||| Entretanto em Bilbau, Espanha
[Crisis]
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«Número de milionários em Portugal cresceu apesar da crise»
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«Dois terços da ajuda anticrise foram parar ao sector bancário», que por sua vez empresta a juros que todos sabemos, saídos fresquinhos da silva da crise que provocaram, com a cumplicidade das agências de rating que não a quiseram souberam prever, e que agora baixam a notação dos países por risco de incumprimento e por ausência de crescimento.
Lembram-se daquele comercial a uma marca de gelados nos anos 70 do século passado? “Olá, Olá. E a vida sorri”
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Está na moda, crise oblige, livros e publicações em jornais em como poupar dinheiro. Não sei é se o povo liga a ponta de um corno a isso; como soi dizer-se.
O Público não foge à regra e hoje no caderno Economia a jornalista Raquel Almeida Correia diz-nos como safar uns euros no final do mês. Consegue poupar 154.69 € em idas ao restaurante, 94.95 € em combustível e portagens, 24.50 € em cinema teatro e Póquer (!), mais 20 € em jornais e revista, e até passa a roupa a ferro em casa e lava ela própria o carro para poupar outro tanto. Chega ao fim do mês e arrecada 256.98 €.
Não sei em que país a excelsa jornalista vive, mas em Portugal não é de certeza. Há muito que por aqui o povo não mete os talheres no restaurante, e vai a pé ou de transporte público para o trabalho, para já não falar nas idas ao teatro e ao cinema e nas poupanças com as leituras, mas isso já tinha começado antes, muito antes, e a crise não é para aqui chamada; é genético. Póquer então… vá lá um Totoloto ou um Euromilhões em tarifa mínima.
Antes de se dar aos trabalhos de andar um mês inteirinho a privações para mostrar trabalho a José Manuel Fernandes, teria sido mais útil começar por saber qual o salário médio de um português. É que só poupa 256.98 € no final do mês… quem os tem para poupar.
(Imagem de Bettina Rheims)
«Escudo teria protegido melhor Portugal contra a crise»
«Já agora, porque não um novo Salazar?»
«O Reino Unido escapou devido à Libra esterlina. Para não falar da Islândia ...»
(Via Twitter)
Um dos indicadores para medir o pulso à economia é o mercado bolsista. Este último ano foi para esquecer, e o ano em curso – aposto – vai ser para não lembrar.
Meia dúzia de recuperações logo seguidas de quedas ainda mais acentuadas, e uma euforiazita depois da tomada de posse de Obama.
Não se pode aplicar às bolsas o remédio que o Governo português aplicou aos tribunais após os sucessivos roubos às caixas Multibanco?
Roubam as caixas Multibanco nos tribunais? Retiram-se as caixas Multibanco dos tribunais. As Bolsas não recuperam? Suspendam-se as bolsas até a crise passar.
Provérbio do dia: “Quem não vê é como quem não sabe”
(Foto de Nino di Paolo)
«No domingo, no noticiário das 13.00 da RTP1, surgiu no ecrã, por mais de uma vez, a palavra "crise" sobre uma grande seta voltada para baixo, em tons entre o amarelo e o laranja, que, por na forma e na cor sugerir o símbolo do PSD, só aponta para uma tentativa de manipulação subliminal (e intencional) dos espectadores. É mais um escândalo do nosso serviço público de televisão!»
Vasco Graça Moura no Diário de Notícias
(Foto de Luis Acosta/ AFP via Getty Images)
O patuá de que vivemos acima das nossas posses e de «que não podemos continuar a viver de uma riqueza que não existe», invariavelmente é debitado por aqueles que ganham muitos dígitos acima do salário médio, chegam depois das 10 quando o mundo inteiro já vai em velocidade de ponta; deslocam-se em topo de gama quando o mundo inteiro anda de transporte público, e passam férias no fim do mundo ou até debaixo de água quando o mundo inteiro vai ao fim-de-semana até à praia mais próxima, e aparecem em tudo que é revista e televisão enquanto o resto do mundo só lê o jornal.
Soa sempre a alergia e a saudosismo dos tempos em que a "riqueza" existia só para alguns. Estávamos aqui tão bem até chegarem “estes”. Plebeus!
E que tal começar por dar o exemplo?
(Na foto Fashion Boots 1970 via Times)