"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Ninguém é demitido, ninguém se demite, não há vergonha nenhuma, e há 4, 4 milhões de euros do contribuinte português, vezes xis meses, na conta bancária da Lusoponte.
Já nem quero saber se há ou não desorçamentação, se vão haver mais portagens, ou se vem aí um mais imposto escondido com o rabo de fora. O que não me está a bater bem aqui dentro do capacete é:
Num país onde o Presidente da República tem o exercício das funções para que foi eleito limitado a dois mandatos, o que é justo; num país em que o Primeiro-ministro, em nome da transparência e da boa governação, avança com uma proposta que preconiza a aplicação do mesmo principio aos restantes cargos políticos – autarquias, regiões autónomas e Governo –, o que também é justo, abrindo com essa medida frentes de batalha e ganhando anti-corpos nos poderes instalados; qual a justificação (com um mínimo de razoabilidade!) para que seja dada a concessão da rede rodoviária nacional à Estradas de Portugal, S. A. por 75 anos?
Se algum dia chegar a ter netos (and i hope so!), o que acontece é que vão ser eles a descalçar esta bota. O que não é justo.