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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Bombardeamento preventivo

por josé simões, em 13.07.16

 

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Ambos (Portugal e a Irlanda) puseram em prática grandes esforços, estão a cumprir o que é pedido pelos programas de ajuda e estão no bom caminho.


Wolfgang Schauble, 18 de Abril de 2013


Quando na Alemanha abordamos as políticas de combate à chamada crise europeia falamos sempre da história de sucesso de Portugal. Estamos muito confiantes e não há nenhum problema.


Wolfgang Schauble, 22 de Maio de 2013


Portugal está no bom caminho.


Wolfgang Schauble, 22 de novembro de 2013


Os países-membros que têm mais sucesso são os que enfrentaram programas de assistência, porque cumpriram a sua missão.


Wolfgang Schauble, 25 de Janeiro de 2014


Portanto tem razão Maria Luís Albuquerque quando, sentada ao lado de Wolfgang Schauble para grego ver, diz que fosse ela ministra das Finanças e nada disto acontecia, com as metas sempre ajustadas de modo a que a realidade encaixasse na teoria. Na realidade são bombardeamentos preventivos, com o alvo aferido para não sair do caminho definido pelos representantes das Goldman Sachs na União Europeia, não com tanta intensidade como na Grécia porque, afinal de contas, o Partido Socialista é o campeão da Europa e da integração europeia e não uns syrizos-trotskistas quaisquer, ainda que os trotskistas estejam hoje exactamente no mesmo sítio onde estavam os partidos ditos do socialismo democrático na Europa dos anos 50/ 60 do século XX, tal foi a viragem à direita e a perda de identidade.

 

 

 

 

Se isto faz algum sentido, se não andam todos à nora...

por josé simões, em 12.07.16

 

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Um dos princípios do Estado de direito democrático é do da irretroactividade das leis, já o da punição preventiva, e por antecipação ao que o futuro nos reserva, parece ficar ao critério de quem lhe apetecer e ao sabor das circunstâncias, que até podem riscar, de uma assentada, a máxima da direita radical-liberal que é o aumento dos impostos sobre as empresas ser inimigo da captação de investimento, contrário ao desenvolvimento económico e à criação de riqueza [não interessa para o bolso de quem].


Se isto faz algum sentido, se não andam todos à nora...


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Tudo bem, portanto

por josé simões, em 12.07.16

 

Lauren Ceellis.png

 

 

Os meus amigos ingleses, por acaso e só por acaso ingleses porque filhos de portugueses casados com netos de espanhóis, uns, ingleses, outros, porque netos de italianos, italianos de barba rija, que vir de Monte Cassino em 1945, a pé por uma Europa destruída pela II Guerra Mundial, até Newcastle, mesmo lá no norte, onde nunca há verão e o frio parte os ossos, não é propriamente fazer o Interrail ou ir de low cost visitar a muralha do Adriano, esses meus amigos ingleses votam pelo Brexit, não com medo das hordas de emigrantes que iriam assolar a costa da ilha, não por simpatia pelo Farage, antes pelo contrário, não pela chulice ao Estado social bife e ao NHS, não pelos subsídios para nada fazer e as reformas para a vida, mas por causa da 'dictatorship' de União Europeia e pelos não eleitos de Bruxelas, 'before it's too late'.


Duas semanas depois do Brexit ficamos a saber que 54% dos eleitores holandeses desejam um referendo sobre a permanência do país na UE e que 48% votariam para sair, exactamente no mesmo dia em que o Ecofin confirma as sanções para Portugal e Espanha pelo fracasso na implementação das políticas definidas pela tal 'dictatorship' de Bruxelas. E já é demasiado tarde..


Tudo bem portanto.


[Imagem]

 

 

 

 

|| Orelhas de burro

por josé simões, em 05.03.13

 

 

 

Em vésperas da reunião do Ecofin, ciente das dificuldade em cumprir as metas impostas e consciente das privações impostas aos irlandeses pela política de austeridade, o ministro das Finanças irlandês marca uma posição forte e "estica a corda", de modo a conseguir melhores condições para o seu país, a extensão dos prazos para o reembolso dos empréstimos, numa negociação "à cigano", onde se começa por pedir o impossível para no final conseguir o de justiça.

 

E o que faz Vítor Gaspar, o ministro das Finanças português? Não, não se coloca ao lado do seu homólogo irlandês, numa posição concertada, na sabedoria popular de que a união faz a força. Não. Deixa o parceiro desamparado, vem dizer que é inconcebível, que se trata apenas de uma posição negocial, que Michael Noonan está a fazer bluff, dando a entender que os portugueses aguentam bem mais austeridade e miséria.

 

Um miserável. Orelhas de burro para ele.

 

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|| Eduqês vs. Economês

por josé simões, em 20.02.13

 

 

 

Uma pergunta a ser respondida pelo ministro Nuno Crato: O que é que se faz a um "bom aluno" que falha, constante e sistematicamente, todas as metas e todas provas, continua a cabular enquanto o Estado passa privações para pagar as propinas?

 

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