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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Se questo è un uomo *

por josé simões, em 10.02.22

 

Mike Segar - Reuters.jpg

 

 

A branding iron used on African American slaves is pictured amid the collection of Elizabeth Meaders, 90, at her home in the Staten Island borough of New York City. Reuters/ Mike Segar

 

[Título do post]

 

 

 

 

E a estátua de Fernando Pessoa ao Chiado?

por josé simões, em 12.06.20

 

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               "O mostrengo que está no fim do mar
               Na noite de breu ergueu-se a voar;
               À roda da nau voou três vezes,
               Voou três vezes a chiar,
               E disse: Quem é que ousou entrar
               Nas minhas cavernas que não desvendo,
               Meus tectos negros do fim do mundo?
               E o homem do leme disse, tremendo:
               El-Rei D. João Segundo!


               De quem são as velas onde me roço?
               De quem as quilhas que vejo e ouço?
               Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
               Três vezes rodou imundo e grosso,


               Quem vem poder o que só eu posso,
               Que moro onde nunca ninguém me visse
               E escorro os medos do mar sem fundo?
               E o homem do leme tremeu, e disse:
               El-Rei D. João Segundo!


               Três vezes do leme as mãos ergueu,
               Três vezes ao leme as reprendeu,
               E disse no fim de tremer três vezes:
               Aqui ao leme sou mais do que eu:
               Sou um Povo que quer o mar que é teu;
               E mais que o mostrengo, que me a alma teme
               E roda nas trevas do fim do mundo;
               Manda a vontade, que me ata ao leme,
               De El-Rei D. João Segundo!"

 

                         A partir do minuto 15:46

 

[Imagem]

 

 

 

 

O triunfo da ignorância

por josé simões, em 11.06.20

 

joacine parlamento.jpg

 

 

O pontapé de saída havia sido dado por Joacine Katar Moreira quando, no primeiro dia como deputada, papagueou qualquer coisa sobre o colonialismo e a escravatura enquanto posava à sombra do óleo de Domingos Rebelo no Salão Nobre da Assembleia da República com a representação da recepção de Vasco da Gama pelos emissários do Samorim de Calecute. Tudo a ver.

Agora, à boleia da revisão da História em curso nos Estados Unidos e em Inglaterra, um qualquer imbecil vandalizou a estátua do Padre António Vieira em Lisboa, precisamente ele, uma voz à frente no seu tempo, contra a escravatura e defensor dos índios brasileiros, perseguido pela Inquisição. É o triunfo da ignorância.

 

 

 

 

O resultado de andarmos a "espalhar a democracia" a toque de bomba pelo norte de África

por josé simões, em 15.11.17

 

 

 

"What am I bid?" Undercover footage of a slave auction in Libya, where smugglers sold migrants for as little as $400.

 

People for sale

Where lives are auctioned for $400

 

[Via]

 

 

 

 

Capitalismo e escravatura

por josé simões, em 31.05.16

 

 

 

Tempos houve em que era normal a escravatura, e depois outros tempos em que a escravatura só era aceitável nos trabalhos considerados menos dignos pelas e para as raças ditas superiores, e depois tempos em que era normal trabalhar até morrer, seguidos por tempos em que era normal trabalhar de sol a sol, todos os dias do ano, até aos tempos em que havia um horário de trabalho, um dia de descanso por semana e férias por conta de quem as metia, para os tempos de horários de trabalho de 35 horas semanais, com dois dias de folga por semana mais feriados e pontes e 25 dias de férias pagas, o tempo em que até já há um Índice Global da Escravatura que diz que Portugal, em dois anos, subiu "35 posições no ranking dos 167 países com maior índice de escravatura — passou de 157.º para 122.º", e que este aumento significativo se deve à mudança de método usado, afinação, para chegar às estimativas. E quando chegar o tempo em que a mudança do método usado, a afinação para chegar às estimativas, passar a considerar um salário digno, que permita a todos os cidadãos satisfazer todas necessidades básicas e ainda lhes sobrar algum para o lazer e aforrar para alguma eventualidade, quantos países é que acompanham Portugal na subida significativa no ranking da escravatura?


