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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

E agora?

por josé simões, em 07.03.23

 

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Que há escritórios de advogados especializados em sacar dinheiro ao Estado já todos sabíamos. Assim como todos sabíamos dos escritórios de advogados especializados em sacar dinheiro ao Estado... pagos pelo próprio Estado. Todos muito bem relacionados com as agremiações que por via do voto democrático administram a espaços o Estado alternando entre si. E sendo que Estado é eufemismo usado em determinadas circunstâncias para o contribuinte não dar que lhe estão a ir ao bolso de bisnaga de vaselina na mão. A novidade é a "malabarice", agora que o pantomineiro do pin está outra vez na moda, ter sido desmontada na praça pública para gáudio do pagode.  E agora, no sentido de agora ser daqui para a frente?

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

||| "Guião para a Reforma do Estado"

por josé simões, em 21.08.14

 

 

 

«Apesar [de] ter um gabinete jurídico […], em menos de um ano o Ministério da Defesa já contratou quase 500 mil euros de serviços de assessoria externa. […] de acordo com os dados disponibilizados […], desde o início deste ano aquele ministério já celebrou contratos deste tipo que podem vir a chegar ao valor de 493.624 euros.  Sem concurso público, com a maioria dos casos a resultarem de ajuste directo

 

[Na imagem Rivers Cuomo by Chris Buck]

 

 

 

 

 

 

||| Descubra as diferenças

por josé simões, em 26.12.13

 

 

 

 «Como o exemplo deve vir de cima o documento prevê algumas reformas dos ministérios […] uma integração gradual e respeitando especificidades das funções jurídicas e contenciosas dos ministérios, o Estado precisa de se capacitar juridicamente para defender o interesse público e não deve recorrer ao outsourcing, não deve ir buscar fora do Estado a qualidade jurídica para defender o interesse público, pode e deve fazê-lo a partir de uma agregação de departamentos de contencioso e departamentos jurídicos que existem nos vários ministérios, ganhando escala, ganhando recursos»

 

Paulo Portas, 30 de Outubro de 2013, apresentação de "Um Estado melhor – Guião para a Reforma do Estado".

 

 

  «A Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) contratou o escritório de advogados Morais Leitão, Galvão Teles da Silva e Associados para assessoria jurídica na gestão de contratos swap de empresas públicas. O contrato foi assinado em Setembro, mas só foi divulgado em Dezembro. Têm um valor máximo de 340 mil euros mais IVA, o que totaliza 418 mil euros.

 

Este valor soma-se aos quase 500 mil euros (497 mil euros) do preço de assessoria financeira adjudicada um ano antes à StormHarbour pelo IGCP (Agência para a Gestão do Crédito e da Dívida Pública).»

 

["Sensual Santa" na imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Descubra as diferenças

por josé simões, em 04.11.13

 

 

 

«Como o exemplo deve vir de cima o documento prevê algumas reformas dos ministérios […] uma integração gradual e respeitando especificidades das funções jurídicas e contenciosas dos ministérios, o Estado precisa de se capacitar juridicamente para defender o interesse público e não deve recorrer ao outsourcing, não deve ir buscar fora do Estado a qualidade jurídica para defender o interesse público, pode e deve fazê-lo a partir de uma agregação de departamentos de contencioso e departamentos jurídicos que existem nos vários ministérios, ganhando escala, ganhando recursos» [Apresentação do Guião para a Reforma do Estado, partir do minuto 20:08]

 

 

«Governo bate recorde em gastos com escritórios de advogados.

 

[…] os vários organismos da administração central, local e regional assumiram encargos de 33,3 milhões de euros em 859 contratos de aquisição de serviços externos de consultoria/ assessoria jurídica entre 2011 e 30 de Outubro deste ano.»

 

 

 

 

 

 

|| Dona Chica-ca, assustou-se-se

por josé simões, em 24.11.11

 

 

 

"Afonso Henriques ficaria preocupado" sim, mas com uma das fontes de corrupção da sociedade portuguesa que é a promiscuidade entre o Estado e o poder económico, mediada pelos escritórios de advogados, de onde as Donas Chicas deste país, depois de feito o tirocínio, saem para legislar no Parlamento sem que haja declaração ou conflito de interesses.

 

[Na imagem D. Afonso Henriques, escultura em bronze de Soares dos Reis]