Pretty in Pink
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Em 1973 o Expresso referia-se aos movimentos de libertação das colónias como "terroristas"; em 2021 a televisão do militante n.º 1 - SIC Notícias, refere os terroristas islâmicos no norte de Moçambique como "insurgentes".
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Como é que um refugiado com problemas do foro psiquiátrico e a aguardar extradição tem acesso a explosivos para encher uma mochila e se fazer explodir com eles?
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O mote foi dado por François Hollande logo na hora e a sangue quente: é um atentado terrorista do Daech [em árabe]. Estava dito, está dito. O medo não é só amigo dos terroristas, islâmicos ou outros, também aproveita à máquina do Estado ainda democrático, apesar de mesmo que administrada por partidos de esquerda e ditos do socialismo democrático.
Pressionado por todos os lados pelo discurso da Frente Nacional, Hollande responde à la Frente Nacional, como a Frente Nacional gosta de ouvir, Hollande enterra-se ainda mais, dá mais força à Frente Nacional e dá trunfos ao medo do 'Mal', que reivindica a acção 48 – quarenta e oito – 48 horas depois [!] Passa assim oficialmente a atentado, by appointment do Estado Islâmico, depois de oficiosamente indicado para tal pelo Estado francês. O medo.
Estava dito, está dito. E agora Hollande vai ter de explicar como é que um fundamentalista islâmico "comia carne de porco, bebia álcool e consumia drogas" como dizem as televisões todas. É uma radicalização rápida, instantânea como as tendas de campismo do Decathlon. O medo é amigo e há que levar a narrativa a bom porto. O mesmo porto das dezenas de detidos de células terroristas em Molenbeek logo a seguir ao atentado de Bruxelas: libertados e nunca mais ninguém ouviu falar deles.
Se fosse hoje o desequilibrado da Germanwings também era um terrorista islâmico. E tinha sido muito mais fácil.
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Mais de 24 horas passadas e ninguém tem bandeiras da Turquia nas fotos de perfil nas "redes sociais". Os otomanos que se lixem [com éfe grande].
[A imagem é da primeira página do The Independent]
"França deverá estender estado de emergência até à vitória sobre o Daesh"
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O nosso islamofascista Erdogan a ver Kobani cair às mãos do Estado Islâmico, ali a poucos metros, ao alcance da vista, faz lembrar o compasso de espera ordenado por Estaline ao Exército Vermelho nas margens do Vístula enquanto os nazis acabavam o trabalho sujo em Varsóvia.
Erdogan que em pequenino brincava na rua ao Saladino e que agora tem no gabinete gravuras emolduradas de Solimão. Não, a haver um califado é com capital em Ancara e com Recep Tayyip Erdogan, O Magnífico, como califa e não um palhaço barbudo qualquer que nunca ninguém viu nem mais gordo nem mais magro.
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"Send a message to the Crusaders of America: Your grave will be in Syria, our state is victorious."
"Allah Akbar, the Islamic State is here to stay."
Explicado com um desenho às criancinhas, aos analfabetos e aos idiotas úteis que fingem não perceber onde fica a fronteira entre a civilização e a barbárie e que se Israel capitular ali somos todos nós que capitulamos, e não só ali.
«De Portugal ao Paquistão: mapa do califado islâmico»
E não é o Al-Andalus tolerante, multicultural e multirreligioso, de Moisés Maimónides, como Herbert Le Porrier o descreveu em O Médico de Córdoba.
Os Carniceiros de Córdoba:
[Imagem "Iraque, 2003" by Newsha Tavakolian]
Um vive num rancho, onde Chuck Norris filmou "Walker, Texas Ranger", faz print screen de fotos encontradas no Google images, cobre a óleo com umas pinceladas e é um sucesso. Qualquer dia está no Solomon Guggenheim e até a Sotheby's é capaz de pegar naquilo. De quando em vez aparece numas tomadas de posse e numas celebrações solenes e dá umas palestras. Pagam-lhe para dizer vacuidades.
Outro é o enviado da ONU para o Médio Oriente. Anda a pregar a paz e a reconciliação onde antes semeou a guerra e a desordem e os condóminos da região devem olhar uns para os outros e depois olham para nós e pensam "vão gozar com quem vos talhou as orelhas". Tem muitos motoristas e guardaespaldas pagos pelo contribuinte bife. Converteu-se ao cristianismo e de vez em quando dá umas palestras. Pagam-lhe para dizer banalidades.
Os dois, criminosos de guerra, continuam por aí, à solta e ricos, muito ricos. E isto tem assinatura:
«O pior estava para vir, chama-se ISIS e prepara-se para destruir de vez o Iraque»
[As imagens são daqui e daqui, respectivamente]