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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Ó pra mim, escrevo tão bem e sou tão inteligente

por josé simões, em 26.07.23

 

Queensbridge housing project in Queens, New York. Photograph by Arthur Rothstein, June, 1942.jpg

 

 

Começa a avença a mentir com quantos dentes tem na boca, foi o PP, desde o primeiro minuto, o único a assacar culpas à ETA pelos atentados, e continuou Aznar contra todas as evidências a apontar o dedo aos etarras, já a investigação policial criminal apontava para o terrorismo islãmico. Daí até ao trucidar de partido nas urnas foi menos de um fósforo. Um peru menor. Não havia redes sociais mas tínhamos os blogues no apogeu a passarem informação em tempo real mais rápido que as agências de informação e os media tradicionais. Outro peru menor. Entusiasmada continua. Ela em pequenina ia a Espanha e pelo caminho os pais e os irmãos "aqui foi assassinado pela ETA o não sei quantos, ali foi assassinado o não sei quem", o chamado turismo terrorista. Não se levam herdeiros dos terroristas para o Governo, a menos que sejam franquistas. Ou ex bombistas do MDLP, sentados no Parlamento nas cadeiras onde antes se sentavam os doutores do CDS e que servem de base de apoio ao Governo PSD nos Açores. Ou se o PP fizer um acordo com o EH Bildu em Vitoria, os terroristas bons, com sentido de Estado, porque o PSOE está a sequestrar a democracia. Ela depois faz uma adenda.

Quando íamos a España o meu pai também pelo caminho "ali a ETA matou sicrano", "aqui o Paquirri cortou 3 orelhas e 1 rabo", "acolá os GAL meteram uma bomba", "aqui fazem umas tapas de boquerones en vinagre que são um espectáculo". A minha família sempre foi muito ecléctica. Não tenho é jeito nenhum para a escrita. Nem para me movimentar nos meandros do amiguismo lisboeta.

 

"Sou comentadora porque passei anos a escrever - bem - em blogues. E depois passei anos a escrever - bem - em jornais", escreveu a escrivã um destes dias no Twitter.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

|| Euskal Herria

por josé simões, em 20.10.11

 

 

 

31 de Julho de 1959, 51 anos e mais de 800 mortos depois, recordar Begoña Urroz.

 

 

 

 

 

 

|| Como diria Lenine: “Organização Terrorista de Novo Tipo”

por josé simões, em 23.09.10

 

 

 

Já foi dito e escrito tudo o que havia para dizer e para escrever sobre a ETA? Não:

 

«ETA, organização armada independentista»

 

 

 

 

 

|| Quinta-feira é dia de Avante!

por josé simões, em 01.03.10

 

 

 

«Juiz espanhol acusa Venezuela de apoiar conspiração da ETA e das FARC»

 

 

 

|| Da Administração Interna

por josé simões, em 07.02.10

 

 

 

Aquele senhor, Rui Pereira de sua graça, sempre lesto a marcar presença em frente dos microfones e das câmaras das televisões, seja por causa de meia dúzia de badamecos apanhados a assaltar uma estação de serviço, seja por causa de um C 130 com ajuda humanitária para o Haiti, ultimamente anda muito arredado, diria mesmo desaparecido.

Portugal ainda tem ministro da Administração Interna?

 

 

 

|| A primeira vítima da ETA

por josé simões, em 31.01.10

 

 

 

«Begoña Urroz, de 22 meses, falleció abrasada en 1960 por una bomba colocada en la estación de ferrocarril de Amara (Guipúzcoa). Décadas después se descubrió que ése fue el primer atentado mortal de ETA.»

 

 

 

|| A DITADURA DO TERROR

por josé simões, em 01.08.09

 

 

 

Bilbao, 31 de Julho de 1959. Um grupo de estudantes radicais dissidentes do colectivo EKIN – criado em 1952 como reacção contra a passividade e o conformismo que em sua opinião padecia o PNV – funda a Euskadi Ta Askatasuna (Euskadi y Libertad). É o nascimento da ETA, uma alternativa aos dogmas ideológicos do PNV, com quatro pilares base: a defesa do País Basco, etnicismo (como fase superadora do racismo), o anti-espanholismo e a independência dos territórios que, como alegam, pertencem ao País Basco : Álava, Vizcaya, Guipúzcoa, Navarra (Espanha), Lapurdi, Baixa Navarra e Zuberoa (em França).

 

Dossier ETA 50 anos de terror.

 

 

 

Comovente

por josé simões, em 11.01.09

 

E de levar às lágrimas até o coração mas gélido. Um assassino na marcha pela Paz em Gaza. Deve ser o que alguns chamam de Internacionalismo e Solidariedade entre os Assassinos Povos.

 

 

Se o disparate pagasse impostos

por josé simões, em 11.12.08

 

 

 

…O 5 Dias já tinha sido objecto de penhora (*)

 

As coisas que a gente aprende na net: Terrorismo = Nacionalismo. Franco e Aznar discípulos das migrações de Estaline.

 

Uma organização armada quer atingir pelo terror o que o(s) seu(s) braço(s) político(s) não consegue(m) nas urnas em eleições livres e democráticas. Uma organização terrorista que se entretêm a matar inocentes; uma organização terrorista que faz da humilhação de todo um povo (o “seu” incluído) o seu passatempo favorito, não pode ser humilhada por um título de um jornal.

 

Um terrorista que deve ter grandes erecções quando dispara sobre um alcaide, um empresário que se recusa a ser vítima de extorsão, ou quando coloca uma bomba num terminal ferroviário, mija-se todo quando sente uma arma apontada à cabeça.

