"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Verdade universal, do senso comum e da óptica do utilizador, quando se reduz o caudal da água as pessoas deixam a torneira aberta o dobro do tempo para compensar. Ainda para mais em edifícios públicos, "é o Estado que paga", "cambada de ladrões", "é só encher o cu". Não aprenderam nada com a redução da capacidade dos autoclismos e as pessoas a fazerem duas descargas. Nunca mais chove, essa é que é essa.
"Não ganhamos nada em criar conflitos". A menos que seja com os médicos, ou com os enfermeiros, ou com os professores, ou com os funcionários públicos, ou com os pensionistas e reformados, ou com os polícias, ou com os trabalhadores em geral, ou com os trabalhadores em particular. A maioria absoluta socialista com "o Orçamento mais à esquerda de sempre".
Podemos ver a remodelação governamental de dois prismas completamente opostos e que ainda assim se complementam:
- O da nova geração promovida a cargos de governação, ganhando currículo e experiência governativa para um futuro mais ou menos próximo;
- O do estrangulamento de que padece o PS; dos cargos directivos em circuito fechado - pais/ filhos/ maridos/ mulheres, não colocando em causa as competências das pessoas em questão, questionando antes se um qualquer outsider com as mesmas competências e capacidade consegue alguma vez atingir semelhante patamar; da imagem passada para o exterior de um partido fechado sobre si, afastando ainda mais o cidadão da política.