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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O Dia do Embuste

por josé simões, em 12.07.24

 

'Physical Education, The King's School, Canterbury, Kent, 1939 by Hoppé.jpg

 

 

Todos os anos, religiosamente, se cumpre o ritual. O Dia do Embuste. Comparar escolas públicas com escolas privadas, universos sócio-económicos diferentes. E todos os anos as primeiras páginas são feitas, e todos os anos os telejornais são abertos. E todos os anos as televisões se enchem de comentadeiros e analistas a perorar sobra a excelência do ensino privado e a superioridade do ensino privado sobre a escola pública. Ainda há quem leve estas merdas a sério?!

 

Ranking das escolas: 52% das notas a Educação Física nos colégios são de 19 e 20 valores

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

O regresso do circo à cidade

por josé simões, em 16.06.23

 

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Chega meados de Junho e com ele regressa o circo do ranking das escolas. Comparar escolas onde não há dinheiro para nada com colégios onde há dinheiro para tudo. Comparar notas inflacionadas pelos docentes e pela direcção da escola com notas vítimas da inflação e da falta de poder aquisitivo da família. Comparar estabilidade do corpo docente e do calendário escolar com ensino a soluços dependente dos humores do ministério e das reivindicações sindicais. Comparar oito horas dentro da escola e pausas preenchidas com actividades educativas e disciplinas complementares à escolha do freguês com meio-dia de aulas, a outra metade em casa frente ao computador ou ao telemóvel, com um bocado de sorte um apoio ao estudo no final do dia, com muito sacrifício para a família. O ranking que não é feito é o do percurso no ensino superior depois da saída dos colégios e das escolas públicas. Se calhar as surpresas iam ser mais que muitas.

 

[Link na imagem] 

 

 

 

 

A direita da igualdade de direitos

por josé simões, em 05.12.22

 

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Colégios onde a propina inclui ballet, natação, equitação, educação musical, apoio ao estudo, vulgo explicações, mas deixa de fora os manuais. É a direita da igualdade de direitos.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Como diz a direita radical, "socialismo"

por josé simões, em 08.07.22

 

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Como diz a direita radical, "socialismo".

 

 

 

 

O fabuloso governo de Pedro Passos Coelho

por josé simões, em 19.10.20

 

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O fabuloso governo de Pedro Passos Coelho, do não há dinheiro para nada, nem para a saúde, pública, nem para a educação, pública; do "fazer mais com menos", do "aliviar o peso do Estado na economia"; da "liberdade de escolha" das famílias, traduzida na liberdade de escolha das escolas; da excelência do privado, traduzida na retirada de competências ao Estado para as entregar ao sector privado, subsidiadas pelo Estado; da duplicação de serviços pelos privados, subsidiados pelo Estado em áreas onde o Estado já existia; da "gordura do Estado" traduzida no emagrecimento do rendimento mensal das famílias para ainda assim "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer".

 

"Ex-ministro da Educação vai depor a favor dos colégios contra os cortes nos contratos de associação na batalha judicial que se avizinha. Aos tribunais podem chegar “dezenas de acções” nos próximos dias."

 

Nuno Crato é testemunha dos colégios privados contra o ministério

 

 

"Foi uma derrota em toda a linha a sofrida pelos colégios com contratos de associação na guerra jurídica que, em 2016, desencadearam contra o Ministério da Educação (ME): 55 processos judiciais concluídos, 55 decisões favoráveis às posições do ME que levaram a restrições no financiamento do Estado àqueles estabelecimentos de ensino particular."

 

Ministério da Educação, 55 – Colégios, 0. Eis o balanço da guerra nos tribunais

 

 

[Imagem]

 

 

 

 

"És liberal e não sabias"

por josé simões, em 19.10.20

 

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"A falta de professores nas escolas públicas está a ser uma oportunidade aproveitada por docentes dos colégios, especialmente da zona da Grande Lisboa, que optam por continuar a carreira no sistema público."

