O Verdadeiro Artista
[Imagem]
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
[Imagem]
[Na imagem cartaz na manif dos colégios paralelos à porta do XXI Congresso do Partido Socialista]
"Cá não há misturas, é tudo boa gente!", na boca dos infantes na manif do Portugal ultramontano, com o alto patrocínio da Igreja Católica e da direita radical. E toda a gente sabe a significado de "boa gente" na boca de muito boa gente. Cada macaco no seu galho. E toda a gente sabe o significado de "misturas" na boca da boa gente que não se mistura. Galdeiragem à parte. "Não somos escolas para meninos ricos nem para betinhos". Manda quem pode, obedece quem deve. O que eles dizem e o que eles omitem e o que eles fazem. E às vezes descuidam-se. Respeitinho é muito bonito. A merecer ralhete dos mestres, os meninos.
[Vídeo]
O Portugal ultramontano tutelado pela Igreja Católica
- Negócios privados com o alto patrocínio do Estado via impostos dos contribuintes.
- A caridadezinha para acudir aos deserdados da captura do Estado pelos interesses privados.
[A imagem é uma manipulação que circula no Twitter]
1. Os contratos de associação em questão foram submetidos à fiscalização prévia do Tribunal de Contas (TC) em 2015.
2. Como é habitual, foi produzida uma informação técnica preparatória, pelos Serviços de Apoio do Tribunal, a qual não tem natureza vinculativa e não é notificada às partes.
3. O Tribunal de Contas considerou que os contratos em causa estavam de acordo com a legislação em vigor e que os encargos deles resultantes tinham o devido suporte financeiro, pelo que concedeu visto.
Nos idos em que o comissário Nogueira metia 100 mil professores nas ruas [contas do jornal do militante n.º 1], da Avenida da Liberdade à Praça do Comércio, contra José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues, a reestruturação do parque escolar e a avaliação dos professores – não necessariamente por esta ordem, o PSD metia os deputados na rotunda do Marquês do Pombal a aplaudir os profs, a mulher de António Costa lá no meio dos comunas – com honras de primeira página no Correio da Manha [sem til], contra José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues, a reestruturação do parque escolar e a avaliação dos professores – não necessariamente por esta ordem, ambos em defesa da escola pública.
Depois José Sócrates foi-se embora, e com ele Maria de Lurdes Rodrigues, e com ambos o comissário Nogueira, que nunca mais ninguém deu pelo camarada em quatro anos de Governo da direita radical, e os profs, que deixaram de ser 100 mil – isso nem o Benfica campeão, quanto mais, foram mandados trabalhar para Angola, Brasil e outros destinos menos exóticos, e o maoísta Nuno Crato pôde levar a cabo, na paz dos anjos, o maior ataque à escola pública de que há memória desde que existe escola pública e sem direito a cartazes, apesar dos crimes de Estaline ao pé dos de Mao serem assim a modos como limpar o rabinho a crianças, mas isso também era exigir demasiado a palermas da jota laranja, atarefados entre universidades de Verão e o sentirem-se homenzinhos ao lado dos homens, no Parlamento onde têm assento por uma quota que cabe à agremiação, e também por nunca terem ouvido falar do chinês carniceiro aos mais velhos, que o partido está pejado de ex leitores do livrinho vermelho e não convém fazer muitas ondas e mexer na merda com uns pauzinhos e também porque agora a hora é de luta contra o estalinista Mário Nogueira – a soldo do PCP e com o Bloco de Esquerda à pendura, em defesa da escola pública, que não tem de ser obrigatoriamente assegurada pelo Estado mas através de um serviço público de escola assegurado pela iniciativa privada, que foi a volta que a direita radical deu para justificar o não haver dinheiro para nada nem para a saúde, as pensões, as reformas, os salários, mas sobrar à brava para colocar o Estado ao serviço de interesses privados através de rendas pagas pelo contribuinte e dar às escolas a possibilidade de escolherem os alunos que querem das famílias que querem.
