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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Da chico-espertice

por josé simões, em 24.07.24

 

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Diz que as empresas vão mostrar o seu encargo com a TSU dos trabalhadores porque "temos [têm] de combater a ideia de que se se olhar para a Segurança Social estamos a pôr em causa as pensões" e mais outras coisas muito importantes, em economês tudo resumido: coitadinho do patrão e o Estado ladrão. E depois disto tudo mostrado as empresas vão também mostrar no recibo de vencimento a mais-valia com cada um dos trabalhador... colaboradores. Se calhar é melhor não.

 

[Imagem "British prime minister Margaret Thatcher covering her face with her hand at the 1985 Conservative Party Conference"]

 

 

 

 

O partido dos Rolling Stones

por josé simões, em 07.09.23

 

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O clip de lançamento do novo disco dos Rolling Stones com 80 anos de idade é com imagens dos Rolling Stones com 20 anos e, por coincidência, é apresentado no mesmo dia em que é notícia estar Portugal no pódio dos países com maior precariedade da União Europeia, sem que nenhum jornalista se lembrasse de interromper o homem cujo passado se "chama Passos", o Passos do "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer", quando perorava de cor sobre amuos a que não assistiu, o que tinha ele a dizer sobre isso, ele que deu o corpo às balas, enquanto líder da bancada parlamentar de suporte ao Governo, nas políticas de incentivo à precariedade, um Governo pejado de "técnicos" e "especialistas" recrutados nos blogues onde gastavam rios de tinta com a precariedade boa para a economia e para o crescimento económico por actuar como pressão sobre os malandros e calaceiros, ler: "todos os portugueses", sempre no fio da navalha com o desemprego como ameaça e com o exército de desempregados à espreita da oportunidade, o desemprego como estrutural e não como conjuntural, fazes o que o patrão manda e caladinho.

O PSD é assim a modos que um clip dos Rolling Stones, são sempre novos, o passado nunca aconteceu, ou se aconteceu é coisa dos socialistas.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

A oportunidade dos patrões

por josé simões, em 02.11.22

 

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Patrões dizem que semana de quatro dias é inoportuna

 

"Patrões dizem que um horário de trabalho é inoportuno".

"Patrões dizem que 8 horas de horário de trabalho é inoportuno".

"Patrões dizem que um dia de descanso semanal é inoportuno".

"Patrões dizem que dois dias de descanso semanal é inoportuno".

"Patrões dizem que duas semanas de férias é inoportuno".

"Patrões dizem que 22 dias de férias é inoportuno".

"Patrões dizem que férias pagas é inoportuno".

"Patrões dizem que atribuição de um 13.º mês é inoportuno".

"Patrões dizem que pagamento de subsídio de refeição é inoportuno".

"Patrões dizem que 3 meses de licença de maternidade é inoportuno".

"Patrões dizem que 120 dias de licença parental é inoportuno".

"Patrões dizem que 150 dias de licença parental partilhada é inoportuno".

 

E podíamos começar a contagem das inoportunidades, por exemplo, na Revolução Industrial, para não recuar muito no tempo, porque no que toca a terminar "o futuro a Deus pertence", como diz o povo, se é que alguma vez vão terminar. E o que falta ali atrás, que a descrição não é exaustiva.

E o problema nem é os patrões dizerem na câmara corportativ... concertação social o que lhes vai na real gana, o problema é os papagaios que não sendo patrões repetem o que os patrões dizem.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

O "empresário" tuga

por josé simões, em 05.09.22

 

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O negócio não encerra definitivamente por falta de empregados, por quebra das receitas, por custos insuportáveis, por isto ou por aquilo. O negócio encerra temporáriamente [com acento e tudo] por falta de funcionários, não que faltem ao trabalho, mas que pura e simplesmente não aceitam trabalhar, vá-se lá saber porquê. Tanta coisa a dizer sobre encerramento...

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

E agora algo verdadeiramente surpreendente

por josé simões, em 19.11.21

 

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As pessoas não querem trabalhar 10, 12, ou mais horas por dia, a horários impróprios com impróprias horas de refeição, com dias de folga que não lembram ao diabo e com férias quando ninguém as quer ter, a aturarem desde a maior besta do mundo ao cavalheiro mais simpático e educado, com contratos de trabalho a termo incerto e na maioria apalavrados, pelo preço de um salário mínimo nacional e gorjetas a dividir por todos. A solução passa por pagar-lhes, no mínimo, salários de hospedeira, já que servem "cafés, laranjadas e chás"? Nope, "a solução para esta falta de mão-de-obra passa por um programa de imigração organizado", Odemiras a perder de vista, se calhar apoiadas pelo Governo e subsidiadas com o dinheiro dos impostos dos que ganham de salário de hospedeira para cima.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

'Pay Them More'

por josé simões, em 02.11.21

 

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O salário nunca ser tido nem achado na equação já não causa surpresa a ninguém. Numa zona do país há décadas sangrada para a emigração a solução passa trazer imigrantes, com a benção da câmara municipal, uma Odemira a norte. Não ouviram o Joe Biden, não sabem falar 'amaricano'.

 

"Todas as empresas do setor, sem exceção, estão a necessitar de pessoal para satisfazer encomendas, mas não encontram. Está a ser dramático."

Mobiliário desespera à procura de 5 mil trabalhadores

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A dona Maria Guilhermina explica

por josé simões, em 03.05.21

 

 

 

A dona Maria Guilhermina, da Casa Botónia no Porto, desmonta o parlapié da direita do tugão das empresas que criam riqueza, do cortar na massa salarial e do despedir em tempos de crise.

