"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Uma pessoa leva 4 – quatro – 4 anos a ver Luís Montenegro e Nuno Magalhães, auxiliados por Telmo Correia, nos debates parlamentares a largar deixas para o Governo maquilhadas de interpelações, chegavam a parecer o ponto, o fulano nas peças de teatro, dentro do caixote à frente do palco, e depois os grupos parlamentares têm vida própria e autónoma e até produzem projectos de lei, invariavelmente inconstitucionais. E vão 17 – dezassete – 17.
Depois de Pedro Passos Coelho a reclamar o pedigree dos que pagam o que devem e a discorrer sobre a [in]sustentabilidade da Segurança Social, por via dos impostos pagos/ cobrados, Teresa Leal Coelho, uma indefectível de Vale e Azevedo na direcção do SL Benfica, no Parlamento preocupada com o enriquecimento ilícito, agora que uma chico-espertice foi encontrada para que a inversão do ónus da prova não seja a inversão do ónus da prova. O menos mal que nos pode acontecer ainda é ver um destes dias Duarte Marques a perorar sobre o ensino da língua portuguesa nas escolas.