Viva a Liberdade!
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Os recentes casos a envolverem autarcas, ex-autarcas, secretários de Estado, ministros, políticos e empresários avulso, são a resposta, com um desenho, às duas perguntas que todos nós já colocámos uma vez na vida:
- Como é que aquele borra-botas, que não tem onde cair morto, todos os anos troca de topo de gama, vai passar férias ao fim do mundo, e janta em restaurantes que servem miniaturas ao preço do salário mínimo nacional?
- Como é que é possível tamanho atentado urbanístico e ambiental em zona histórica, em zona de reserva ecológica; quem é que autorizou a construção de semelhantes cagalhões arquitectónicos?
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A vergonha e o pudor, daqueles que ainda o têm, pela previsível reacção da generalidade das pessoas que se pautam pela boa educação e formação, que não lhes permite assumir que, sim senhor, o ataque à casa da democracia em Brasília, pela horda de alucinados telecomandada à distância via WhatsApp e Telegram, foi uma coisa bonita de se ver, e que têm razão de sobra por se terem mal comportado daquela maneira, leva-os a equivaler quem luta por mais democracia e direitos com os outros, os que querem acabar com a democracia e classificam os direitos humanos como "esterco da vagabundagem". Esta manobra já tinha sido ensaiada por Trump, presidente, na defesa dos gangues Proud Boys e fanáticos MAGA nos confrontos com o movimento Black Lives Matter e nos ataques às comunidades LGBT, e pelos minions de Bolsonaro, "ah e tal, as pessoas têm razões para o descontentamento". As redes estão pejadas destes sonsos, mais militantes ou apoiantes do Iniciativa Liberal que do partido da taberna, e vão todos beber a doutrina nas páginas do diário da direita radical, o online Observador. Curiosamente alguns actuais colunistas das falsas equivalências, do "é tudo farinha do mesmo saco, estiveram nas elegias, brochuras e demais literatura pulp, com a capa de ensaio político e sociológico, sobre o fabuloso destino de Trump na América dominada pela esquerda woke e da ideologia de género.
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"o que se impunha era o aperfeiçoamento do socialismo". Acabar com a polícia política, libertar os presos políticos e de delito de opinião; legalizar os sindicatos e instituir o direito à greve e à manifestação; autorizar o direito de associação; instituir o multipartidarismo e promover uma democracia parlamentar constitucional; autorizar a livre circulação de pessoas e bens entre repúblicas e para o estrangeiro. Não se sabe, nunca esclarecem, fazem lembrar a direita quando vem com a lengalenga das reformas necessárias.
[Link na imagem "Magnetic Dress Up Lenin"]
Não é nenhum burro e muito menos um matacão, é licenciado em Direito, com 19 valores, e doutorado em Direito Público, sabe antecipadamente que os projectos que insiste em submeter a discussão serão vetados por manifesta inconstitucionalidade, mas insiste e insiste e insiste e voltará a insistir. O paladino da verdade e da justiça, interprete do sentir do povo, contra a corrupção e a imoralidade. Intruja e charlatão que é joga com a genuína indignação da iliteracia jurídica dos pobres de espírito, aqueles que acreditam piamente naquilo que apregoa. É um jogo jogado em duas frentes, a sua, a do conteúdo para atingir a forma, a dos aios e escudeiros, apenas meia dúzia de degraus acima da turba na capacidade de raciocínio e interpretação, mascarados de intelectualidade no chorrilho de salamaleques de escrita, no ataque à forma para destruírem o conteúdo.
[Imagem de autor desconhecido]
A ex-República Socialista Soviética do Cazaquistão [link na imagem] decidiu, por referendo, a reforma da Constituição. Retirar poder ao chefe de Estado, perda do cargo honorário de "pai da nação" pelo antigo presidente, pôr fim à era "super-presidencial" do ex-Presidente Nursultan Nazarbaiev e dos seus apoiantes políticos, no poder há mais de 30 anos, abrir caminho para a democratização, permitir a cada cidadão participar directamente nas decisões e no futuro do país, limitar a autoridade do Presidente, fortalecer a defesa dos direitos humanos, restabelecer o Tribunal Constitucional e abrir caminho para a abolição da pena de morte. Uma democracia de tipo ocidental, resumidamente.
