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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A filha da putice da televisão do militante número 1 não tem limites?

por josé simões, em 30.05.16

 

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Hoje o tema era o alcoolismo entre os jovens. Um casal de actores representava. Ele, a cair de bêbado, queria levar o carro, ela, um bocadinho menos alcoolizada, opunha-se e até procurava ajuda entre os transeuntes. A ideia era testar a reacção do cidadão anónimo. Tudo entremeado com testemunhos de ex-alcoólicos. A dada altura surge "o consumo de álcool entre alunos de uma escola pública" porque, como é por todos sabido, os alunos das escolas privadas não tocam em pinga, é só light e sumos naturais e os afogados no Meco foram-no por hipnotismo. E assim Conceição Lino, na altura certa e na hora certa, que é a altura e a hora em que o país debate o uso de dinheiros públicos para financiar negócios privados na educação onde já há oferta pública, consegue manchar um serviço público de televisão prestado por um canal privado. E se fosse contigo?


[Imagem "Rue Mouffetard, Paris, 1954", Henri Cartier Bresson]

 

 

 

 

||| "damos prioridade à escola pública"

por josé simões, em 13.01.16

 

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Curiosamente o partido que não precisava de programa de Governo porque o programa da troika era O Programa, o que tinha sido essencialmente influenciado pelo partido nas negociações com a troika, Catroga dixit, um rascunho que era mesmo preciso surpreender e ir mais além do acordado, no que tocava a cortes nas funções sociais do Estado, na redução dos custos do trabalho e na retirada de direitos e garantias, naquela parte que tocava ao financiamento do ensino privado «and reducing and rationalising transfers to private schools in association» nunca houve memorando a cumprir por causa da nossa imagem, nunca houve imposição dos credores nem mãos atadas no protectorado, antes pelo contrário.


«Financiamento aos colégios será avaliado para se evitar "redundâncias" na rede escolar»

 

 

 

 

||| Next level, insert coin

por josé simões, em 29.11.14

 

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Malgrado os 4 anos de Nuno Crato, diligentemente investidos na destruição do ensino público e da escola pública mas frustrados por causa maldita da política de empobrecimento, desemprego e miséria, do ir além da troika [que a troika não embarcou em grupos: «and reducing and rationalising transfers to private schools in association»], e quando, contra todas as expectativas e anseios do Governo, se assiste a uma fuga das famílias do ensino privado para o ensino público, agora que a fogueira das vaidades tem uma chama muito ténue e umas brasinhas de carvões a morrer à volta, já não é "o ranking [martelado] da escola do seu filho", passámos ao nest level, o de "o lugar em que ficou a sua escola" [no ranking martelado].


A sua escola. Assim uma espécie de nostalgia para os pais e avós. E até podiam fazer um histórico por anos, com as fotos das turmas de finalistas, american style, que era um deleite.


E que lhes sirva para perceber como é que foi possível a um bando de energúmenos e matarruanos, nascidos, crescidos, criados, educados e formados na escola pública, chegarem ao poder com o objectivo único de destruir quem os educou e lhes deu formação.

 

 

 

 

|| "[...] and rationalising transfers to private schools in association agreements."

por josé simões, em 26.10.12

 

 

|| Nuno Crato ou o 'eduquês', do discurso directo levado à prática

por josé simões, em 16.08.12

 

 

 

Enquanto se continua, alegremente, para o infinito e mais além do que o memorando assinado com a troika, no que respeita ao ensino privado, o eduquês sem mestre, passado do papel para a prática, ataca em todas as frentes e destrói a escola pública.

 

O dinheiro dos impostos não chega para tudo, é preciso segurar o ensino privado, e a troika quer é saber dos números finais, não da matemática que foi feita para os atingir.

 

O povo sabe ler, contar, dizer quem foi o primeiro rei de Portugal e, talvez, as linhas do caminho-de-ferro de Angola, diplomacia económica oblige.

 

A elite dirige e governa. Com o voto do povo.

 

Podia voltar a telescola. Paga com o dinheiro dos contribuintes na factura da EDP.

