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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A construção da percepção de corrupção, na óptica do utilizador

por josé simões, em 24.03.25

 

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O sucesso eleitoral do partido da taberna deveu-se ao taberneiro ter trazido para a agenda um tema que ninguém se atrevia a mencionar no debate público e político: a corrupção.

 

Trazido o tema para o debate público e político rapidamente começou a ser fazer o jogo do taberneiro e andar a toque de caixa da agenda do partido da taberna falar em corrupção.

 

Um arguido por corrupção ganha as eleições numa região autónoma, a roçar a maioria absoluta e castigando eleitoralmente o partido da taberna, porque as pessoas já estão fartas de ouvir falar em corrupção e não querem saber disso para nada.

 

Cheetos são mais gulosos que pipocas.

 

 

[Imagem de autor desonhecido]

 

 

 

 

Vou ali comprar o Correio da Manha

por josé simões, em 12.02.25

 

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Parece que Portugal teve o pior resultado de sempre no "Índice de Percepção da Corrupção". Diz que demos um tambolhão e ficámos ao pé do Botswana e do Ruanda, sítios onde os portugueses, que não são racistas, percepcionam as pessoas com uma saia de folha de palmeira e um osso no cabelo a servir de travessão.

O Correio da Manha fez mais um editorial, e meteu McDonald's em Valongo, "Influencer", Estado, "Tutti Frutti", oh rootie, a wop bop a loo bop a lop bom bom, que é como quem diz  essas coisas dos políticos, já cantava o Little Richard.

Mais uma oportunidade para Marcelo fala-baratar, com ar grave, que está preocupado, que é preciso cuidado, que há muito anda a avisar, e outras banalidades para a ocasião. Que alinha com o Governo na valorização das percepções, disse a imprensa da especialidade.

Depois vai-se ver e o famigerado "Índice de Percepção da Corrupção" não é elaborado em função de entrevistas, de sondagens, de relatórios oficiais, de casos transitados em julgado, não. O "Índice de Percepção da Corrupção" é elaborado por quatro ilustres especialistas, dois pela Transparência e Integridade e dois independentes. Gajos que percepcionam coisas. Doutores percepcionadores.

Também disse Marcelo, no exercício de fala-baratar, que é preciso ter atenção ao que vai na cabeça dos portugueses. Pela parte que toca vou ali comprar o Correio da Manha, sem til.

 

[Na imagem print screen da página 24 da edição do Correio da Manha de 12 de Fevereiro de 2025]

 

 

 

 

O melhor Governo da História de Portugal, desde que Afonso III conquistou o Algarve aos mouros

por josé simões, em 03.09.24

 

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Como reza a lenda, laboriosamente construída nos espaços de comentariado nos jornais, nas rádios e nas televisões, o Governo patriótico que teve a hercúlea tarefa de tirar o país da banca-rota e de restaurar a credibilidade de Portugal no mundo e aos olhos dos mercados, antes do primeiro-ministro, Passos Coelho, saber que um dia ia ser sonhado para Presidente da República, antes da ministra das Finanças, Maria Luís, ser entronizada comissária europeia pela sua mui grande experiência e sentido de responsabilidade, antes do secretário de Estado, Pinto Luz, saber que mais à frente iria ser o ministro com a pasta nas unhas outra vez.

 

TAP foi comprada com o seu próprio dinheiro: relatório revela suspeitas de crime na privatização

 

Andou o Ministério Público quatro anos a pescar à linha na linha de telefone do João Galamba, andou um parágrafo manhoso a ser martelado entre uma ida e uma volta da Procuradora ao palácio do Marcelo, foi um presidente de câmara detido por ter pedido a uma empresa privada apoios para o futebol juvenil da cidade.

Ninguém se demite, continuam a andar por aí fresquinhos que nem alfaces, a pátria foi salva do socialismo, o Galamba fuma ganzas, soube-se pelo Correio da Manha, sem til, que teve acesso às escutas em primeira mão, o Pinto Luz não é motivo de ira entre os M&M's laranja - Marcelo e Monetenegro.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Prioridades

por josé simões, em 03.04.24

 

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Definidas as prioridades no primeiro Conselho de Ministros, do Governo que quer endireitar Portugal depois de décadas de "regime socialista", e que ia começar a trabalhar logo no primeiro dia:

 

. 1 - Regressa o discurso matarruano da Pátria e da bandeira, de quem ainda vive no tempo de António Ferro e não percebe, nem quer perceber, coisas simples como modernidade, associada à legibilidade e padronização, sem desvirtuar.

. 2 - Vacuidades

. 3 - Introdução na agenda de um tema bandeira da extrema-direita populista, facilmente resolvido com dotação e reforço de meios - humanos e técnicos, das entidades competentes.

