Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Livros e Parque Mayer

por josé simões, em 07.04.10

 

 

 

 

 

Esta é só mais uma das lamúrias que de há uns meses a esta parte inunda tudo o que é coluna de opinião desde os jornais aos blogues passando pelo Twitter. É o Parque Mayer da intelligentzia lisboeta. Quais artistas revisteiros à bolina e sem encontrar uma doca já desaparecida, desde as coristas aos fadistas e outros artistas terminados ou não em “istas” saudosos dos idos de glória e aplausos: não deixem morrer o Maria Vitória, não deixem morrer o Variedades, é um crime a destruição do Capitólio, “a Buchholz vai reabrir”. Give me a break!

 

É sina ou castigo andarmos sempre a cantar o Ó Tempo Volta Para Trás?

 

(Nunca pus os pés na livraria Buchholz, não sabia da existência duma livraria chamada Buchholz, nem para que lado ficava a livraria chamada Buchholz e nunca senti a falta de ir ver uma revista “à portuguesa” ao Parque Mayer)

 

(Imagem)

 

(Em stereo)

 

 

 

|| ‘O sol e o vento’, mais as dunas e o mar

por josé simões, em 29.07.09

 

 

 

O que fica para a história, do que as pessoas se vão lembrar, é das coisas más, nunca das boas. Não sei se é por ter sido praticamente criado ali, "à solta", do que me vou lembrar é do saque do litoral, desde Tróia até ao Cabo de Sagres. A coberto dos PIN’s, sítios onde antes, e a pretexto da defesa da natureza, do meio ambiente e da protecção do ecosistema, nem sequer uma tenda de campismo selvagem se podia erguer, estão agora ocupados por urbanizações e resorts, mais as suas piscinas, campos de ténis e campos de golfe. Lamento discordar, mas é disto que me vou lembrar: da destruição do património natural comum para benefício de uns quantos.

 

(Imagem Rue des Archives via Collection Bourgeron)

 

 

 

 

|| Coligações e medos

por josé simões, em 13.05.09

Há um medo puro e muito infantil de ver o Bloco de Esquerda ou o Partido Comunista no Governo.

 

Uma das coisas que mais me causam impressão na nossa democracia é o facto de, 35 anos depois da revolução, os partidos à esquerda do PS nunca terem feito parte dos governos, exceptuando naqueles tempos loucos iniciais de 75. Apesar de a democracia estar estabilizada, há uma estranha impressão de que mais de metade do país ainda acha que os comunistas comem criancinhas ao pequeno-almoço e que os bloquistas de esquerda nos vão roubar as pratas da família. É curioso como tanta gente, desde a direita a boa parte dos socialistas, tem pesadelos à noite só de pensar na hipótese de ver Francisco Louçã ou Jerónimo de Sousa como ministros de um governo de Portugal. Há um medo puro, limpo e básico, mas totalmente irracional, dessa situação. As pessoas agitam-se nas cadeiras, inflamam-se, como se fossem tias velhas zangadas com a criadagem. E claro, o medinho é tanto que desata logo tudo a falar no famoso Bloco Central, cujo único propósito é exactamente o de evitar esse tenebroso cenário de ver PCP ou BE nas cadeiras do poder.

 

 

|| Ground Zero

por josé simões, em 29.04.09

 

Totalmente de acordo. No entanto voltamos à “estaca zero”: por que razão(ões) num país com uma área total de 92.391 km² se escolhe para edificar um mega centro comercial uma área de paisagem protegida?

 

E com ou sem Joker, este é um esclarecimento que o Batman nunca deu.

E depois lá diz o povo, quem se põe a jeito…