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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

50 anos do 25 de Abril

por josé simões, em 09.02.24

 

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[Parece que a Mariana Mortágua disse qualquer coisa da avó]

 

 

 

 

Sim, os fascistas podem

por josé simões, em 16.01.24

 

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Parece que vai por aí grande alvoroço porque a extrema-direita está a ganhar likes no TikTok e no Insta a todos os outros na geração entre os 18 e os 24 anos, e Portugal não é excepção, com o partido da taberna a liderar destacado. Porque em casa já ninguém fala com os filhos [como se antes falassem de outras coisas que não merdas de futebol, reality shows manhosos, e festivais de música pimba]. Porque estamos [estão] todos à mesa de telemóvel na mão [como se antes do telemóvel alguém falasse de política com os filhos à mesa, ou de outra coisa qualquer]. Porque os putos passam o dia, e a noite, na net [antes disto é porque viam demasiada televisão]. Porque se calhar é melhor meter alguma ordem na net e nas redes [antes disto chamava-se censura, e depois da ordem metida quando a direita se alçar ao poder só precisa acrescentar "nova"]. Tudo isto no país em que ninguém fala de política no local de trabalho, porque isso é com cada um, porque a minha política é o trabalho e depois o fora-de-jogo no domingo e o penálti por assinalar. Tudo isto pelos génios do génio que Obama foi por ganhar eleições a mexer-se bem no Facebook e no Twitter, estas novas ferramentas de comunicação. Sim, os fascistas podem, mais que não sejam porque não estão cá com merdas como os outros.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Regresso à idade das trevas

por josé simões, em 29.12.23

 

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Por uma daquelas coincidências o dia em que o tablóide italiano Libero, cada vez mais encostado à extrema-direita, faz primeira página com Giorgia Meloni "Uomo Dell' Anno" é o dia em que a Il Venerdì, revista do diário La Repubblica, elege como homem do ano de 2024 Giacomo Matteotti, o deputado socialista assassinado pelos fascistas de Mussolini em... 1924. Percebemos todos ou fazemo-nos de desentendidos?

 

 

 

 

"És liberal e não sabias"

por josé simões, em 28.12.23

 

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"Mais que três é comício", muitos anos depois do 25 de Abril ainda havia alguém a dizer isto de cada vez que juntava muita gente a mijar contra uma parede. Alguns repetiam o que tinham ouvido aos pais e aos avós que passaram pelas restrições de associação durante os anos do fascismo e com a PIDE em cima nem que fosse meia dúzia a falar de futebol. Na Argentina o liberal Milei, cuja eleição foi saudada pelos ilusionistas liberais de entre portas, prepara uma lei em que reuniões com mais de três pessoas só com autorização do Ministério da Segurança, prisão perpétua para quem protestar, liberdade para as forças de segurança dispararem primeiro, perguntarem depois, alegarem legítima defesa no fim, e as organizações sociais como inimigas do Estado, da lei e da ordem. Por cá há quem consiga distinguir liberalismo de fascismo e vá todo lampeiro fazer uma cruz no boletim de voto.

 

[Imagem "Ireland, 1976", Josef Koudelka]

 

 

 

 

No túmulo de Lenine

por josé simões, em 21.12.23

 

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Começamos o séc. XXI com o regresso do fascismo. Em força. Em toda a Europa e nos Estados Unidos. E na Rússia, um dos países vencedores do fascismo no fim da II Guerra Mundial. Mas o comunismo não regressa. Antes pelo contrário, desaparece. E não só não regressa e desaparece como pisca o olho ao eleitorado do partido fascista. Certinho como o destino é a explicação "científica" do regresso do fascismo como a "decadência do capitalismo". Apesar do comunismo ter [de]caído primeiro. E da esquerda se ter demitido.

 

[Imagem "No túmulo de Lenine", Leni Yakovlev, 1930]

 

 

 

 

 

Comemorar o 25 de Novembro

por josé simões, em 23.11.23

 

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[Arquivo do Diário de Lisboa]

 

 

 

 

50 anos depois do 25 de Abril

por josé simões, em 16.11.23

 

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"3 Estudantes detidas na Faculdade de Psicologia por darem palestra sobre ação climática". "[...] o diretor da Faculdade avisou os estudantes de que não seriam permitidas conversas políticas, pelo que as duas estudantes que estavam a falar estavam cientes do que poderia acontecer. A terceira estudante foi detida por estar a filmar". 50 anos depois do 25 de Abril. O próximo passo é a reintrodução dos "gorilas" de Marcello Caetano no campus pelo Magnífico Reitor?

 

 

 

 

The future's so bright, i gotta wear shades

por josé simões, em 15.09.23

 

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Na primeira página do Il Riformista les beaux esprits se rencontrent em Budapeste, na primeira página do Il Manifesto a ilha de Lampedusa está a rebentar pelas costuras com milhares de migrantes em condições que não aceitamos aceitáveis para animais. Como cantavam os outros nos 80s, "the future's so bright, i gotta wear shades".

