"És liberal e não sabias"
EDP lucrou 657 milhões e vai pagar 750 milhões em dividendos aos acionistas
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EDP lucrou 657 milhões e vai pagar 750 milhões em dividendos aos acionistas
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O Governo que com uma alteração à legislação fiscal permite a fuga da EDP ao pagamento de 110 milhões de euros em impostos, apesar de sobejamente avisado, é o Governo que acaba com a moratória do crédito à habitação e que admite recorrer para o Constitucional para travar apoios sociais aprovados pela oposição.
Que o Governo não impediu o negócio das barragens do Douro "porque não quis" já todos tínhamos percebido assim como também todos tínhamos dado pela coincidência de o negócio se ter realizado depois de uma alteração cirúrgica na legislação dos benefícios fiscais, agora que o Governo mesmo que o quisesse fazer não o faria porque "caía o Carmo e a Trindade", um Governo a governar, cof, cof, em função do que lhe possa cair em cima - a não governar, apesar de mandatado pelos eleitores, em eleições livres e democráticas, abstendo-se da defesa do bem comum e com isso beneficiar uma entidade privada e os seus accionistas, essa é que é a novidade. "Socialismo" e "ética republicana", uma conjugação fantástica no Partido Socialista. Um artista este alegado ministro do Ambiente.
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António Costa podia ter sacudido para longe e metido tudo na ordem, preferiu carregar a suspeição em cima das costas. São opções.
Depois de termos ficado todos a saber que António Mexia não é do PS, pelo silêncio dos minions da direita radical e liberal, 24 horas/ dia de plantão às redes, e pela ausência de comentário por parte dos comentadeiros avençados e com emprego para a vida nas televisões do cabo, ficamos agora também a saber que Artur Trindade não é socialista, nem sequer tem filiação partidária e foi secretário de Estado de um Governo incolor e inodoro, nem o seu primeiro-ministro à época tem alguma coisa a ver com o caso, aos contrário de outros primeiros-ministro que sabiam sempre de tudo, se não sabiam, tinham obrigação moral e ética de saber, e se dizem que não sabiam é porque estão a mentir com quantos dentes têm na boca.
Tinham 200 metros de altura cada e estavam há 42 anos na paisagem da cidade. Nos idos do liceu chegámos [um grupo de amigos] a planear uni-las por uma corda com cuecas, peúgas e soutiens, pendurados com molas, ao estilo estendal de roupa, acção de "guerrilha urbana" não concretizada por nunca termos conseguido contornar a segurança da central. Foram abaixo, sem glória e sem direito a multidões de despedida, com sticks de selfie e directos nas "redes sociais", por via do confinamento e afastamento social. As chaminés morrem de pé.
Uma empresa nacionalizada pelo Estado chinês uma empresa privada com lucros que cresceram 16% para 1.113 milhões de euros em 2017 face aos 961 milhões registados em 2016;
Uma empresa nacionalizada pelo Estado chinês uma empresa privada cujo presidente aufere um vencimento-base de 984 mil euros, 52 vezes mais do que os trabalhadores;
Uma empresa nacionalizada pelo Estado chinês uma empresa privada que até este ano recebia um subsídio do Estado português, ler dinheiro dos impostos dos contribuintes, no valor de 309 milhões € como garantia de potência paga às centrais eléctricas para estarem sempre disponíveis para produzir;
Uma empresa nacionalizada pelo Estado chinês uma empresa privada que até este ano recebia um subsídio do Estado português, ler dinheiro dos impostos dos contribuintes, de 154,1 milhões € [os famosos CMEC - apoio à produção de 16 centrais hídricas da EDP - até 2027] ainda que um grupo de trabalho constituído pela REN - Redes Energéticas Nacionais e pela EDP Produção tenha chegado a um valor superior, de 256,5 milhões €;
Uma empresa nacionalizada pelo Estado chinês uma empresa privada que recusa pagar ao Estado a contribuição extraordinária sobre a energia no valor de 69 milhões de euros;
Uma empresa nacionalizada pelo Estado chinês uma empresa privada que precisa recorrer à mobilização do exército português, país membro da NATO, para repor o fornecimento de electricidade a 100 mil casas afectadas pelo furacão Leslie.
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Quando isto tudo terminar Manuel Pinho não vai vestir a pele da Macaca Marta , como alguns esperam, nem tampouco interpretar o papel de Duende Mafarrico como outros prevêem, vai mais parecer o Noddy a ser repreendido pelo Senhor Lei:
"[...] Vítor Santos atribui aos Governos e a decisões políticas a criação e agravamento dos chamados custos de interesse económico geral, também designados de custos políticos ou rendas excessivas, e do seu impacto no preços da electricidade desde 2007. Ainda que estes custos, sobretudo os associados aos CMEC, só se tenham começado a fazer sentir a partir desse ano, quando este regime legal de remuneração das centrais da EDP entrou em vigor, Vítor Santos aponta a raiz do problema dos pagamentos em excesso à eléctrica ao diploma que criou os CMEC em 2004."
"O presidente executivo da EDP, António Mexia, pode ganhar até 2,6 milhões de euros em 2016 [...]"
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No entanto "o peso do sector público em Portugal está a matar o privado". Social-democracia, sempre!
Portugal À Frente, a aliança que nos restituiu a credibilidade lá fora, arranjou dinheiro para pagar salários e pensões cá dentro e ainda encheu os cofres para fazer face a algum imprevisto, nos intervalos de andar nas televisões a pregar moral ao PS e a chamar de irresponsável o PCP e o Bloco.
«“a Parpública não assegurou que os consultores financeiros (seja para a avaliação prévia ou a assessoria no decurso do processo de venda) ficassem impedidos de assessorar posteriormente os potenciais investidores, no mesmo processo, o que veio a acontecer com a contratação do BESI no processo de (re)privatização da EDP e da REN”»
«Não só o banco de investimento do antigo BES prestou serviços ao Estado como avaliador, como depois foi consultor financeiro dos compradores: a China Tree Gorges, no caso da EDP, e a State Grid, compradora da REN.»
«[...] as avaliações económicas e financeiras da REN e da EDP couberam ao Millennium BCP, Caixa Banco de Investimento (CaixaBI) e BESI, entidades que já estavam pré-seleccionadas para o efeito. Mas os restantes trabalhos de consultadoria financeira foram efectuados conjuntamente pelo CaixaBI e pela Perella, que foi subcontratada pelo banco de investimento da CGD “com o consentimento tácito da Parpública, sem estar incluída na lista dos pré-qualificados para a assessoria financeira aos processos de privatização”.»
«[...] a Parpública “não poderia, por acção ou por omissão, consentir a subcontratação por um candidato pré-qualificado de outra entidade que não figurava na lista”. Um subcontratado que agiu “de forma interventiva e autónoma (…) com o assentimento da Parpública”»
«“dualidade de critérios” no processo de selecção dos assessores. É que para a escolha dos avaliadores e assessores jurídicos foram várias as entidades convidadas a apresentar propostas, mas para a assessoria financeira, “cujo valor foi largamente superior ao dos dois primeiros” só foi convidada uma entidade: o CaixaBI.»
«“falta de transparência” no que toca à “contratação de consultores externos associados aos processos de privatização”; acusa-a de incumprir as orientações da Direcção Geral do Tesouro e Finanças (DGFT) em matéria de contratação de consultadoria técnica e também contesta o entendimento da Parpública de que não está sujeita ao código de contratação pública (CCP) e de que não tem por isso de publicar os respectivos contratos no portal BASE.»
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