 

Quando a notícia saiu estive quase para escrever “Maricas de Merda, Já Não Há Terrorista Como Antigamente”. Escrevo agora.

 

(*) Título do post descaradamente roubado no blogue da Joana Lopes.

 

(Foto de Alexandre Meneghini)

 

 

 

Qual foi a parte que eu não percebi?!

por josé simões, em 09.06.08

 

Telejornal (e também aqui):

 

Os da ETA” são a organização terrorista basca que colocou uma bomba no diário El Correo.

 

Os talibans são os rebeldes afegãos que num ataque provocaram dois feridos nas tropas portuguesas.

 

 

 

José Pardines; 40 anos

por josé simões, em 07.06.08

 

Foi há 40 anos. José Pardines é assassinado em Guipúzcoa. Desde então a contabilidade regista mais de 800 mortos.

 

“Porque hoy se cumplen 40 años de su muerte. Porque hoy se cumplen 40 años desde que el apellido Pardines pasara a la Historia. Porque hoy se cumplen 40 años desde que los asesinos de ETA iniciaron su larga y cruel carrera. Desde entonces, más de 800 muertos”

 

(Aqui)

 

 

 

O verdadeiro artista (XI)

por josé simões, em 27.07.07

Juan Cruz Maiza Artola, “número três” na hierarquia da organização terrorista ETA, e responsável pelo aparelho de logística dos separatistas bascos, descoberto e preso por ter alugado uma casa a um polícia.

 

É raro encontrar um nome tão bem escolhido e que assenta que nem uma luva na pessoa: Juan Artola. Que grande Artola(s)!

Autoridade para negociar com terroristas

por josé simões, em 18.06.07

Aquela direita bloguista – e não só – que fez campanha eleitoral em Portugal por Sarkozy, como se depende-se dos votos dos portugueses a sua eleição para o Eliseu; que exultou e rejubilou com a vitória do candidato da UMP, é a mesma direita que não perde uma oportunidade – e verdade seja dita, com razão – de espetar umas farpas no nosso vizinho Zapatero pelas mais que muitas argoladas cometidas, nas cedências que fez, ao aceitar negociar e, por consequência, ficar refém de uma organização terrorista como o é a ETA. Foi, e é, a mesma direita que não perdeu a oportunidade nem o timming para cair em cima de Mário Soares – outra vez com razão – por defender as negociações directas com a Al-Qaeda, como a melhor forma de combater o terrorismo islâmico.

Essa direita Sarkozysta e anti-Zapatero anda alheada e esquecida. Esquecida de que a pedido de Sarkozy, o Presidente da Colômbia Álvaro Uribe libertou aquele que é considerado o ministro dos Negócios Estrangeiros das FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, umas das organizações terroristas mais sanguinárias da América Latina, com ligações ao narcotráfico. Esta direita sofre agora de amnésia súbita. Foram os primeiros – e mais uma vez, verdade seja dita, com razão – a denunciar a presença das FARC na Festa do Avante!, com pavilhão e tudo. Mas isso foi no tempo aS (antes-de Sarkozy). Ou será que, há quem tenha autoridade política para negociar com os terroristas? Há terroristas com quem vale a pena negociar e outros que nem por isso? Terroristas bons e terroristas maus?

Khaled Meshaal

por josé simões, em 11.01.07
Em entrevista ontem à Reuters, Khaled Meshaal, líder político do Hamas e, com a cabeça a prémio por parte dos israelitas desde 1997, reconheceu implicitamente o Estado de Israel:
 
“Permanecerá um Estado chamado Israel; é um facto consumado”
 
Na mesma linha de raciocínio, Ahmed Yusuf, conselheiro do primeiro-ministro palestiniano Ismail Haniyeh:
 
"Israel está lá, é membro da Nações Unidas e não negamos a sua existência.”
 
Mas à imagem da ETA em Espanha que, coloca a bomba e atribui as culpas ao Governo, remata:
 
 "Mas ainda temos direitos e terra que foram usurpados e enquanto estas questões não forem resolvidas não o reconheceremos.”
 
Senhor Meshaal, senhor Yusuf: Agora só fica a faltar a ordem para cessarem os atentados e os ataques a Israel, devolver os soldados sequestrados e, vamos todos para casa dormir descansados, deixando o louco iraniano Ahmadinejad a falar menos acompanhado.

...

por josé simões, em 10.01.07
No passado dia 8, o Batasuna pela voz de Arnaldo Otegi veio apelar à ETA para não acabar com o cessar-fogo, em vigor desde Março de 2006.
Como foi aqui escrito, continuamos todos à espera da condenação do atentado; e pelos vistos é melhor esperar sentado…
 
Ontem, em comunicado emitido a ETA reivindica a autoria do atentado e justifica:
 
“Ao colocar constantemente obstáculos ao processo democrático, eles (Governo espanhol) provocaram esta grave situação”
 
À parte o cinismo duma organização terrorista vir evocar o “processo democrático”, a pantomina de passar as culpas do atentado para o Governo.
Termina sublinhando que, o cessar-fogo assinado a 22 de Março de 2006 é para continuar.
 
Ainda se aventou a hipótese de o atentado ser da autoria de uma facção dissidente, agora, as dúvidas dissiparam-se completamente; por uma incrível coincidência, um dia após o Batasuna apelar à ETA para continuar na mesa das conversações, a ETA decide continuar…
Só que para haverem negociações, são necessários pelo menos dois lados, caso contrário é um monólogo. A ETA tem consciência do monólogo que vai passar a representar?