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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Quando a soma de 2 + 2 dá igual a 5

por josé simões, em 09.11.21

 

i.jfif

 

 

A base de recrutamento das "tropas especiais" e, sobretudo a dos Comandos, os principais fornecedores de "matéria prima" são bairros como o da Bela Vista em Setúbal, a Cova da Moura na Amadora, Chelas/ Zona J e Galinheiras em Lisboa, Quinta do Mocho em Sacavém, o do Cerco e o do Aleixo no Porto, o Vale da Amoreira na Baixa da Banheira, a Quinta da Princesa no Seixal, etc. , etc. , os designados bairros problemáticos, onde os miúdos crescem nas ruas, entregues a si próprios, na aprendizagem do direito do mais forte à liberdade e que, chegados à idade adulta, encaram o voluntariado numa tropa de elite como parte do seu percurso natural, sentido de pertença a uma família, fuga ao desemprego polidor de esquinas e trambolhões nas ruas, daí o "jornal" soma 2 mais 2 e o resultado dá igual a 5, como se de uma operação concertada se tratasse, uma coisa assim ao estilo das células soviéticas infiltradas nos Estados Unidos nos idos da Guerra Fria à espera de um sinal de Moscovo. Jornalismo de qualidade é no Jornal i. E filmes de espiões também.

 

 

 

 

||| Silly season é o ano todo

por josé simões, em 19.08.15

 

 

 

Desde Abu Qatada, o clérigo radical islâmico ideólogo de grupos e grupelhos terroristas, pregador do ódio contra o Ocidente enquanto usufruía, ele e a sua família, de todas as regalias do Estado social mas que não podia ser expulso do Reino Unido porque isso ia contra os direitos humanos, até ao direito humano ao consumo de drogas, o Reino Unido conseguiu elevar os Direitos Humanos a um novo nível, o do direito à imbecilidade.

 

 

 

 

|| The Bunny Trail

por josé simões, em 07.04.12

 

 

 

E já que estamos em época Pascal e a coisa leva automaticamente a coelhos, e dos coelhos até ao Coelho e ao desmantelamento do Estado e à destruição do tecido económico e ao desemprego e à recessão e à desestruturação social e familiar e ao aumento da miséria e das desigualdades é um pulinho, vejamos o que nos diz o Urban Dictionary sobre "O Caminho do Coelho": «you are unable to distinguish normal reality from the magical reality that has taken hold of your mind». Pois…

 

[Na imagem "Happy Easter" por Michael Sowa]

 

 

 

 

 

 

|| Entretanto nos States

por josé simões, em 08.12.11

 

 

 

“if required for the poor, we [lawmakers] need to do it, too.”

 

[Imagem “Lines of cocaine powder”, Paul Bock]

 

 

 

 

 

 

|| United Nations: Forest in Flames

por josé simões, em 15.05.11

 

 

 

  

 

|| O Circo

por josé simões, em 28.03.10

 

 

 

 

 

Começa a ser uma tradição: os putos vão asneirar para Espanha em excursão de finalistas e, no derradeiro minuto antes da passagem da fronteira, uma operação conjunta GNR / câmaras de televisão. Apreensão de uns charros, identificações, notificações e só faltou aparecer o ministro Rui Pereira a congratular-se e a felicitar as suas “tropas” por mais este sucesso na luta contra o tráfico e consumo de estupefacientes.

 

Uma palhaçada para telespectador ver. Big deal, umas quantas ganzas just for having fun! Eu se fosse pai de um finalista a asneirar em Espanha ficava muito mais preocupado com o “sucesso” desta operação do que se ela não tivesse acontecido. Quem fuma ganzas fuma sempre, e 10 dias a mil e tal quilómetros de casa, por que portas travessas vão andar para recuperar os charros apreendidos na fronteira? Mas isso já é em Espanha onde, como é sabido, não há nada disso, e a Guardia Civil que se preocupe com a guardia de los nuestros.

 

(Na imagem PC Konk by Mark Johnson)

 

 

|| A droga estava marada

por josé simões, em 01.12.09

 

 

 

A noticia de que o projecto Check-!n da Agência Piaget para o Desenvolvimento «quer evitar que quem consome droga seja enganado» e para tal criou um serviço de análise em que «basta enviar uma amostra de cinco miligramas pelo correio e esperar pela resposta» transporta-me imediatamente para o «Naquela manhã, os Portugueses…, juntos – Nobreza, Clero e Povo – saíram às ruas de Lisboa para gritar Liberdade, Liberdade! Viva El-Rei D. João IV, nosso legítimo Rei!»

 

Já o meu amigo Steed, mais pragmático, diz que é tudo uma questão de consanguinidade

 

(Imagem daqui)

 

 

 

|| Taxing Marijuana in Califórnia

por josé simões, em 17.11.09

 

 

 

(Clicar na imagem)

 

 

 

A erva estava marada!

por josé simões, em 01.11.08

 

Estou aqui a ler as edições on-line dos jornais e o puto ao pé de mim a ver o Canal Panda. De carro vai um cão com aspecto de sexagenário, cabelo com algumas entradas apanhado em rabo-de-cavalo e com uma argola na orelha – tem ar de quem gosta do Blowin’ In The Wind e de quem assistiu ao debate Nixon – Kennedy. Ao seu lado vai um coelho branco com aspecto de coelho-comum. Vão a fugir de uns ratos malvados. Às duas por três diz o cão hippie para o coelho: “Já não tinha uma má onda destas desde que fumei uma erva marada no concerto dos Mamas & Papas!”.

 

Eh pá, eu até sei o que isso é e já passei por coisas que nem vos passa pela cabeça, além de ser dj há um porradão de anos e apanhar à noite com cada um pior que o outro que por sua vez ainda é pior que o “Deus Me Acuda!”; mas desculpem que vos pergunte, acham isto normal num desenhos animados para putos mesmo putos?

 

  

Prova de vida

por josé simões, em 16.09.08

 

Encontrei o Jorge.

Desde os tempos do Liceu que não via o; há já mais de 20 anos. Ficámos ali os dois à conversa na beira do passeio.

 

Tinha medo que o mundo acabasse já amanhã e teve um filho aos 17 anos; depois a inevitável separação, umas muitas deambulações pela Europa de polegar esticado à beira da estrada e umas viagem com bilhete só de ida ao “paraíso do cavalo”.

 

Estava com mau aspecto. Ainda assim com menos mau aspecto do que tinha até há uns meses atrás; segundo ele. Tinha feito uma desintoxicação, e por um qualquer programa de apoio, está a trabalhar como coveiro num cemitério municipal.

 

«Um gajo habitua-se e vai-se vivendo um dia de cada vez»; disse-me. Nos intervalos do serviço «vou lendo o Expresso, o Público e uns livros que ficaram pendentes desde “aqueles tempos”. Vou agora n’Os Cantos de Ezra Pound e o pessoal do cemitério que só lê A Bola e o Record diz que sou esquisito. É o que custa mais…”

“Aguenta-te!”; foi o que me ocorreu, e ficámos de ir jantar um dia destes.

 

Gostei de reencontrar o Jorgedaqueles tempos”.

 

E fui para casa a pensar que enquanto for vendo o Coveiro Jorge é bom sinal. Para mim, pelo menos.

 

(Imagem de Librado Romero via The New York Times)