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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Clubbing

por josé simões, em 21.10.12

 

 

 

Um nome. "O Nome". Os donos de Portugal. Um país inteiro em modo dj, remixed & resmatereded. 38 anos a engonhar.

 

[Imagem de Nick Veasey]

 

 

 

 

 

 

|| Suspeito, julgado e condenado

por josé simões, em 21.10.12

 

 

 

 

"Com o mal dos outros posso eu bem", vox populi. "Só se lembram de Santa Bárbara quando faz trovões", mais vox populi. "Não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti", variação bíblica em modo vox populi. "Cozer em lume brando" ou "aquecer em banho-maria", alegoria com recurso à vox populi. Tarde de mais. A opinião pública é implacável. Amém. As condições socioeconómicas do país são propícias. Mais Amém. "É preciso saber o que se passou para essa ilegalidade ter acontecido, quem é responsável por esse segredo de justiça ter sido quebrado. O jornal parece ter mais informação do que eu". "Temos pena", cinismo frio, sem coração e com instinto de matador, em expressão vox populi. Amém outra vez. E paz à sua alma.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

|| Das coisas que realmente interessam

por josé simões, em 20.05.10

 

 

 

A Constituição é soberana, ponto final. Como aliás o PCP não se cansa de repetir para tudo e para mais alguma coisa, e de a invocar a qualquer pretexto - o que só lhe fica bem - mas apesar de não se ter inibido de exercer, em parelha com o PSD, a sua acção voyeurista.

 

Agora o que realmente interessa é ver quanto tempo leva até que apareçam no Youtube ou escarrapachadas na primeira página de algum jornal.

 

(Imagem The Telephone Exchange by Graeme Robertson)

 

 

 

|| Da paranóia

por josé simões, em 23.02.10

 

 

 

As paranóias securitárias sempre deram mau resultado e invariavelmente descambaram no totalitarismo e na ditadura.

 

Desculpem que mal pergunte: mas quem é que escuta quem escuta? Está tudo louco.

 

 

 

|| Provérbio do dia

por josé simões, em 19.02.10

 

 

 

As ventoinhas são democráticas, distribuem a merda equitativamente.

 

(Primeiro no Twitter)

 

(Imagem)

 

 

 

|| Da credibilidade

por josé simões, em 13.02.10

 

 

 

O justiceiro campeão da luta pela transparência na cousa pública contra a corrupção e a promiscuidade entre o poder político o poder económico e o poder judicial e contra a censura e pela liberdade de imprensa e “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!” e agora também campeão de vendas e… na sua edição para Angola «por motivos técnicos (…) apresenta menos duas páginas de noticiário sobre escutas», exactamente aquelas onde aparecem «várias transcrições, nomeadamente as que envolvem Joaquim Oliveira, sócio de Isabel dos Santos na ZON e num canal desportivo».

 

Há coisas fantásticas, não há?

 

(Na imagem capa da revista Eyeful, n.º 6, Junho de 1951)

 

Nota: negrito meu

 

 

 

|| Ora agora escutas tu, ora agora escuto eu

por josé simões, em 21.01.10

 

 

 

Agora é ficar à espera que os blogues habituais (não, não linko) da regionalite-futeboleira aguda e mais o “abaixo o centralismo!” e a “capital no Porto; já!” e que exigiram ouvir as escutas entre Armando Vara e José Sócrates apareçam “ai-ai-ai, ai-ai-ai que não pode ser” com esta fuga de informação e este atentado à privacidade alternadeira.

 

(Na imagem Switchboard Operators in 1930s or 1940s, British Mandate Palestine. Matson Photo Service)

 

Adenda: É quase impossível dissociar a colocação das escutas a Pinto da Costa no Youtube com as recentes declarações do presidente do FC Porto a exigir um “apito encarnado”. Talvez agora Pinto da Costa aprenda a moderar a incontinência verbal assim que dá fé da presença das câmaras de filmar e dos microfones por perto…

 

 

 

 

|| Ainda bem que não pisei!

por josé simões, em 03.12.09

 

 

 

A pessoa que nos quis fazer crer que havia algo mais para além da verdade oficial é a mesma pessoa que jura a pés juntos que não sabia nada mais para além da verdade oficial. Entre um que abre a boca só “porque sim” e outro que abre a boca só para “sair asneira” ficamos todos com a estranha sensação de que toda a gente sabe do que constam as escutas… excepto nós, e que se as escutas fossem tão graves como as pintam, há já muito que tinham aparecido plasmadas na primeira página dum jornal ou na abertura de um telejornal “de referência”, nem que fosse “de referência” criminosa.

 

É o que o povo chama de “ir à merda com uns pauzinhos” e faz-me lembrar aquela anedota do fulano que ia na rua e viu uma massa orgânica de cor acastanhada no passeio: “isto parece merda de cão…”, agachou-se, cheirou, “isto cheira a merda de cão…”, com o dedo tira um bocado e leva aos lábios para provar, “isto sabe a merda de cão… ainda bem que não pisei!”

 

(Na imagem November 23, 1912, Providence, Rhode Island, Photo and caption by Lewis Wickes Hine)

 

 

 

 

|| Qual foi a parte que eu não percebi?!

por josé simões, em 15.11.09

 

 

 

«(…) não obstante considerar que não existiam indícios probatórios que levassem à instauração de procedimento criminal (…)»