OMO lava mais branco
Agora que o malandro está no chão vale tudo, até vale branquear que Luciano Alvarez, jornalista do Público, deu conhecimento a Tolentino Nobrega, correspondente do jornal na Madeira, de que se tinha reunido com Fernando Lima, a pedido deste, e que a conversa começou com o assessor de Cavaco Silva a dizer que estava ali a pedido do chefe de Estado para falar de um assunto grave, que o Presidente da Republica achava que o gabinete do primeiro-ministro o andava a espiar e que, a pedido de Cavaco Silva, a história deve começar no arquipélago, para não levantar suspeitas e para parecer que o furo teve origem em alguém ligado a Alberto João Jardim, naquilo que ficou conhecido como a "inventona das escutas a Belém", a conspiração de um Presidente contra um Governo legítimo e democraticamente eleito, enquanto mantinha assessores seus, pagos com o dinheiro dos contribuintes, a trabalhar na elaboração do programa político do seu partido - o PSD, e de Pedro Passos Coelho.
Nada disto aconteceu, não disto interessa, nada disto importa, o que importa é que Henrique Monteiro, antigo director do jornal do militante n.º 1, passados nove - 9 - nove anos sobre o acontecimento, lembrou-se de vir dizer que o gabinete do malandro entregou cópias de correspondência interna do Público a uma jornalista daquele semanário, com o intuito de "se vingar" do diário por este ter investigado a sua licenciatura.
Nesta lavagem da história vale tudo, só já falta Cavaco Silva, himself, interromper a reforma e aparecer por aí numa televisão qualquer com o tradicional "eu avisei" enquanto mastiga cuspo.