosamente, ou nem por isso, não entra nas contas de quem faz contas ao TGV, ao novo aeroporto, aos submarinos e à terceira travessia do Tejo, apesar dos custos/ benefícios (se falarmos unicamente nas movimentações de contas bancárias) serem praticamente os mesmos e para os mesmos.

 

(Na imagem a Praça dos Restauradores em Lisboa, anos 30/ 40 do século XX)

 

 

 

 

 

 

|| Como diria o “outro”: “A verdade vem sempre ao de cima”

por josé simões, em 30.07.10

 

 

 

Que nome se dá a um gestor (Carlos Queiroz) que apresenta um produto com resultados zero ou negativos, de quem os clientes (nós) não gostam do serviço prestado, idem o patrão (FPF) ibidem os colaboradores (jogadores), e que ainda assim não abandona o cargo?

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

 

 

 

 

|| As moscas

por josé simões, em 20.10.09

 

 

 

Ontem passou na televisão uma reportagem sobre as moscas e os estádios do Euro 2004 e onde se equacionava a possibilidade de implodir o novel estádio de Aveiro, sorvedouro de dinheiros públicos, e com uma média de 2000 espectadores por jogo, descontando as moscas. Ou seja, sai mais barato pagar a uma empresa para escaqueirar o estádio que o manter como está. Resta saber se a empresa contratada para o destruir será a mesma que foi contratada para o construir, mas isso é a mesma outra estória.

 

«“Nunca apresentaríamos uma candidatura se não soubéssemos que vamos prestar um grande serviço à família da FIFA. Porque temos experiência, temos infra-estruturas fantásticas (…)"»

 

Já vai sendo tempo de «prestar um grande serviço à família» portuguesa, descontando as moscas. Dos estádios e da Federação.

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

 

 

|| Da série “Um “empresário” português”

por josé simões, em 17.06.09

 

«(…) tem vivido na base do que tem sido o sucesso do seu melhor produto: a sua selecção. Se ficarmos fora do Mundial, seremos obrigados a efectuar ajustamentos internos" (…)»

 

Uma empresa que não rende, apesar da matéria-prima de qualidade; um produto que desvaloriza, num mercado em crescendo; um “conselho de administração” que não responde pelos erros estratégicos cometidos; um gestor (Carlos Queiroz) que não é responsabilizado pelas más opções tomadas, apesar das excelentes condições contratuais e de trabalho; o mercado a fugir debaixo dos pés – literalmente. A solução do costume: «ser obrigada a despedir ou dispensar funcionários»

 

(Na imagem Buster Keaton via Corbis)

 

 

 

 

O “braço armado” do Bloco Central

por josé simões, em 23.03.09

 

Não consigo perceber os motivos para tanta indignação e revolta. Este futeboleco da treta é o reflexo do país político desde pelo menos os anos de 1977/ 1978.

 

Veja-se quem esteve e está à frente das Associações de Futebol e da Federação Portuguesa de Futebol, e muito mais tarde da Liga; quem esteve e está à frente dos clubes; quem esteve e está à frente das Câmaras Municipais e simultaneamente acumula funções directivas nos clubes ou transita de uns para outros como quem vai de fim-de-semana ao Algarve. Até os paineleiros, vulgo comentadores, dos programas desportivos.

 

Entre deputados, ex-deputados e futuros deputados; ex-ministros e ex-secretários de Estado e futuros ministros e futuros secretários de Estado, exactamente os mesmos que gerem os destinos do país desde há 30 anos a esta parte e a que se convencionou chamar de Bloco Central.

 

O último a sair que apague a luz.