Baixam-se os salários, aumenta-se a carga horária, retiram-se dias ao descanso, retiram-se direitos e garantias, diminuem-se as indemnizações por rescisão de contrato, liberaliza-se o despedimento, diminui-se o valor e a duração do subsidio de desemprego, põem-se os beneficiários do RSI a trabalhar de borla, tudo isto em nome da competitividade e do emprego, para o resultado final ser o desemprego a disparar para os 15, 7% e uma descida no ranking da competitividade, inversamente proporcional ao aumento da mais-valia do patrão, que não é posteriormente canalizada para a economia, para o investimento, para a criação de mais emprego e mais riqueza.
Obviamente a culpa é do Governo, da Troika, da crise internacional, dos malandros dos gregos, da conjuntura, de Barack Obama, de Angela Merkel em particular e dos alemães em geral, dos discípulos de Hayek que nunca leram Hayek, e por aí, não obrigatoriamente por esta ordem, e cada uma por si e todas em conjunto. O sindicalismo responsável, e com [muuuuuito] "sentido de Estado", da UGT, que assinou de cruz as alterações ao Código do Trabalho, não tem nada a ver com isto e vai aparecer, mais rápido que a própria sombra, a apontar o dedo e a exigir medidas.
[Imagem]