 

O princípio do fim do regime socialista está a ser uma coisa digna de ver.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 09.12.23

 

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Marcelo pede “consciência crítica” de elites políticas e económicas sobre efeitos da corrupção
O Presidente da República defendeu hoje a necessidade de "elevar a consciência crítica junto das elites políticas e económicas" para inverter "uma nefasta percepção pública" que os efeitos da corrupção têm em "certos sectores de actividade em Portugal"

 

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O que eles não percebem

por josé simões, em 20.01.23

 

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No meio da enxurrada de notícias plantadas, com o nome de "investigação jornalística", sobre casos, esquemas, matrafisgas, de corrupção, suborno, más práticas governativas, ausência de espinha dorsal, a envolverem autarcas, ministros, secretários de Estado, ex ou actuais, do PS, com o imediato contra-ataque de mais notícias plantadas, com o nome de "investigação jornalística", sobre casos, esquemas, matrafisgas, de corrupção, suborno, más práticas governativas, ausência de espinha dorsal, a envolverem autarcas, ministros, secretários de Estado, ex ou actuais, do PSD, o que eles não percebem é que o que menos importa ao povo é quem é que gamou, quem é que se abotoou, quem é que governou a vidinha, quem é que, na vox pop, "encheu o cu", se mais ou menos que o outro, o "não fomos só nós, eles ainda fizeram pior", que o que importa é que colonizaram o Estado e a coisa pública com familiares, amigos, camaradas de partido, se "encheram", falharam como governantes, traíram o povo, insultaram os compatriotas, desrespeitaram a democracia. E genuinamente não percebem, como o provam a enxurrada de notícias plantadas, casos desenterrados, a não assumpção da culpa, a fuga para a frente.

 

[Imagem de autor desconhecido] 

 

 

 

 

O estado disto tudo

por josé simões, em 19.01.23

 

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Os recentes casos a envolverem autarcas, ex-autarcas, secretários de Estado, ministros, políticos e empresários avulso, são a resposta, com um desenho, às duas perguntas que todos nós já colocámos uma vez na vida:

 

- Como é que aquele borra-botas, que não tem onde cair morto, todos os anos troca de topo de gama, vai passar férias ao fim do mundo, e janta em restaurantes que servem miniaturas ao preço do salário mínimo nacional?

 

- Como é que é possível tamanho atentado urbanístico e ambiental em zona histórica, em zona de reserva ecológica; quem é que autorizou a construção de semelhantes cagalhões arquitectónicos?

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

"O afastamento das pessoas mais qualificadas"

por josé simões, em 13.01.23

 

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Esse mecanismo deve ser equilibrado para não agravar um problema que o país tem já hoje, que é o recrutamento de pessoas qualificadas para a administração pública. Não só o governo, mas também para as empresas públicas e administração pública. Não devemos afastar as pessoas mais qualificadas, não devemos agravar este problema que já temos.

 

Em que medida é que o escrutínio e a transparência contribui para afastar os mais qualificados do governo, das empresas públicas, da administração pública, do que quer que seja? Maior qualificação é sinónimo de maior apetência para a vigarice e a trafulhice? E se o é devemos olhar para o lado, fingir que não vimos, desculpar qualquer coisinha, para que assim os mais qualificados aceitem vestir a camisola do governo, das empresas públicas, da administração pública, do que quer que seja? O senhor Silva espalhou-se ao comprido, reset e nova entrevista.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

À política o que é da política e ao dinheiro o que é da política

por josé simões, em 12.01.23

 

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O cidadão anónimo que se veja metido numa alhada que implique ficar atrás das grades uns meses, uns anos, vê a vida levar uma volta e é o descalabro total para alguém que tem a dita organizada em função do salário, fruto do seu trabalho, no caso de um casal com filhos ainda é pior, por toda a organização familiar girar em torno do bolo comum. Depois temos políticos - autarcas, secretários de Estado, ministros, ex ou no activo, gestores, pantomineiros genericamente denominados "empresários", uma conquista do 25 de Abril, até essa data os trafulhas e vigaristas da cidade respondiam por "industriais" e os do campo por "agrários", vão de cana, obviamente inocentes, nunca se abotoaram com um tostão, aparecem de imediato atrás dos advogados mais caros da praça, e a vida, a sua, da mulher e dos filhos, continua lá em cima como se nada se passasse, além do mau nome na praça pública. Portanto à justiça o que é da justiça, à política o que é da política, ao dinheiro o que é da política.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Falta de exigência democrática

por josé simões, em 15.11.22

 

