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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Shakespeare, Cervantes, e Camões

por josé simões, em 10.06.25

 

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Shakespeare, Cervantes, e Camões, os três autores perceberam bem que em dado momento é possível que figuras enlouquecidas emergidas do campo da psicopatologia assaltem o poder e subvertam todas as regras da boa convivência. Quando ficarem em causa os fundamentos constitucionais, científicos, éticos, políticos, e os pilares de relação de inteligência homem-máquina entrarem num novo paradigma que lugar ocuparemos nós como seres humanos? O que passará a ser um humano? Consta que em pleno séc. XVII dez por cento da população portuguesa teria origem africana. Essa população não nos tinha invadido, os portugueses os tinham trazido arrastados até aqui, e nos miscigenámos . O que significa que por aqui ninguém tem sangue puro. A falácia da ascendência única não tem correspondência com a realidade, cada um de nós é uma soma, tem sangue do nativo e do migrante, do europeu e do africano, do branco e do negro, e de todas as outras cores humanas. Somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou, filhos do pirata e do que foi roubado, mistura daquele que punia até à morte e do misericordioso que lhe limpava as feridas. Um ser humano é um ser de resistência e de combate, é só preciso determinar a causa certa.

 

Em Lagos, Lídia Jorge, comissária para as comemorações do Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas, num dos mais brilhantes discursos proferidos desde que o Dia da Raça morreu, explica também porque é que a cultura, a educação, o conhecimento, são os primeiros alvos dos fascistas quando tomam o poder. E nem é preciso recuar até à imagem que ilustra o post, vamos só até ali à América, e às universidades e museus sob ataque da administração Trump.

 

 

 

 

||| Idiota útil, isso sim

por josé simões, em 12.06.14

 

 

 

Por falar em "pulhas", ainda sou do tempo dos briosos deputados PSD, na rotunda do Marquês a aplaudir e cumprimentar Mário Nogueira, o líder responsável, na descida da Avenida com um ror de profs e afins atrás de si. Mas, como entre os presentes, não consta ter havido alguma "reacção vagal", já [quase] ninguém se lembra disso.

 

Verdadeiramente surpreendente, neste Dia da Raça do Ano da Graça de 2014, é o comissário Nogueira não ter estado entre os comendados e medalhados, pelo camarada conivente do Governo na cadeira presidencial, por altos serviços prestados à causa da destruição da escola pública.

 

Idiota útil, isso sim. Ainda por cima, maltratado por aqueles a quem serviu. Como professor devia conhecer o significado da expressão "Roma não paga a traidores".

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| O estado da Nação

por josé simões, em 10.06.14

 

 

 

Sem Governo, sem oposição, sem Presidente da República que, socorrido pelos militares [fundadores da democracia e último garante da soberania] e sem ter de passar pelo calvário do encerramento das urgências hospitalares e dos serviços médicos no interior do país, condecora a título póstumo o ideólogo do 'vale tudo' do regime. Fim de ciclo, saudades do futuro.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

||| 10 de Junho, Dia da Raça

por josé simões, em 10.06.14