 

 

 

 

O fascista inteligente vs. o fascista estúpido

por josé simões, em 20.07.23

 

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O que é melhor, ter um fascista inteligente [e culto, apesar da patilha de segurança da Browning], ou ter um fascista bronco e matarruano, a chefiar um bando de broncos e matarruanos, que nem é digno de aparecer numa capa de revista ao lado daqueles que venera e com quem nunca se cansa de tirar selfies? Salazar foi primeira página da Time e nos quase 50 anos de cadeira deixou um país pequenino que ainda perdura em quase 50 anos de democracia. Até para os fascistas Salazar foi mau, é este o nosso drama.

 

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Alemanha 1930

por josé simões, em 11.05.23

 

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Alemanha 1930 ou o fascismo de volta depois do flop que foi a manif frente à Assembleia da república no Dia da Liberdade.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Ernst Röhm revisitado

por josé simões, em 24.04.23

 

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Incidentes programados e preparados para que resultem em confrontos de rua entre facções políticas opostas,  mas avisar antecipadamente que os incidentes preparados, a acontecerem, serão culpa do poder político que nada fez para os evitar e até os propiciou. A seguir nos próximos dias se 90 anos depois esta treta ainda pega.

 

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Os palhaços de serviço

por josé simões, em 24.10.22

 

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Cartilheiros militantes e militantes cartilheiros nas "redes", mais paineleiros e comentadeiros avulso com lugar cativo remunerado no prime time das televisões, que em 8 - oito - 8 meses de guerra mais que recusar condenar o fascismo russo justificaram a invasão e o genocídio na Ucrânia pelas tropas e mercenários de Putin, muito indignados pela saudação institucional da presidente da Comissão Europeia à neo-fascista eleita chefe do governo italiano. 

 

[Na imagem de autor desconhecido tattoo de soldado soviético]

 

 

 

 

O barómetro

por josé simões, em 18.10.22

 

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Diz que o Chaga vai inventar uma "federação sindical de direita" com "áreas-chave" como "as polícias, os professores, os quadros da administração pública, os profissionais de saúde e os profissionais de segurança". Vai servir essencialmente para se perceber até onde chegou a desistência da esquerda que é o campo onde o fascismo prospera, deixado livre por falta de comparência, falta de respostas, perda de ligação à base provocada pelo sindicalismo profissional e profissionalizado, dirigido a partir de cima por "centralismos democráticos" variados, nunca como resultado da decadência do capitalismo e estádio avançado do imperialismo e outras tretas que tais papagueadas desde 1919. Foi assim no início do século XIX em Espanha, França, Itália, com a passagem de milhares de comunistas, anarquistas, anarco-sindicalistas, da esquerda para a Falange, os Fasci di combattimento, ou Jacques Doriot, directamente do Partido Comunista Francês para a fundação do Partie Populaire Français. De fascismo percebe o nojeira Pinto, o advogado de Salazar nos Grandes Tugas que não gosta de aparecer em fotos ao lado do Ventas. É aguardar para ver quem aprendeu alguma coisa com as lições da História.

 

 

 

 

A superioridade moral do "novo" PSD

por josé simões, em 29.09.22

 

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A superioridade moral do "novo" PSD, como se intitulou a tralha passista recauchutada à roda de Luís Montenegro, e rapidamente papagueado por toda a comunicação social, camarada e amiga, não lhe permite dizer "o PS governou com a extrema-esquerda mas nós não vamos governar com a extrema-direita porque temos princípios e somos moralmente superiores". É precisamente o contrário, legitimam a extrema-direita invocando uma pretensa "extrema-esquerda". Sabem muito.

 

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Luís Melões e os Irmãos de Portugal

por josé simões, em 27.09.22

 

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Depois apresentam-se a eleições em coligação e denominam-se "centro direita", depois de toda a comunicação social já os ter denominado assim porque eles assim já se denominam, numa pescadinha de rabo na boca que mina os media há décadas. Legitimar a extrema-direita e os neo-fascistas apodando comunistas e bloquistas de "extrema-esquerda", comparar quem luta por uma escola pública de qualidade e gratuita, por um Serviço Nacional de Saúde de excelência para todos, por melhores salários e condições de trabalho, por pensões e reformas dignas, com quem defende guetos para minorias, repressão policial, exclusão pela religião que se professa ou pela orientação sexual, a mulher como máquina de parir. 

 

Montenegro admitiu preocupações com situação em Itália mas diz que em 2015 o "PS decidiu governar com dois partidos da extrema-esquerda" enquanto pressiona a segunda figura da hierarquia do Estado para que pressione deputados eleitos em eleições livres a votarem contra a sua consciência cívica e democrática. Luís Melões e os Irmão de Portugal.

 

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