 

 

 

 

 

 

|| "[...] and rationalising transfers to private schools in association agreements."

por josé simões, em 05.08.12

 

 

 

É o que se pode ler no memorando de entendimento. O Governo continua um Governo coerente, vai mais além da troika e tira, do dinheiro dos nossos impostos, ao ensino público para dar ao ensino privado.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Do desmantelamento do Estado em beneficio de meia dúzia do sector privado

por josé simões, em 23.07.12

 

 

 

Com muita agit-prop e contra-informação, é mercado a funcionar ou, como diz o povo, uma pessoa paga é para ser [bem] servida.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| À atenção do ministro Nuno Crato

por josé simões, em 14.11.11

 

 

 

Além da História, devia o Ministério da Educação, em nome da redução de custos e/ ou contenção de despesas, acabar com o ensino do Inglês, em particular, e com toda e qualquer língua estrangeira, no geral, na escola pública.

 

É extremamente perigoso, e potencialmente subversivo, ter as pessoas a ir à net ler, noutras línguas, outras opiniões que não o discurso formatado da brigada do “direita volver!” dos paineleiros do comentário político-económico com lugar cativo para toda a época, nas rádios, televisões e jornais nacionais.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Coisas de mentirosos e trafulhas

por josé simões, em 13.10.11

 

 

 

Aumentar o financiamento ao ensino privado em €5148 por turma [*] contra o que havia sido previamente acordado no memorando de entendimento com a troika [and rationalising transfers to private schools in association agreements] ao mesmo tempo que a escola pública sofre um corte que é o triplo do que foi [também] recomendado pela troika é, além de um ataque sem paralelo ao ensino público, por assim dizer, uma grande mentira e uma trafulhice, e legitimar nas ruas o pior pesadelo de Pedro Passos Coelho, não é?

 

[Imagem]

 

[Via]

 

 

 

 

 

 

|| Os ricos entram por "direito", os pobres por caridade, as empresas instalam-se no campus

por josé simões, em 10.05.11

 

 

 

 

 

«Richest students to pay for extra places atBritain's best universities»

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

Adenda às 16:22: Em português

 

 

 

 

 

 

 

 

|| A Santa Casa

por josé simões, em 22.11.10

 

 

 

 

 

 

Uma vez que o acesso ao ensino é gratuito e a todos assegurado pelo Estado, por que razão/ razões há-de o cidadão, que não tem possibilidades económicas para colocar os filhos numa escola privada, financiar por via dos seus impostos o ensino nas escolas privadas, frequentado pelos filhos de quem, com possibilidades económicas, pode pagar as mensalidades?

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

 

 

 

 

|| Para bom entendedor

por josé simões, em 20.06.10

 

 

 

O que os responsáveis radiográficos não dizem, mas deviam, é em que lugar aparece a opção “cortar na educação no colégio privado” no ranking das famílias.

 

(Na imagem Aaron Haircut, autor desconhecido)

 

 

 

 

|| Em nome do Papa

por josé simões, em 04.05.10

 

 

 

 

Assim como a maioria das empresas privadas, também a «maioria das escolas particulares não vai fechar durante a visita do Papa». Se quisesse ser muito maquiavélico diria que o Governo que administra o Estado republicano laico está a trabalhar muito bem para acabar com o que resta do ensino público.

 

(Em stereo)

 

(Imagem)

 

|| Um tiro privado

por josé simões, em 13.01.10

 

 

 

 

 

E se o “tiroteio” de ontem, em vez de ter sido num colégio privado, tivesse sido, por exemplo, na escola da Bela Vista em Setúbal? a “tourada” que havia hoje na Brigada Helena e insurgência limitada

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

 

 

 

|| O ranking

por josé simões, em 08.05.09

 

E por alturas dos rankings é puxar dos galões e até olhar por cima do ombro com sobranceria para aqueles que por uma razão ou por outra têm o rebento na escola pública  não têm o rebento no colégio privado. A mais das vezes pela mesma razão que, ironias do destino, desata agora a bater a quase todas as portas: Money, Money, Money cantavam os ABBA.

 

E agora “O Estado”, essa entidade suprema e milagrosa, ou seja, todos nós que pagamos os nossos impostos e que no fim das contas feitas o dinheiro não nos sobra na carteira para luxos tais como seja matricular o menino e a menina no colégio-privado-que-esse-é-que-é-bom, por portas travessas paga. Exige-se que pague!

 

E o rabinho lavado com água das malvas, também não?

 

Post-Scriptum: Quase de certeza que há uma fábula de La Fontaine que se aplique a esta estória...

 

(Imagem de Margaret Bourke-White via Life Pictures/ Getty Images)