 

 

 

 

47 anos depois dos 48 anos antes

por josé simões, em 12.04.21

 

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Até aos anos 80 do século passado era assim a paisagem nas colinas e montes que rodeiam a cidade de Setúbal [na imagem retirada do livro Fartas de Viver na Lama- 25 de Abril. O Castelo Velho e outros bairros], barracas feitas com as caixas dos carros Austin Morris que eram montados na fábrica de Setúbal, operários especializados, com salário e descontos para a Segurança Social, a produzirem carros para a exportação mas sem rendimento que permitisse a compra ou o aluguer de uma habitação condigna. A mulher, quando não ficava em casa, andava na casa de outros "a dias" ou na indústria conserveira quando o apito da fábrica tocava à chegada dos barcos. Os putos cresciam lá em cima, uns com os outros, ao Deus-dará, os índios.

 

47 anos depois dos 48 anos antes o estudo A Pobreza em Portugal – Trajectos e Quotidianos, da Fundação Francisco Manuel dos Santos diz-nos que em Portugal pelo menos 11% dos trabalhadores são pobres, apesar de terem trabalho e salário certo ao fim do mês. Mais de um terço dos pobres em Portugal são trabalhadores, a maioria dos quais com vínculos estáveis e salários certos ao fim do mês.

 

E isto tem um nome. E já cansa repetir. E cansa a ladaínha do "portugueses de bem", do "vai para a tua terra", do "povo honesto" que serve para desviar o foco, meter o miserável a olhar para baixo, contra o ainda mais miserável, aquele que na canção do Gabriel, O Pensador, tem como objectivo na vida "morar numa favela".

 

 

 

 

Agora com um desenho

por josé simões, em 04.03.20

 

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O célebre "temos de fazer mais com menos" com que Pedro Passos Coelho nos brindou durante os quase cinco anos de Governo da troika explicado com um desenho.

 

 

 

 

Isso agora também não interessa nada

por josé simões, em 31.10.19

 

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               Na primeira página do La Voz de Galicia.

 

 

 

 

"És liberal e não sabias"

por josé simões, em 12.06.19

 

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Government employment (as % of total employment) in the EU

 

[Título]

 

 

 

 

Curiosamente ninguém se lembrou de ir entrevistar o senhor merceeiro

por josé simões, em 22.04.19

 

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Empresas estrangeiras em Portugal pagam salários 40,6% acima da média e têm produtividade muito superior

 

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Jerónimo no seu labirinto

por josé simões, em 28.08.18

 

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O secretário-geral do PCP apontou hoje a falta de emprego e de “salários justos” como as causas da emigração, rejeitando que tenha sido o nível do IRS a forçar os portugueses a sair do país.

 

E agora como é que vamos lutar contra o capitalismo em França, Alemanha, UK, Luxemburgo, Suíça, etc. , que dá emprego e paga salários justos aos injustiçados do capitalismo em Portugal, sem desestabilizar o sistema económico e social em cada país, já que o argumento terá obrigatoriamente de passar por mais emprego e salários mais justos para os nativos, pressionados pela emigração portuguesa, e com isso criar uma onda xenófoba e racista como reacção?

 

"E o Sol brilhará para todos nós"? [E a Venezuela aqui tão perto].

 

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Descubra as diferenças

por josé simões, em 13.03.18

 

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Um dia depois da entrevista onde Pedro Soares dos Santos, líder do grupo Jerónimo Martins [Pingo Doce], pedia "flexibilidade dos horários de trabalho, fortalecer o banco de horas, flexibilidade nos postos de trabalho…" enquanto, candidamente, perguntava "porque é que uma pessoa não pode ser contratada em função do número de horas que quer trabalhar na semana? Por exemplo, você quer fazer um part time e diz que quer fazer 12 horas, mas quer fazer 12 horas num dia. Porque é que não pode ser feito?", que é como quem diz "porque é que hei-de contratar mais gente, criar mais postos de trabalho, pagar mais à Segurança Social, se posso manter, e até aumentar, os lucros com o mesmo número de empregados, perdão, de colaboradores, sem vida própria e sem família, "sim, patrão, sim patrão" sempre disponíveis na loja?", a cadeia de supermercados espanhola Mercadona, agora a expandir-se para Portugal, anuncia que "reduce un 50% el beneficio para invertir 1.000 millones y crear 5.000 nuevos empleos". Descubra as diferenças...

 

 

 

 

Só temos o que merecemos e ainda assim foi pouco

por josé simões, em 06.03.18

 

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Cortaram o subsídio de desemprego, no valor e na duração, e ainda o Rendimento Social de Inserção porque era preciso obrigar os manhosos e os calaceiros a saírem de casa para procurar os empregos que não havia.

Cortaram os dias de férias, reduziram feriados e aumentaram o horário de trabalho porque era preciso trabalhar mais e ganhar menos para recuperar um país.

Cortaram o valor a pagar pela hora extra e dia feriado e ainda os valores das indemnizações a pagar por despedimento porque era urgente fazer mais com menos e dar sustentabilidade às empresas que é quem cria riqueza e emprego.

Aplicaram taxas e contribuições sobre o IRS, o subsídio de férias e o subsídio de Natal, vulgo 13.º mês, porque o dinheiro não chegava para nada e havia que cumprir perante os credores que nos salvaram da desgraça.

Depois disto tudo o primeiro-ministro vem a público lastimar-se que a reforma que havia deixado por por fazer tinha sido a de baixar os custos do trabalho e ganha as eleições poucos meses depois.

Só temos o que merecemos e ainda assim foi pouco.

 

Portugueses trabalham mais horas e têm menos férias do que a média europeia

 

 

Por ano, os portugueses passam mais três semanas no trabalho do que os alemães ou holandeses

 

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