[Imagem]

 

 

 

 

"Essa foi talvez a única importante reforma que não conseguimos completar"

por josé simões, em 19.05.16

 

Portas-Passos.jpg

 

 

"Família acusada de escravizar homem durante 26 anos numa herdade de Évora"


Mas será um objetivo seguramente importante para cumprir nos próximos anos. [Baixar os custos do trabalho para as empresas]


[Imagem]

 

 

 

 

||| Maoísmo e escravatura, uma história antiga

por josé simões, em 26.11.13

 

 

 

E não me estou a referir especificamente ao texto ilustrado pela imagem, mas também ao fantabulástico crescimento económico do Império do Meio, de sol a sol trezentos e sessenta e cinco dias por ano sem direitos nem garantias, e à homenagem a Arnaldo Matos que a nova direita neo-liberal, do bê-á-bá da política nas fileiras do “contra o social-fascismo” e o “social-imperialismo”, nunca fez, e que atingiu o seu Princípio de Peter com Durão Barroso, para desgraça da Europa e mordidas na língua dos "da importância de ter um português blah-blah-blah", na presidência da Comissão Europeia, apesar de ter "nascido" para a política já com Mao morto e enterrado.

 

 

 

 

 

 

|| Boas perguntas requerem boas respostas

por josé simões, em 28.10.12

 

 

 

Se calhar, e em nome da competitividade e para baixar os custos de produção pelo crescimento da economia, mandava de volta os escravos para as plantações.

 

A capa da Time, edição USA.

 

 

 

 

 

 

|| Relatório e Contas. Resumo da Semana

por josé simões, em 01.09.12

 

 

 

[Via]

 

 

 

 

 

 

|| Um circo romano dos tempos que correm

por josé simões, em 28.08.12

 

 

 

«Actualmente, existen unos 20.000 menores africanos que han sido abandonados por los equipos y sobreviven en las calles de nuestros países.»

 

Diamantes Negros

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Pegada esclavagista

por josé simões, em 16.11.11

 

 

 

Saiba quantos escravos trabalham para si em todo o mundo.

 

 

 

 

 

 

|| Somos todos pretos

por josé simões, em 12.02.10

 

 

 

No dia em que se comemoram os 249 anos da abolição da escravatura em Portugal, ficamos a saber que no Vale do Cávado «Empresas pedem dinheiro e obrigam desempregado a trabalhar de graça para carimbar declarações de prova junto do centro de emprego»

 

 

 

|| Afinal eram outros

por josé simões, em 23.12.09

 

 

«Afinal tratava-se de angariação de trabalhadores portugueses para quintas em Espanha - onde, pelos vistos, eram tratados como os "angariados do "Amistad" - e não de 59 patrões de hipermercados, que são boa e respeitável gente, que se limita a aplicar o novo Código do Trabalho com o louvável objectivo de "manter a estabilidade das empresas e os postos de trabalho" e não, como poderia pensar-se, por ganância.»

 

 

 

|| O escudeiro

por josé simões, em 31.10.09

 

 

 

Uma das características dos “escudeiros” do Capitalismo, aliás comum aos “escudeiros do Comunismo, é a de só falarem naquilo que lhes interessa, e, quando não há volta a dar-lhe, dourarem “a pílula” nem que para isso tenham de dizer só meia verdade - ou meia mentira -, consoante o ponto de vista.

 

«(…) a grande escravatura continua a ser a clássica: em África ou na Ásia existem hoje mais escravos braçais do que em qualquer outro período da história humana.»

 

E porquê? – Não se alonga… Podia aconselhar ao escriba a leitura de Naomi Klein em No Logo – O Poder das Marcas, que vem lá tudo explicado tim tim por tim tim, mas isso era o mesmo que tentar ensinar um padre a rezar a missa.

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

 

 

|| Entreposto comercial

por josé simões, em 12.06.09

 

Nesta “coisa” das 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, uma das “maravilhas” a concurso era a Cidade Velha de Santiago em Cabo Verde, cidade que «nasceu e desenvolveu-se por conta do tráfico negreiro», vulgo comércio de escravos.

 

Há bocado ouvi na RTP1 uma menina referir a Cidade Velha de Santiago como “importante entreposto humano”. Assim mesmo. E assim vai a História de Portugal e assim vai a nossa relação com a nossa História.