Portugal, séc.XXI
Não há ressurreição sem sofrimento e morte
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República do Estado laico, sobre a morte assistida.
[Imagem de autor desconhecido]
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Não há ressurreição sem sofrimento e morte
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República do Estado laico, sobre a morte assistida.
[Imagem de autor desconhecido]
E até a Wikipédia sabe.
[Imagem de autor desconhecido]
Agora que ele começa a sair a espaços cada vez mais curtos do curto silêncio a que se impôs, e até aparece a pedir "sobressaltos cívicos", preocupado que está em "como a esquerda entende legislar a questão da eutanásia":
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"Deixem-os". Isto é imprecionante. Agora pençem.
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Chico Francisco, líder do CDS que se orgulha de ser o único partido historicamente contra a "Constituição socialista", invoca a Constituição como argumento contra a morte medicamente assistida.
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"Não podemos permitir que alguns deputados [homens e mulheres] queiram decidir por nós" mas podemos, e devemos, permitir que alguns homens, iluminados e com acesso em exclusivo à palavra de Deus e à sua interpretação, nos digam o que é certo ou errado, que aceitemos a sua ideia da ideia que Deus tem para connosco e, melhor ainda, aquilo que decidam o que podemos ou não podemos permitir. É a diferença entre democracia representativa e ditadura de inspiração divina. E quem não percebe isto não percebe nada.
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Já que o critério parece ser a "imposição de critérios", o que é que pesa mais: 150 bispos eleitos pelo método do centralismo democrático - o Papa nomeia os bispos que elegem o Papa, ou 150 deputados eleitos pelos cidadãos em eleições livres e democráticas?
Por muito que gostassem isto não é a rábula do "o que é que pesa mais: um quilo de chumbo ou um quilo de algodão?" sendo que, contra todas as leis da física, um dos quilos já pesou mais.
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A primeira página do jornal i, que tanto pode ser exibida com orgulho pelos defensores do "Não" como usada como "dedo acusatório" pelos proponentes e apoiantes do "Sim".
Liberalismo e menos Estado na vida das pessoas só na economia. Para matar as pessoas devagarinho.
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O PCP que, no pós 25 de Abril, se queixava da "direita reaccionária" a norte do do Mondego a manipular a ignorância das populações no obscurantismo de quase 50 anos de ditadura fascista, com a "injecção atrás da orelha" dada pelos comunistas aos velhos, para incutir o medo nas pessoas e travar os ventos de mudança e a abertura proporcionados pela novel democracia, cujos reflexos primeiros e imediatos eram as campanhas de alfabetização, as comissões do poder popular e os sindicatos libertos do corporativismo fascista, é o PCP que, em 2018, de má-fé, recorre à mesma filha da putice da mentira e manipulação para segurar o eleitorado envelhecido nos meios rurais onde ainda tem forte implantação e nos meios urbanos da iliteracia e crendice que quase 50 anos de democracia não conseguiram erradicar, com os "relatos vindos da Holanda, onde a morte antecipada está instituída na lei, dão conta de idosos com maiores rendimentos que emigram para as zonas de fronteira com a Alemanha para evitarem a possibilidade de serem eutanasiados". Tudo farinha do mesmo saco.
[Imagem de autor desconhecido]
Retirado da solução de formol onde se encontrava depositado Cavaco Silva acorda para entrar na campanha do "Não" à eutanásia. Atendendo a que o senhor deixou a Presidência da República com um índice de popularidade '5 degrees below zero' e com o prestígio da instituição e rastos isto só pode ser um sinal auspicioso e um tomar de pulso ao sentimento da sociedade portuguesa actual.
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"A eutanásia mata". Somos todos burros?
[Campanha contra a morte assistida pelo CDS-PP de Almada]
107 anos de República no Estado laico e 40 anos de Constituição democrática, revista e com os poderes presidenciais definidos e consagrados:
é do mais elementar bom senso não receber o Papa com a sociedade portuguesa a discutir a eutanásia
Não percebo, nem sequer estou a ver, como é que alguém física e psicologicamente são pode decidir em referendo sobre o direito à vida, contra sua vontade, de um seu semelhante em sofrimento atroz, quer físico quer psicológico.
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