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É necessário reprimir severamente as ações dos serviços secretos estrangeiros e identificar efetivamente traidores, espiões e sabotadores, alertou Vladimitr Putin
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É necessário reprimir severamente as ações dos serviços secretos estrangeiros e identificar efetivamente traidores, espiões e sabotadores, alertou Vladimitr Putin
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Quando no seu discurso no Plenário do Comité Central de Fevereiro-Março de 1937, Estaline insistiu muito particularmente na ideia do cerco da URSS, único país «que tinha construído o socialismo», por potências inimigas. Estas potências limítrofes - a Finlândia, os países Bálticos, a Polónia, a Roménia, a Turquia, o Japão - ajudadas pela França e pela Grâ-Bretanha, enviariam para a URSS «exércitos de diversionistas e de espiões» encarregados de sabotar a construção do socialismo. Estado único, sacralizado, a URSS tinha fronteiras «sagradas», que eram outras tantas linhas da frente contra um inimigo exterior omnipresente. Neste contexto, não é surpreendente que a caça aos espiões, isto é, a todos os que tinham algum contacto, por muito ténue que fosse, com «o outro mundo», e a eliminação de uma potencial e mítica «5.ª coluna» tenham estado no cerne do Grande Terror.
In "O Livro Negro do Comunismo", Stéphane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panné, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek, Jean-Louis Margolin, "10 - O Grande Terror (1936 - 1938)", página 234, Quetzal Editores.
Oitenta e três anos depois, a Rússia cercada, vítima de todas as malfeitorias, ou as paranoias de Estaline na cabeça de Putin, neto do cozinheiro de Estaline.
[Jornal soviético, na imagem de autor desconhecido]
E porque é que em Mao nunca ninguém toca e os seus mais de 70 milhões de mortos ficam sempre convenientemente escondidos, caídos no esquecimento?
E porque é que mais de metade do PS e do PSD, ministros e secretários de Estado, dirigentes do "sentido de Estado" e da marcha do balão e do "arco da governação" vão passando pelos intervalos da chuva sem que os mais de 70 milhões de cadáveres lhes pesem na consciência?
E se em Berlim, frente ao Reichstag, houvesse uma gigantesca foto de Hitler a vigiar a praça, como a de Mao a vigiar Tiananmen?
Isso agora também não interessa nada, o problema parece ser Estaline que nunca ninguém viu na Festa do Avante! , nem sequer em t-shirt.
[Na imagem um maoista ex-presidente da Comissão Europeia]
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Deve ler-se: "e não convém ir além de meados do século passado", até Teerão em 28 de Novembro e 1 de Dezembro de 1943, quando Ioseb 'O Pai dos Povos' Džuğashvili, em encontro extra-conferência, propôs a Reza 'Rei dos Reis' Pahlavi o estacionamentos de divisões de tanques T-34, acompanhados dos respectivos oficiais, em território Persa. A Estaline não chegava a Polónia, a Checoslováquia, a Roménia e os estados bálticos numa bandeja, queria mais.
Foi diplomaticamente declinado pelo Xá e o resto é História. E estas análises, convenientemente simplistas, da repartição do mundo no pós-guerra criam convenientes hiatos na História.
[Imagem]
Um pormenor, não despiciendo, a registar em mortes que envolvem o nome de Estaline.
[Na imagem Svetlana ao colo de Beria com Estaline em segundo plano]
«O Tribunal de Kiev encerrou o processo “devido ao falecimento dos acusados”»
(Primeiro no Twitter)
(Na imagem, o The Times de 6 de Março de 1953 noticia a morte de Estaline)
Ainda que por diferentes razões, sou levado a concordar: foi um “criativo” (entre aspas), foi um “pensador” (entre aspas), foi um patriota (sem as aspas).
(Na imagem poster Long live the great Stalin!, Sirocenqo, 1938)
Fez-se-me um click quando num belo dia em que se jogava um CCCP – Portugal de apuramento para o Mundial do México e vi uma sala cheiinha de setubalenses de Setúbal de mais de 4 gerações a saltar e a vibrar e a gritar golo de cada vez que o esférico entrava na baliza de Manuel Galrinho Bento. Os “amaricanos” são muito terra-a-terra nestas questões, chamam-lhe traição à Pátria e não se fala mais nisso, mas como o termo “Pátria” foi usado e abusado por Salazar & fascharia limitada é melhor não entrar por aí.
Sempre me fez muuuuuita confusão aquela estirpe de portugueses nascidos em Portugal que tomam como suas as dores dos outros e fazem gimnásticas para justificar e o injustificável.
(By yhe way, podia ter sido 1 – um – 1 só assassinado por motivos políticos para ser grave demais)
Pronto, lá se vai a Teoria do Problema Social de Fundo.
Num bairro «onde moram cerca de cinco mil pessoas» e onde «mais de mil dependem do Rendimento Social de Inserção», meia centena, numa faixa etária entre os 16 e os 20 e poucos anos de idade, que não estuda nem trabalha, e organizada em gang criminoso, destabiliza uma cidade e metade do país.
A não ser que ande por ali em gestação um Estaline do século XXI que, à imagem de O Jovem Estalin de Simon Sebag Montefiore (Alêtheia Editores), também esteja a começar como ladrão de bancos.
Ao contrário de muito boa gente por cá, o gajo não deixou saudades por lá.
Assinala-se hoje o 75.º aniversário do Holodomor ou a Grande Fome de 1932 – 1933 na Ucrânia. Um genocídio onde morreram entre três a seis milhões de pessoas em consequência da fome artificialmente provocada por Estaline e pelo regime dos Sovietes, como represália pela resistência dos ucranianos à colectivização agrícola.
Quando continuam a andar por aí saudosistas do terror estalinista que não têm pudor em classificar o ex-país dos Sovietes como uma convivência exemplar entre povos, é necessário não só não esquecer, mas também lembrar às novas gerações como essa “convivência exemplar” foi construída.
Holodomor em Português. Holodomor em Inglês.
Esta leva destinatário:
No documentário evocativo dos 100 anos da CUF, da autoria do jornalista Paulo Costa, e que a RTP 1 transmitiu esta noite, a páginas tantas e a propósito do poder discricionário e da inumanidade dos capatazes, um dos entrevistados, neto de um capataz, diz que o seu avô chegou a despedir trabalhadores com fome. Tinha por apelido “o Estaline”.
O georgiano, o original era “O Pai dos Povos”. A réplica, o barreirense devia ser “O Amigo dos Famélicos”. A Ucrânia e o Barreiro geminados.