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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| O Estado de direito na douta interpretação de Pedro Passos Coelho, de cognome O Inconstitucional

por josé simões, em 30.10.14

 

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Apesar do Tribunal Constitucional impor a devolução integral dos cortes salariais da função pública em 2016, Pedro Passos Coelho caso ganhe as eleições volta a propor uma devolução de 20%.


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||| Há aqui qualquer coisa que não está bem

por josé simões, em 08.07.14

 

 

 

Na véspera a gente ouve e vê o vice-trampolineiro Paulo Portas nas televisões, com ar sério e sem aquele característico sorriso cínico de superioridade iluminada, jurar por Deus e pelas alminhas que os salários dos funcionários públicos vão começar a ser repostos, já em 2015 e ao ritmo de 20% ao ano e, no dia seguinte, a maioria PSD/ CDS-PP, que suporta o vice-trampolineiro e o seu partner, senhor Coelho, primeiro-ministro no Governo, aprova a reintrodução dos cortes salariais.

 

Nada de mais, deve ser o famoso "we' ve got to get in to get out" que o Peter Gabriel cantava nos idos dos Genesis. E nada de mais também não fora as reposições serem atiradas [acredite quem quiser], para o próximo executivo, seja ele qual for, por parte de quem está sempre com a boca cheia do "a herança que deixamos às gerações futuras".

 

O que aqui não está bem não é o facto de dizerem uma coisa hoje e fazerem precisamente o seu contrário, logo no dia seguinte e sem sequer um intervalinho para assentar a poeira do esquecimento, porque isso não é defeito é feitio, é a natureza deles. O que não está aqui bem é, depois de tudo isto, e isto é só mais uma para a colecção, continuar a haver quem se disponha no dia das eleições a fazer a cruzinha no boletim de voto nos quadrados ao lado dos símbolos do PSD e do CDS. Isto é um case study.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Circo, ignorância e má-fé

por josé simões, em 12.06.14

 

 

 

O Governo convoca os sindicatos para dia 20 Junho para discutir a reposição dos cortes salariais de 3,5% a 10% nos salários acima de 1500 euros e que o Governo aprovou no dia 12 de Junho, oito dias antes.

 

Os cortes salariais que o Governo aprovou e que vai propor aos sindicatos ficam dependentes da aprovação no Parlamento, onde o Governo tem uma maioria absoluta que o suporta, acéfala e em modo correia de transmissão e câmara de eco da acção governativa, que se demitiu das suas funções de fiscalização.

 

Depois destas etapas do "processo democrático", os cortes decididos pelo Governo, propostos aos sindicatos e aprovados pela maioria no Parlamento, ainda têm de passar pelo crivo do camarada conivente do Governo, o Presidente da República.

 

O mesmo Presidente da República que, baseado em "profundos e estudados pareceres técnicos", não pediu ao Tribunal Constitucional, nem a fiscalização preventiva nem a fiscalização sucessiva do Orçamento do Estado com os cortes salariais, posteriormente chumbados pelo Tribunal Constitucional, a pedido dos partidos da oposição e que, vá-se lá saber por que cargas de água, a vai pedir agora.

 

No final deste circo de total nonsense que é uma notícia que parece feita de encomenda pelo Governo para transmitir a ideia de que o processo é muito complexo e cheio de perigos e escolhos, ficamos com a dúvida se o jornalista é ignorante, se está de má-fé, se é mais um actor circense, não necessariamente por esta ordem, cada uma por si ou todas em conjunto.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

||| Num país normal

por josé simões, em 30.05.14

 

 

 

E numa democracia adulta, um governo que viola sistematicamente a Constituição e que em três anos tem três orçamentos do Estado declarados inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional, o célebre "checks and balances" que é bué da bom n' América mas que aqui nem por isso, seria objecto de uma reflexão política. Num país normal, não num país de um Governo, uma maioria e um Presidente do Governo e da maioria.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Nivelar por baixo e desculpas mal-amanhadas

por josé simões, em 15.10.11

 

 

 

«estes trabalhadores ganham, em média, mais 10 a15 por cento que os do privado», o que sendo verdade não deixa de ser esclarecedor sobre os reais objectivos deste Governo, o de nivelar por baixo a massa salarial.

 

«cortar nos salários do privado não resolveria o problema orçamental do país, já que não é o Estado que paga estes salários» o que sendo verdade não deixa de ser uma grande mentira. Primeiro porque cortar nos salários do sector privado é cortar na receita e agravar ainda mais a recessão. À proporção, é o que mais cedo ou mais tarde vai acontecer com a economia alemã, vítima da recessão das economias da zona euro. Segundo porque enquanto for na Função Pública e no sector empresarial do Estado está o PCP e mais 500 mil nas ruas, se atacar a eito no sector privado arrisca 9 milhões, PPD’s incluídos.

 

A propósito, o aumento do horário de trabalho em meia hora, todos os dias durante 2 anos, no sector privado, só vem legitimar em meia hora o que na realidade já acontece nos serviços, nos bancos, nos hipermercados, nas fábricas, etc., onde os trabalhadores, todos os dias do ano, dão uma e mais horas ao patrão, às vezes um dia da folga, interrupções de férias, a troco da manutenção do posto de trabalho, uma coacção pressão inexistente no Estado do emprego para toda a vida.

 

[Imagem de Angelo Musco]

 

 

 

 

 

 

|| O Alberto João (bom) do PS

por josé simões, em 04.12.10

 

 

 

 

 

Desde mini férias no Canadá a expensas do contribuinte, passando por sites da “mina de ouro”, até bolsas de estudo por encomenda, nada disto é  surpreendente ou sequer extraordinário. A notícia é a excepção, nunca a regra.

Agora, 7 mil funcionários públicos para 244 mil habitantes?!

 

(Na imagem Jean-Bédel Bokassa e esposa)

 

 

 

 

 

|| Conversa da treta

por josé simões, em 06.08.10

 

 

 

 

 

Ou nem todos ganham 15% acima do que deviam ou só ganhamos 5% acima do que devíamos ou como diz o povo “o exemplo vem de cima” e este é um exemplo do que aí poderá vir: apesar da medida não ter sido tomada a pensar nos funcionários em questão, o chefe decidiu que não fazia sentido que não fosse e aplicou-a arbitrariamente a toda a gente. Olha, queixem-se ao sindicato.