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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| "consoante os assuntos noticiados"

por josé simões, em 29.03.12

 

 

 

Depois de ter visto o vídeo [fanado à Shyz] da carga policial na íntegra, e não só aquela "parte bonita", que é a parte em que a polícia aparece como vítima dos anarkas-terroristas-okupas da Plataforma 15 de Outubro, e que o ministro Miguel Macedo se apressou a apresentar como a verdade a que temos direito, logo secundado de um coro de "muito bem!" e "apoiado!" e "ordem neles!" de Pê PÊ Dês e Cê Dê Ésses, em particular, e de toda a Direita trauliteira, no geral, só me ocorre uma maneira de a PSP "acompanhar e analisar as notícias produzidas pelos órgãos de comunicação social e, consoante os assuntos noticiados, encaminhá-las para os competentes órgãos […], sugerindo estratégias de combate às menos positivas" e que, aliás, nem é nova. Vigorou em Portugal durante 48 anos e com resultados muito relativos porque foi das alturas mais criativas ao nível da escrita e das artes, por ter obrigado os emissores e os receptores a usar a massa cinzenta, coisa que parece estar a cair em desuso, e a ler nas entrelinhas, e nem sequer havia internet nem o Feiçe Coiso nem o Tuita. Repetições da História é o que mais há por aí.

 

 

 

 

 

|| Noções de normalidade democrática, segundo a Polícia de Segurança Pública, sob o mandato de Sua Excelência o Senhor Ministro Miguel Macedo, ilustre militante do PSD

por josé simões, em 23.03.12

 

 

 

"[…] para a necessidade de [os jornalistas] se identificarem, colocando-se sempre do lado da barreira policial que os separa dos manifestantes em geral"

 

E os turistas nas esplanadas dos cafés todos com o passaporte na mão, erguido à altura dos olhos da polícia.

E os nativos, também nas esplanadas dos cafés, com os jornais que estejam a ler, com os telemóveis com que estejam a enviar sms, com os iPhones e os iPads com que estejam no Tuita ou no Feiçe Buque, bem erguidos à altura dos olhos da polícia.

Os outros transeuntes, em geral, levam pela mesma medida dos sindicalistas, comunistas, anarquistas e outros subversivos, terminados ou não em "istas", que é para aprenderem a não andar na rua de um lado para o outro sem nada que fazer e a empatar o serviço aos agentes infiltrados. O país está mal e precisa é de gente a trabalhar, não é de reivindicações e protestos, para isso está cá a Lusoponte e a EDP, entre outras.

 

[Imagem de David Gill]

 

 

 

 

 

 

 

|| Isto é grave. Muito grave

por josé simões, em 22.12.11

 

 

 

E ajuda a perceber como é que funciona a teia de cumplicidades e a rede de promiscuidades entre a[s] polícia[s] e a comunicação social, e explica as execuções de mandatos de busca com transmissão em directo nas televisões e as constantes fugas ao segredo de justiça em processos ainda em investigação e/ ou em julgamento, e, pasme-se, vem denunciado nas páginas do jornal campeão das primeiras páginas à custa dessa mesma promiscuidade e cumplicidade. E ninguém faz nada???

 

[Imagem]