Nas cenas dos próximos capítulos, o fascismo russo, por Vladimir Putin, vai fomentar uma república separatista qualquer, inventar um pretexto para intervir militarmente no país, e o partido político que em Portugal veste a roupa de defesa da constituição, da democracia representativa, e da recusa do culto da personalidade, vai afiançar que as violentas manifestações no Cazaquistão, que levaram à realização do referendo, foram orquestradas pelos 'amaricanos' e pela CIA, e que tudo isto se enquadra na "intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia" e que é preciso respeitar a carta da ONU e a Acta Final de Helsínquia, aquela que consigna o direito dos estados escolherem as alianças que querem ou não integrar e o direito dos povos à auto-determinação e independência. Sonsice.
Orbán, o homem de mão de Putin dentro da União Europeia, crescido e engordado pelo Partido Popular Europeu, da direita dona da democracia. Anos a fio com o comunismo, Cuba e a Venezuela, o esquerdismo e o 25 de Novembro, o totalitarismo comunista, rebéubéu pardais ao ninho, enquanto engordavam Orbán. Agora estamos reféns do Putin, pelas posições do camarada húngaro, e os donos da democracia nem um pio.
Anos a fio com a independência da magistratura, a separação dos poderes, o primado do direito e o respeito pelos direitos humanos, enquanto na Hungria, mesmo debaixo dos doutos e democráticos narizes, Orbán limpava o rabo a isso tudo e ainda à independência da comunicação social, para agora se ensaiar dentro de portas uma "via GOP" na tomada por dentro do Constitucional, com a indicação, pelos pares da direita dona da democracia, de um fanático que defende a punição do mensageiro - a comunicação social, no caso de fugas ao segredo de justiça, e cita como fonte científica experiências levadas a cabo pelos nazis em campos de concentração, tudo isto explicável e desculpável ao abrigo do princípio da "liberdade de expressão".
A direita, dona da democracia, tem um problema com a democracia.
Um ex-deputado do partido que celebra Cuba, lamenta o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim, não sabe se a dinastia norte-coreana é ou não uma democracia, e que no projecto de teses ao XVIII congresso escreve preto no branco "importante realidade do quadro internacional, nomeadamente pelo seu papel de resistência à 'nova ordem' imperialista, são os países que definem como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista - Cuba, China, Vietname, Laos e R.D.P. da Coreia". Viva então a República, 'camarada' António Filipe.
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A contar de agora são 5 os anos que faltam para aparecer um candidato democrata capaz de impedir a vitória da extrema-direita não próximas eleições presidenciais. Cinco anos.
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Um partido pejado de genuínos e convictos anti-democratas invoca a democracia para pressionar e condicionar o voto democrático de deputados eleitos em eleições livres e democráticas, as mesmas que permitem a eleição de genuínos e convictos anti-democratas cujo fim último é acabar com a democracia.
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Fifty Republican senators (and a couple of centrist Democrats) have been able to thwart most of Biden's legislative agenda, even though Democratic senators represent 41 million more Americans. The Supreme Court can block many of his executive actions, even though a majority of those justices were appointed by Republican presidents who came to office after losing the popular vote and were confirmed by senators representing a minority of the population.⠀
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And more than 50 million Americans live in states like Wisconsin, where Republicans control the legislature despite getting fewer votes and will pass another round of gerrymandered maps and new restrictions on voting to entrench minority rule for the next decade.⠀
This isn’t about which party wins elections, but whether democracy itself survives
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Francisco Mota, conselheiro nacional do CDS, ex líder da Juventude Popular, candidato a vereador na Câmara de Braga por abaixo-assinado, no Facebook apela a um golpe de Estado que ponha fim ao regime democrático.