Baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer
Pedro Passos Coelho em 9 de Abril de 2015
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Pedro Passos Coelho em 9 de Abril de 2015
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«No entanto, o gabinete estatístico de Bruxelas "expressa reservas sobre a qualidade da informação reportada por Portugal em relação à capitalização do Novo Banco"»
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Quando os números são maus para o Governo, e por consequência para Portugal, do desemprego jovem à criação de emprego, do aumento das exportações ao aumento do desemprego em geral, passando pela taxa de poupança das famílias ou pelo investimento das empresas, os dados são sempre os da "zona euro" e os ministros estão sempre atarefados demais para aparecer nas televisões a comentar os louros que não há para colher.
[Na imagem cartaz soviético de propaganda]
Quantos mil novos postos de trabalho são reflexo deste boom empresarial?
Qual a base de incidência e qual a base de incidência homóloga?
Pormenores. Mas isso agora também não interessa nada, não vamos estragar o foguetório ao Governo.
[Imagem de autor desconhecido]
"Portugal já não vive acima das suas possibilidades."
"Número de pessoas em risco de pobreza em Portugal aumenta para 2,7 milhões"
Quando os 'bifes' se deixam de preocupar com os romenos e com os búlgaros. "Os refugiados do euro", quer dizer, há a quem dê jeito haver quem acredite em milagres. Milagres da [boa] governação e da refundação da economia. Pois sim.
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Vá-se lá saber porquê, não lhe deu para dizer que os preços da electricidade abaixo da média europeia lhe pagam um salário de 3,1 milhões de euros, superior ao do presidente da Microsoft, Steve Balmer, ou do falecido Steve Jobs da Apple, e que, desde 2006, já acumulou remunerações superiores a 11 milhões de euros. Esta gente não presta.
[Na imagem The Minister by Alex Attard]
Depois de mexido o Código do Trabalho a favor da mais-valia do patrão com o argumento da competitividade e do crescimento, passar o desemprego de conjuntural a factor estruturante da sociedade portuguesa, como forma de pressão sobre os que estão empregados, com reflexos imediatos no preço do trabalho, nos horários de trabalho, e nas regalias sociais. O mui famoso "e caladinho!..".
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Como o desleixado que não pinta as paredes da sala porque primeiro é necessário lavá-las, vamos abdicar de uma receita certa – e do princípio (justo) do utilizador pagador – para não agravar as contas do défice de 2011.
(Imagem de autor desconhecido)
(*) - August Strindberg, The Blue Notebook