"I can see you in the morning when you go to school" *
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"Don't forget your books, you know you've got to learn the golden rule" *
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"Don't forget your books, you know you've got to learn the golden rule" *
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Agora que atingimos o índice de contágio mais baixo desde o início da pandemia e o mais baixo da Europa aparecem a pedir o regresso do ensino presencial como se uma coisa não tivesse nada a ver com a outra, como se os palermas - não conheço outro termo, não equivalem o levar os filhos à escola com o viver à vontadinha, como se se limitassem a fazer a entrega e a recolha dos infantes e regressar a casa sem andar por aí na boa vai ela a laurear a pevide, como se o trabalhinho que deu chegar até aqui não tivesse nada a ver com o dia em que se decidiu mandar os putos para casa. Até podemos mandar regressar a rapaziada à escola mas continua a haver aqui um problema de consciência social e de cidadania, o mesmo que falhou na confiança depositada nos portugueses, palavras do primeiro-ministro António Costa, na "abertura de Natal", o povo que elegeu Salazar "o melhor português de sempre", o da ditadura e repressão. Agora 'pençem', como escrevem nas caixas de cometários os minions do Chaga, saudosistas do melhor de todos nós de todos os tempos.
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Ouvir a geração que nos governa, do secundário/ faculdade nos anos de rebaldaria 1974/ 75/ 76/ 77, passagens administrativas, greves a eito, colocação de professores a meio do ano lectivo, currículos truncados, matérias de raspão, etc, etc, invocar dois meios anos perdidos e os danos irrecuperáveis no percurso dos alunos como justificação para o não encerramento das escolas. A sério?
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Regresso às aulas em Taez, Yemen.
Sign O' The Times, Capítulo LX
Os "funcionários públicos vão poder faltar para acompanhar [os] filhos no primeiro dia de escola":
- Para que os infantes e as infantas aprendam o que é ser funcionário público;
- Para que os infantes e as infantas saibam que os outros meninos e meninas não têm pai nem mãe.
Contratos de associação. Mais dois colégios privados encerram portas devido aos cortes do Estado
Com as calças do meu pai também sou um homem, que é como quem diz, com o dinheiro do Estado, para fazer o que o Estado já faz com o dinheiro dos impostos, mais barato, com mais qualidade, sem a trafulhice das notas marteladas para as médias e para os rankings, também sou um empresário, de sucesso, criador de emprego e riqueza e o coise.
Syria's Students: Going to School in a War Zone
Já nem vou pela 4.ª classe como escolaridade mínima e o saber de cor e salteado as linhas de caminho-de-ferro de Angola e as culturas agrícolas praticadas no Brasil, que era um país independente desde 1822, tudo a toque de reguada na palma da mão ou de cana da Índia nos nós dos dedos; já nem vou pelos índices de analfabetismo, por atacado na população e entre os homens e as mulheres, em separado, assim como o ensino separado para homens e mulheres; já nem vou pelo filho do doutor que havia de ser doutor e pelo filho do médico que havia de ser médico e pelo filho do arquitecto que havia de ser arquitecto e pelo filho do engenheiro que havia de ser engenheiro e pelo filho do cavador que havia de ser cavador e pelo filho do pescador que havia de ser pescador e pelo filho do carpinteiro que havia de ser carpinteiro e o do pedreiro e o do padeiro e de todas as artes e ofícios conhecidas à face de Portugal, do Minho a Timor; já nem vou pelo pão-nosso de cada dia que era o assinar com o dedo molhado num frasco de tinta para carimbo, marca Cisne; já nem vou pelos liceus para os filhos dos doutores e pelas escolas industriais e comerciais para os filhos da ralé, abertas contra vontade de Salazar, condicionado pela sua política do condicionamento industrial e porque eram precisos técnicos com mais do que a 4.ª classe e a saber mais do que contar até 100 e assinar o nome num papel selado e fazer trocos de tostões nas mercearias e tabernas, para trabalhar com as máquinas nas fábricas dos Alfredos da Silva e dos Mellos, com dois eles; já nem vou pelos cursos de lavores e de cozinha para mulheres, nas escolas industriais e comerciais para os homens que haviam de ir para as fábricas, higienicamente separadas dos machos por um muro ou por uma rede. Não. Este é o homem que no dia a seguir ao 25 de Abril andou a espalhar a revolução maoista pela universidade, a agredir adversários políticos, a praticar a caça ao bufo e a sanear os professores que até esse dia praticavam "a cultura de excelência" que tantas saudades lhe deixa:
«Durão Barroso elogia «cultura de excelência» nas escolas antes do 25 de Abril»
[Imagem "Naples Boy Smoking, 1944", Wayne Miller]
Agora que foram confirmadas, ao nível das condições de trabalho, as ilegalidades em colégios do grupo GPS, falta a coragem política, que este Governo não tem porque vai contra o seu "código genético", para avançar com uma auditoria à "fixação" na obtenção de resultados para os primeiros lugares nos rankings das escolas.
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Como "só" 75% dos alunos conseguia recuperar, em números qualquer coisa como 142 423 no ano lectivo de 2009/ 2010, não vale a pena o investimento. O que importa e interessa ao(s) sindicato(s) é o horário de emprego trabalho da classe o mais reduzido possível, um ordenado alto e a reforma cedo. Traduzido para português técnico, o "vínculo laboral", porque, e ao contrário dos alunos, os stôres não podem ser dispensados, mesmo que alguns 25% não tenham recuperação possível, seja qual for o plano.
A escola existe em função do professor, o objecto da escola é o professor, o actor principal é o professor, e tudo o resto é acessório e figurante. Estamos conversados.
[Imagem de autor desconhecido]
Do dinheiro não chega para tudo passou-se, num ápice, ao não há dinheiro para nada. E há casos prioritários para acudir primeiro com o dinheiro que não há para nada. Como por exemplo os milhões para tapar as crateras deixadas abertas no BPN e no BPP pela tralha cavaquista, ou os pagamentos à Lusoponte, ou os pagamentos encapotados à EDP, ou… Há que "aguardar por Janeiro e por eventuais alterações decorrentes da aprovação do Orçamento do Estado".