 

Professores dos colégios em fuga para o ensino público

 

[Na imagem outdoor do Iniciativa Liberal]

 

 

 

 

Não há dinheiro para nada. Capítulo II

por josé simões, em 28.03.18

 

A líder do CDS-PP reafirmou o apoio do partido à manifestação dos colégios privados que se realizou esta tarde em Lisboa. Assunção Cristas defende que em alguns casos possa ser a escola pública a sacrificada, em vez de apenas os colégios privados.

 

 

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Não há dinheiro para nada, qual foi a parte que não perceberam?

 

[Imagem]

 

 

 

 

O busílis da questão

por josé simões, em 05.02.18

 

Otto Stupakoff 1963.jpg

 

 

Independentemente da importância e da relevância que se dá ou que se deixa de dar aos rankings das escolas; independentemente do contexto social e cultural onde cada escola se insere, independentemente dos alunos amestrados para o desempenho nos exames e da alegada manipulação de notas; independentemente da mistura sem critério entre escolas públicas e escolas privadas; independentemente do fosso entre escolas do litoral e escolas do interior; independentemente do sucesso no percurso pós-ensino nunca contabilizado e ordenado em ranking; independentemente disto tudo o que importa saber é o que é que o Estado fez ou deixou de fazer para combater a exclusão, a desigualdade, o estigma que esmaga as escolas do fundo da tabela e que faz com que por lá se mantenham, quando não se afundam ainda mais, ano após ano. Onde é que o Estado está a falhar?

 

[Imagem de Otto Stupakoff]

 

 

 

 

Quiz

por josé simões, em 28.06.16

 

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[Primeira página do jornal i]


- Porque os alunos dos colégios privados são mais inteligentes que os alunos das escolas públicas;


- Porque os professores dos colégios privados são melhores professores e mais exigentes que os professores das escolas públicas;


- Porque os colégios privados martelam as notas finais dos alunos de tal forma que seria mais honesto o acesso ao ensino superior ser decidido por sorteio com uma quota proporcional para o público e o privado;


- Porque quanto mais altas forem as notas, mais aproveitamento os alunos tiverem e menor for a taxa de retenção, mais o colégio sobe no ranking das escolas e mais cativa futuros financiamentos públicos e matrículas de novos alunos.

 

 

 

 

Restabelecida a normalidade democrática

por josé simões, em 05.06.16

 

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É por isso que temos um ministro que tem a coragem de enfrentar os lobbies e dizer que o dinheiro tem de ser bem gerido e deve ser aplicado onde é necessário.


[Na imagem cartaz na manif dos colégios paralelos à porta do XXI Congresso do Partido Socialista]

 

 

 

 

Galdeiragem à parte

por josé simões, em 30.05.16

 

 

 

"Cá não há misturas, é tudo boa gente!", na boca dos infantes na manif do Portugal ultramontano, com o alto patrocínio da Igreja Católica e da direita radical. E toda a gente sabe a significado de "boa gente" na boca de muito boa gente. Cada macaco no seu galho. E toda a gente sabe o significado de "misturas" na boca da boa gente que não se mistura. Galdeiragem à parte. "Não somos escolas para meninos ricos nem para betinhos". Manda quem pode, obedece quem deve. O que eles dizem e o que eles omitem e o que eles fazem. E às vezes descuidam-se. Respeitinho é muito bonito. A merecer ralhete dos mestres, os meninos.


[Vídeo]

 

 

 

 

Em nome do meu vírgula

por josé simões, em 29.05.16

 

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O Portugal ultramontano tutelado pela Igreja Católica


- Negócios privados com o alto patrocínio do Estado via impostos dos contribuintes.


- A caridadezinha para acudir aos deserdados da captura do Estado pelos interesses privados.


[A imagem é uma manipulação que circula no Twitter]

 

 

 

 

"Dá razão"

por josé simões, em 28.05.16

 

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1. Os contratos de associação em questão foram submetidos à fiscalização prévia do Tribunal de Contas (TC) em 2015.


2. Como é habitual, foi produzida uma informação técnica preparatória, pelos Serviços de Apoio do Tribunal, a qual não tem natureza vinculativa e não é notificada às partes.


