(You Gotta) Fight for Your Right (To Party!)
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Vamos todos fazer de conta que ninguém percebe a diferença entre instalar uma app no telemóvel por livre e espontânea iniciativa e instalar uma app no telemóvel por decreto governamental.
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A democracia, como impedimento para a prosperidade da "condição humana", não é um objectivo.
Mike Lee, senador eleito pelo Partido Republicano.
Quando o tempo devia ser de unidade e resposta de todos os democratas ao racismo e aos novos fascistas, aparecem os donos da democracia, mestres do whataboutism, em português "entãosismo", copyright ao Rui Tavares, liberais e outros piadistas, copycats do The Peoples Cube que fazia as delícias do Tea Party que pariu Donald Trump e que no auge dos blogues teve cultores entre a direita radical que, pela mão do pantomineiro do pin, também conhecido por Passos Coelho, o que desconfinou os fascistas, havia de povoar ministérios e direcções-gerais como "técnicos" e "especialistas", com o "então e os Antifa?", "então e os mortos das FP 25?", "então e as Brigadas Revolucionárias?", "então e os SUV [Soldados Unidos Vencerão]?", "então e o Camilo?", "então e?.." como forma de desvalorizar as acções daqueles que dizem em público e em voz alta o que eles só se atrevem a pensar em privado.
Voltando ao início do post, quando o tempo devia ser de unidade e resposta de todos os democratas ao racismo e aos novos fascistas. De todos os democratas, e a ponto é este.
[Imagem "Racismo. PSP apresenta queixa-crime contra o jornal "Público" por causa de cartoon"]
"António Costa defendeu hoje, depois de se encontrar com Viktor Orbán, que a questão do Estado de Direito na Hungria, embora "central" para Portugal, não deve ser relacionada com as negociações sobre o plano de recuperação."
Costa defende na Hungria que Estado de Direito não deve ser associado à recuperação
Titulo do post "António Costa por ele próprio"
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Hong Kong makes first security law arrests as thousands defy protest ban
Sign O' The Times, Capítulo XLIV
"O Coração das Trevas" ou os verdadeiros democratas do Partido Popular Europeu.
[Via]
"O CDS não aceita lições de democracia", by Telmo Correia, o deputado vitalício do CDS no Parlamento. Desde que nos lembramos que vemos o CDS a querer dar lições de democracia aos outros, nomeadamente aos que lutaram pela democracia enquanto o CDS desfrutava da "situação", contra o "reviralho", no Estado Novo.
"D. Manuel Clemente, cardeal patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, vai estar presente na sessão solene que assinala os 46 anos da Revolução de 25 de Abril". E assim João Almeida pelo CDS, o CDS inteiro em João Almeida, e a direita manhosa, ressabiada com a democracia, passaram sozinhos a Páscoa em casa.
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Há meio ano que milhares de pessoas enchem diariamente as ruas de Hong Kong em protestos pela liberdade de expressão, liberdade de associação, por eleições livres e democráticas, por mais democracia, contra a bota cardada da ditadura chinesa que junta o pior de dois mundos: do comunismo e do neoliberalismo, enquanto por cá para o explicar uns alinhavam uma teoria da conspiração que transforma os cidadãos da antiga colónia inglesa em peões acéfalos na guerra comercial entre Trump e a China, e outros olham para o mau desempenho económico resultante dos protestos e das manifestações. Do que é que nos queixamos concretamente?
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[The Revolution Will Not Be Televised, Capítulo I]
Apesar do Artigo 46.º - (Liberdade de associação), n-º 4 da Constituição da República Portuguesa: "Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista."; apesar dos presentes e participantes serem declaradamente nazi-fascistas, e nem se preocuparem sequer em o esconder; apesar do organizador da reunião ser o único português condenado em tribunal a cumprir prisão efectiva por crime de ódio em quarenta e cinco anos de democracia; apesar de todos estes apesares António Barreto consegue ver uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão daqueles cujo fim primeiro e acabar com a democracia e a liberdade de expressão porque o PS está a perder a veia liberal e tolerante acossado pelos parceiros 'geringonços' radicais, Bloco e PCP .
Independentemente do Jerónimo de Sousa que em Dezembro de 2016 no discurso de arranque do XX Congresso do PCP em Almada afirmava que a União Europeia não é uma democracia ["não se tratar de "maquilhar, refundar ou democratizar" a União Europeia", "a experiência recente demonstra que a UE constitui uma matriz política e ideológica, impossível de ser democratizada, humanizada ou refundada"] ser o mesmo Jerónimo de Sousa que em Março de 2019 a propósito da Coreia do Norte responde à pergunta com a pergunta "O que é a democracia? Primeiro tínhamos de discutir o que é a democracia" para fugir à questão, na chico-espertice da memória curta das pessoas, esquecidas do conceito de democracia definido apenas três anos antes em Almada, o que há aqui a registar é "[...] o nosso projecto de sociedade, [...] tendo em conta a nossa cultura, tendo em conta a nossa história, tendo em conta o nosso povo", os mesmíssimos mui nobres princípios da cultura, da história, do povo, da tradição [Diário de Notícias e Jornal de Notícias em 1953], que levava Salazar a martelar resultados eleitorais, a instituir a censura, a polícia política e a tortura, o chefe de família, quando um burro fala o outro baixa as orelhas, cada macaco no seu galho, o respeitinho é muito bonito, manda quem pode obedece quem deve. E tudo isto da boca de um secretário-geral de um partido que reclama o estatuto de dono do combate ao fascismo e à ditadura é absolutamente maravilhoso. Ou nem por isso.
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[Aqui]
A direita da boca cheia de democracia representativa e liberal, depois de mais de 40 anos de democracia, com eleições diversas e maiorias várias em alternância no Parlamento, recusa-se a aprender ainda não aprendeu um dos princípios base essenciais a todas as democracias representativas e liberais: o princípio da maioria. Maiorias boas e válidas são maiorias de direita, tudo o resto são arremedos de democracia a resvalar para o totalitarismo, o totalitarismo latente na argumentação usada - os bons contra os maus, que tem contra si o passado recente a a memória fresca da última maioria, da direita da boca cheia de democracia representativa e liberal [desculpem a repetição do termo "democracia", foi intencional]. O Vasco Campilho já regressava à militância activa com uma manif.
Luís Montenegro: "Estamos a voltar aos tempos da claustrofobia democrática"