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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Amor de embaixador

por josé simões, em 30.08.16

 

mae tattoo.png

 

 

Perfeito, perfeito teria sido a mãe a enviar as flores à outra mãe. De mulher para mulher, de mãe para mãe, o sofrimento, o amor de mãe, como nas tatuagens, o sofrimento da mãe na sabedoria de Salomão. Calava bem fundo no coração da mãe, nos corações das mães. Mas a cultura e a religião, a cultura moldada pela religião não permite à mulher protagonismos desta natureza. À mulher, depósito de esperma. À mulher-mãe, máquina de fazer filhos. E isto, mais do que uma falha nesta estratégia, em construção pelo embaixador do Iraque em Portugal na tentativa de minimizar estragos por via de um oficioso extra-judicial, mostra uma falta de respeito pela cultura e tradições do país que o acolheu enquanto representante de um Estado estrangeiro, pelo desprezo de nem se dar ao trabalho de ter tentado minimamente perceber como as coisas funcionam, aqui.


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| O nosso homem em Buenos Aires

por josé simões, em 15.08.15

 

 

 

"infelizmente, a Embaixada não teve conhecimento prévio da iniciativa. O que me surpreendeu"

 

 

 

 

||| Saudades de Bierut?

por josé simões, em 28.03.14

 

 

 

Os critérios editoriais do Expresso são como a vontade de Deus, insondáveis e inescrutáveis, mas liberdade de expressão é liberdade de expressão e liberdade de imprensa é liberdade de imprensa e era só o que faltava, o Expresso, que não é "o que de melhor se faz na imprensa portuguesa" nem pouco mais ou menos, censurar um imbecil por causa das relações diplomáticas entre Estados. Era assim a modos que um bocado… imbecil. Há sempre a possibilidade de deixar de comprar e deixar de ler, caso o excelentíssimo senhor embaixador não tenha dado por isso.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Os alemães são muito dados a acreditar em coisas

por josé simões, em 16.02.14

 

 

 

 "O único sítio do mundo onde por vezes ouço dizer mal de Portugal é em Portugal"

 

 

Acreditam naquilo que lhe dizem. Um tempo houve em que até acreditavam que compatriotas seus, gente de carne e osso como eles, eram assim a modos que piolhos, perniciosos e prejudiciais, e que mereciam ser exterminados. Mas o melhor mesmo é não ir por aqui não vá aparecer alguém a invocar a Lei de Godwin, uma lei que só pode ter sido inventada por um nazi, ou por um leitor retardado de Mein Kampf e nostálgico do III Reich, porque só assim se explica que numa discussão seja possível fazer analogias a Estaline, Mao Zedong, Pol Pot, ou a dinastia Kim da Coreia do Norte, sem nunca ser sinónimo de falta de argumentos, e é bastas vezes o argumento com que a direita encerra uma discussão quando fica sem argumentos. Adiante.

 

Os alemães também acreditam que são eles quem está a financiar os madraços do sul da Europa, que é o dinheiro dos seus impostos que está a recuperar a economia destruída dos calaceiros gregos e portugueses e espanhóis e tarda nada até a dos italianos e a dos franceses, assim a fundo perdido, generosamente, pro bono, sem ganharem nada com isso. Ficamos, eu pelo menos fico, muito mais descansado por saber que os alemães têm uma boa imagem de Portugal, e também ficamos, fico, muito mais descansado por saber que só se houve falar mal de Portugal em… Portugal. É bom sinal, sinal de que ninguém anda a dormir, de que aqui ninguém acredita em tudo o que lhe dizem, bem… quer dizer… sinal de que quem cá está é que sabe o que são elas, é que sofre na pele o sucesso do ajuda económica dada, pro bono, a fundo perdido, pelos contribuintes alemães.

 

Já sobre o falar bem ou mal, a imagem da Alemanha, a imagem que o resto da Europa tem da Alemanha, e dos alemães, neste momento, descontando os Maçães e os Coelhos e os Camilos e os Das Neves, "alunos da escola alemã", tenho a minha dúvidas, é que o único sítio do mundo onde se houve falar bem da Alemanha é na… Alemanha.

 

[Imagem]