3. O Tribunal de Contas considerou que os contratos em causa estavam de acordo com a legislação em vigor e que os encargos deles resultantes tinham o devido suporte financeiro, pelo que concedeu visto.


4. Em sede fiscalização prévia, o TC não se pronunciou nem tinha que se pronunciar sobre as questões contratuais que neste momento estão em discussão pelas partes envolvidas.

 

 

 

 

Um partido de brincadeira

por josé simões, em 27.05.16

 

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Nos idos em que o comissário Nogueira metia 100 mil professores nas ruas [contas do jornal do militante n.º 1], da Avenida da Liberdade à Praça do Comércio, contra José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues, a reestruturação do parque escolar e a avaliação dos professores – não necessariamente por esta ordem, o PSD metia os deputados na rotunda do Marquês do Pombal a aplaudir os profs, a mulher de António Costa lá no meio dos comunas – com honras de primeira página no Correio da Manha [sem til], contra José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues, a reestruturação do parque escolar e a avaliação dos professores – não necessariamente por esta ordem, ambos em defesa da escola pública.


Depois José Sócrates foi-se embora, e com ele Maria de Lurdes Rodrigues, e com ambos o comissário Nogueira, que nunca mais ninguém deu pelo camarada em quatro anos de Governo da direita radical, e os profs, que deixaram de ser 100 mil – isso nem o Benfica campeão, quanto mais, foram mandados trabalhar para Angola, Brasil e outros destinos menos exóticos, e o maoísta Nuno Crato pôde levar a cabo, na paz dos anjos, o maior ataque à escola pública de que há memória desde que existe escola pública e sem direito a cartazes, apesar dos crimes de Estaline ao pé dos de Mao serem assim a modos como limpar o rabinho a crianças, mas isso também era exigir demasiado a palermas da jota laranja, atarefados entre universidades de Verão e o sentirem-se homenzinhos ao lado dos homens, no Parlamento onde têm assento por uma quota que cabe à agremiação, e também por nunca terem ouvido falar do chinês carniceiro aos mais velhos, que o partido está pejado de ex leitores do livrinho vermelho e não convém fazer muitas ondas e mexer na merda com uns pauzinhos e também porque agora a hora é de luta contra o estalinista Mário Nogueira – a soldo do PCP e com o Bloco de Esquerda à pendura, em defesa da escola pública, que não tem de ser obrigatoriamente assegurada pelo Estado mas através de um serviço público de escola assegurado pela iniciativa privada, que foi a volta que a direita radical deu para justificar o não haver dinheiro para nada nem para a saúde, as pensões, as reformas, os salários, mas sobrar à brava para colocar o Estado ao serviço de interesses privados através de rendas pagas pelo contribuinte e dar às escolas a possibilidade de escolherem os alunos que querem das famílias que querem.


E é por isso, pelo serviço público de escola e não pelas rendas asseguradas a interesses privados e a educação pública onde ela estava no dia 4 de Outubro de 1910 – nas mãos da Igreja católica, que o PSD vai mandar os deputados para a rua, contra o comissário Nogueira, contra o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues, contra António Costa e contra a 'Geringonça' – por esta ordem, e, se calhar com um bocado de sorte, os colégios privados vão meter 100 mil, da 24 de Julho à Assembleia da República, aguardemos para ver o que é que o jornal do militante n.º 1 tem a dizer sobre isso.


[Imagem]

 

 

 

 

De amarelo

por josé simões, em 25.05.16

 

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Podia ter-lhes dado para se manifestarem, por exemplo, de 'cor de burro quando foge', mas não, deu-lhes para o amarelo, uma cor como outra qualquer, 'neutra e sem conotações com partidos políticos', como disse um senhor dos colégios na televisão. Ou da cor do patrão que toma conta da maioria dos colégios e escolas com contratos de associação. E das IPSS da caridadezinha, da sopinha dos pobres e do socorro aos desvalidos. Tudo pago pelo dinheiro do contribuinte. É isto que a direita radical alimenta, é disto que a direita radical se alimenta e nada disto é 'ideologia'. Amém.