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Ao contrário do que possa parecer, os Migueis Alves desta vida não foram nomeados ou tomaram o poder por "golpe de Estado", porque o que depois mais se ouve é "eu não votei nele". E mesmo quando cumprem penas de prisão, atrás das grades, não domiciliária, e voltam todos lampeiros e fresquinhos e voltam a ser eleitos e volta a conversa do "eu não votei neles". E o papão do "aproveita o populismo" fascista não funciona, nem o fascismo populistas se aproveita. Nas últimas autárquicas o Chaga em Oeiras foi remetido para uns míseros 3,71% dos votos, e a mesma agremiação, no mesmo concelho, nas legislativas ficou-se pelos 5,75%. É a falta de cultura da exigência democrática, para os Migueis Alves desta vida e para os dígitos do partido unipessoal chegano.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

É o que se vê na televisão

por josé simões, em 30.10.22

 

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A verdade é que todo o badameco, mais anónimo, menos anónimo, preso e acusado de corrupção, e que alega ter vivido toda a sua vidinha com os frutos do seu honesto trabalho, tem dinheiro para contratar o advogado mais caro do país logo no minuto seguinte. É o que se vê na televisão.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Todo o poder aos pantomineiros!

por josé simões, em 22.08.21

 

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«Em comunicado, a PJ explica que, "aproveitando a proximidade das eleições autárquicas, assim como o previsível lançamento de programas para a recuperação económica, o suspeito terá estabelecido contactos ao nível empresarial, autointitulando-se titular de cargo político com capacidade de decisão em matéria de contratação pública".»

 

Fingiu ser político e arrecadou centenas de milhares de euros. Agora, foi detido por suspeita de burla qualificada

 

Podemos ver isto de duas maneiras: a primeira, e a mais óbvia, a da promiscuidade entre o poder político e o tecido empresarial; a segunda, não menos grave que a primeira, antes pelo contrário, a da classe empresarial que, na lamuria programática do "colaborador" improdutivo e da rigidez das leis do trabalho, passa a vida encostada ao Estado que abomina.

 

Antes do 25 de Abril de 1974 havia duas classes de pantomineiros: os ligados à agricultura, denominados "agrários", os com ramo de actividade na indústria, conhecidos por "industriais", a revolução democratizou o léxico e renomeou todos em "empresários".

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Racistas há muitos, seu palerma

por josé simões, em 20.01.20

 

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De manhã tivemos a doutora Joacine em directo na televisão a acusar o Livre de se ter aproveitado duma negra gaga para eleger um deputado, exactamente o argumento usado pelo Livre e pela deputada para classificar de racista e de extrema-direita para cima quem disse o mesmo da doutora Katar-Moreira quando foi eleita.

 

À noitinha tivemos a doutora Isabel dos Santos no Twitter a classificar de racismo e preconceito os casos de corrupção e nepotismo onde aparece envolvida na investigação jornalística "Luanda Leaks".

"Racismo" e "preconceito" é o novo maravilhoso.

 

De caminho a Price Waterhouse Coopers cortou relações com a filha do pai depois de décadas a ser paga para trabalhar na maquilhagem das trafulhices da empresária, dar-lhe um ar decente, aceitável e com "sentido de Estado, enquanto o Cigarette Smoking Man ou Cancer Man dos X-Files, também conhecido por Fórum de Davos ou Forum Económico de Davos, 'desconvidou' a senhora. Tem peçonha, ninguém sabia ou sequer desconfiava. Por causa das carradas de maquilhagem e do cabelo esticado que a fazem quase branca. Uma afirmação claramente preconceituosa e racista, esta.

 

Entretanto vai grande alegria e excitação no jornal do militante n. º 1, também ele sentadinho em Davos e apanhado de surpresa com toda esta embrulhada, enquanto ficamos todos à espera que depois de publicar a prometida lista dos jornalistas avençados do BES nos Panamá Tretas, o Expresso publique também a lista dos jornalistas avençados da cleptocracia angolana que conseguiu roubar e fazer mais mal ao seu próprio povo que o colonialismo, e isto sem qualquer acusação de racismo e preconceito, sublinhe-se.

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 24.10.19

 

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existem redes mafiosas de tráfico de influência ligadas a políticos e ex-políticos

 

[Lou Jacobs na imagem]

 

 

 

 

"Para serem mais honestos do que eu têm de nascer duas vezes", Capítulo II

por josé simões, em 04.07.19

 

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Ministério Público investiga alegado esquema do BES para financiar campanha de Cavaco

 

 

"Os portugueses podem confiar na... no Banco Espírito Santo dado que... as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir... a exposição que o banco tem à parte não financeira mesmo na situação mais adversa"

 

[Capítulo I]