"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
«Para reforço da presença das mulheres nas diversas áreas politicas e sociais do Irão, a Revolução Islâmica reservou algumas das universidades iranianas apenas para as mulheres»
Rasool Mohajer, embaixador da República Islâmica do Irão em Lisboa no Público de hoje.
(Avisam-se os leitores para a violencia de algumas imagens)
É precisamente lá, onde as mulheres e as crianças têm menos direitos que os animais, que à frente das manifestações e a gritar palavras de ordem contra o diabólico inimigo sionista, elas surgem aos milhares. Devidamente cobertas e tapadas. Podem não ter mais direito nenhum; nem sequer o de rezar a Deus ao mesmo tempo e no mesmo plano do homem, mas a cabeça das manifestações é seguramente delas. Principalmente se nas imediações estiverem os idiotas úteis de serviço à causa.
Aqueles que, assim que ocupam o poder se encarregam de recusar e de retirar às mulheres os seus mais elementares direitos e garantias; aqueles que, para quem as mulheres não são mais que um acessório necessário para a procriação; são aqueles que, organizam uma manifestação, e, sem um mínimo de pudor, colocam à cabeça do protesto as mulheres e as crianças. Que nome se dá a isto?