"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
- Comparativamente com outras etnias há dados estatísticos que permitam saber a percentagem de famílias de etnia cigana residentes em casas de habitação social propriedade das câmaras municipais que não paguem a respectiva renda até valores em que as dívidas se tornam incobráveis? [Que pela natureza das empresas prestadoras dos serviços a água e a luz nunca ficam em atraso].
- Comparativamente com outras etnias há dados estatísticos que permitam saber a percentagem, em número de passageiros e valor das coimas, de cidadãos da etnia cigana identificados a cometer fraude em transportes públicos de passageiros?
- Comparativamente com outros rentistas e subsídio dependentes, dos pequenos empresários às majors como a EDP e a REN passando pelos bancos privados, há dados estatísticos, por valores em euros versus número de indivíduos, que permitam identificar a percentagem dos beneficiários de etnia cigana?
- Há dados estatísticos que permitam identificar no Orçamento do Estado o peso dos subsídios auferidos por cidadãos de etnia cigana comparativamente com as rendas auferidas pelas grandes empresas com lucros anuais a dividir pelos accionistas?
O PSD também se vai pronunciar esta semana, não por apresentar um ex-líder, dirigente nacional e Conselheiro de Estado, numa candidatura "fora-da-lei" a uma Câmara Municipal, mas «sobre o perfil do candidato» e tal e tal.
Perdi buéeeees de tempo na net a procurar uma definição para pessoas com fixação em burros, e ia, invariavelmente, parar a sites de zoofilia. Até perceber que estava a cair num erro: o homem afinal tem é fixação em Ferraris. Uma vez, candidato a Loures, promoveu uma corrida entre um burro e um Ferrari e deu-se mal no dia das eleições, agora, candidato a Lisboa, patrocina uma entre um Ferrari e o Metro. Ainda não aprendeu que o ridículo mata e Santana vai de riquexó.
(Imagem Barney Ross at the Fair fanada no Chicago Tribune)
O que é que havia em Fátima antes do alegado milagre ter acontecido? Zero, nada, nicles batatóides; mato e olival. O santuário foi construído, e a cidade à roda dele. Em Setúbal é a estátua de Bocage ou o arco da Rua Arronches Junqueiro, em Lisboa a Torre de Belém ou o arco da Rua Augusta, em Coimbra a Torre da Universidade, no Porto a Torre dos Clérigos e em Almada o Cristo-Rei. O que é queriam no cartaz; a rotunda da avenida principal?
Diz o povo que “quem não tem nada para fazer faz colheres”. Não há missas para rezar nem fiéis para confessar lá pelas imediações?
(O ideal talvez fosse, a boa maneira feudal, entregar a presidência da autarquia à Reitoria do Santuário...)
Ontem, e a propósito dos arguidos em branco e arguidos em Preto e fazendo uma distinção entre arguidos “bons” e arguidos “maus”, Dona Manela deixou cair que espera que a polémica em torno da constituição das listras do PSD não seja «um pretexto para esquecer os problemas nacionais", como o caso do Eurojust, que envolve o procurador Lopes da Mota». O PSD, que já por várias vezes e pela boca de vários dirigentes, deixou claro que não tem candidatos Vitais, e não vai andar para aí a badalar “roubalheiras”, não fala no Freeport e em José Sócrates, mas vai falando no Eurojust e em Lopes da Mota fazendo figas na máxima popular de que “para bom entendedor meia palavra basta”, e deixando indicações de que o que aí vem é uma campanha slogan BES: “Já falaste com o teu Banco? Não falei com o teu”.
Também ontem, o mandatário da candidatura do PS à Câmara de Lisboa manifestou o desejo de que a campanha autárquica seja «civilizada, do século XXI». Autárquicas são autárquicas e legislativas outra coisa distinta, mas, e se não for pedir muito, façam um favor ao povo: calem-se de uma vez por todas e discutam o país, as cidades, a política, ou deixem-se de mariquices e abram definitivamente a boca e deitem cá para fora toda a manha e trafulhice de um quartel de Democracia, para, no mínimo, (re)começarmos do “ground zero”.
Como se fosse possível dissociar o cidadão Jorge Nuno do presidente do FC Porto Pinto da Costa. Como se tivesse o mesmo peso do Manuel Joaquim de Miragaia, do António Francisco da Cedofeita. Ou do Rui Fernando do Boavista. Jorge Nuno, na candidatura de Elisa Ferreira, é substantivo ou adjectivo? Seja como for isso é irrelevante, já que estão os dois – o substantivo e o adjectivo - habituados a ganhar campeonatos e este ano têm sérias hipóteses de conquistar o Tri.
Consta que lá no Estádio do Dragão, que se Deus quiser um dia há-de ter o nome do cidadão gravado a letras douradas por cima da porta principal, nos intervalos das vitórias é proibido tocar Delfins nos altifalantes…
Adenda: Este post era para ter tido como título: A Angústia do n.º 10 antes da marcação do Livre Directo
A PêCêPêização do discurso político (?) do PS: nós somos os “pais” da esquerda e à nossa volta estão os penduricalhos, e quem não está connosco está contra nós, e se nós perdermos as eleições a culpa é toda vossa porque não vieram até aqui ao beija-mão.
Estranho – ou nem por isso – o PS só se lembrar da maioria união da Esquerda quando sente os calos apertados…
Cem anos depois da implantação da República; cem e ainda mais alguns anos depois da auto-denominada “ética republicana” – entre aspas e em minúsculas – é preciso vir estipular por decreto aquilo que deveria ser do senso comum. E ainda há quem tenha a pouca vergonha de respingar e de se escudar com as tristezas alheias! Shame on you!
Já conheço (é como quem diz) Cavaco Silva desde os gloriosos tempos em que os carros vinham do stand a necessitar fazer uma rodagem, mas ignorava que tivesse sentido de humor:
Primeiro começa por mudar o penteado, agora com poupinha “à la Elvis”, depois graceja com as sondagens. Nota-se aqui algum efeito Manuel Alegre e as presidenciais que hão-de vir?
Fazia a minha ronda habitual pelos blogues linkados aqui na coluna direita e quando entro no blogue de Pedro Santana Lopes deparo-me com um post que informava do arranque oficial da campanha à presidência da Câmara Municipal de Lisboa com a apresentação do (excelente) site da candidatura.
Como ainda não tinha lido nem ouvido nada sobre o assunto dei conta da boa nova no meu Twitter, eram 22:34. Em menos de um fósforo a notícia espalhou-se pela bloga, de tal modo que, às 22:41, era impossível entrar no sítio tal era a afluência de visitantes.
Só que às 22:36 o post havia sido apagado no blogue de Santana Lopes… Teste? Engano? Não sei. O “mal” estava feito. Em três anos e tal de blogue tive o meu primeiro “furo”. Olha para mim aqui todo inchado.
Dizia-me um amigo quando as coisas não lhe agradavam por aí além.
A Dona Manuelacagou o pé todo até à virilha. E tem vergonha de o ter feito. E tem vergonha do cheiro que larga. A apresentação pública da candidatura foi feita por um não sei quantos que, dizem, é coordenador autárquico. E que anunciou primeiro o candidato do partido a Braga. Foi por ordem alfabética…