E é por isso, pelo serviço público de escola e não pelas rendas asseguradas a interesses privados e a educação pública onde ela estava no dia 4 de Outubro de 1910 – nas mãos da Igreja católica, que o PSD vai mandar os deputados para a rua, contra o comissário Nogueira, contra o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues, contra António Costa e contra a 'Geringonça' – por esta ordem, e, se calhar com um bocado de sorte, os colégios privados vão meter 100 mil, da 24 de Julho à Assembleia da República, aguardemos para ver o que é que o jornal do militante n.º 1 tem a dizer sobre isso.
[Imagem]
Podia ter-lhes dado para se manifestarem, por exemplo, de 'cor de burro quando foge', mas não, deu-lhes para o amarelo, uma cor como outra qualquer, 'neutra e sem conotações com partidos políticos', como disse um senhor dos colégios na televisão. Ou da cor do patrão que toma conta da maioria dos colégios e escolas com contratos de associação. E das IPSS da caridadezinha, da sopinha dos pobres e do socorro aos desvalidos. Tudo pago pelo dinheiro do contribuinte. É isto que a direita radical alimenta, é disto que a direita radical se alimenta e nada disto é 'ideologia'. Amém.
Porque a seguir vai trabalhar para um escritório de advogados e depois é ministo.
{Imagem de autor desconhecido]
Os deputados do PSD vão andar em campanha pelo país para explicar às pessoas porque é que se pode cortar salários - o Governo da direita radical não tinha uma política de baixos salários e de desemprego para o país enquanto lamentava não ter conseguido baixar os custos do trabalho, a reforma que ficou por fazer, e nos contratos de associação em situação de duplicação da oferta não se pode cortar.
Os deputados do PSD vão andar em campanha pelo país para explicar às pessoas porque é que se pode cortar pensões e reformas - não há dinheiro para nada e além disso as pessoas não tiveram uma carreira contributiva para receberem as pensões quer recebem, e nos contratos de associação em situação de duplicação da oferta não se pode cortar.
Os deputados do PSD vão andar em campanha pelo país para explicar às pessoas porque é que se pode cortar subsídios e contribuições diversas - no montante a receber e na sua duração temporal, enquanto se aumentam todas as taxas e taxinhas - já é tempo das pessoas interiorizarem que não podem viver acima das suas possibilidades, e nos contratos de associação em situação de duplicação da oferta não se pode cortar.
Os deputados do PSD vão andar em campanha pelo país para explicar às pessoas porque é que o Estado deve ser instrumento ao serviço de interesses privados - e o contribuinte pagar por e para isso ou, em linguagem simples que as pessoas simples percebem, vão explicar às pessoas porque é que a direita radical é tão amiga e protectora dos ricos e vira as costas a quem vive e sobrevive com o rendimento do seu trabalho, e ainda tem de garantir, com o dinheiro dos seus impostos, o rendimento aos protegidos da direita radical.
[Imagem]
Não se lembraram disso quando eram Governo e quando decidiram, contra a lei, estender os contratos de associação a zonas do país com oferta assegurada pela escola pública e de permitir que os colégios fossem captar alunos a outras regiões, com prejuízo evidente para a escola pública, para os cofres do Estado e para o bolso do contribuinte, não se lembraram de pedir ao Conselho Nacional de Educação para elaborar e remeter para o parlamento "um estudo rigoroso relativamente aos impactos financeiros e aos custos associados ao ensino nas escolas públicas estatais e nas escolas públicas que integram a rede do ensino particular e cooperativo". De caminho pode também o Conselho Nacional de Educação elaborar e remeter para o parlamento "um estudo rigoroso" sobre o inflacionamento das notas pelas escolas privadas, que não são "escolas" mas "colégios", com vista ao ingresso do aluno, pagante, na universidade pública, onde vai concorrer em nível de desigualdade com alunos vindos do ensino público, e também um "estudo rigoroso" sobre o ensino ministrado nos colégios privados dirigido especificamente para os boas notas nos exames e consequente direito a figurar no top of the pops do ranking nacional das escolas, apesar dos sacos de vento de conhecimento que produzem.
[Imagem de autor desconhecido]
Alexandra Leitão, secretária de Estado da Educação, desmonta a posição da direita radical nos contratos de associação recorrendo a um texto enviado ao Tribunal de Contas pelo Ministério da Educação do Governo da direita radical – PSD/ CDS.
[Via]
Ao balcão do café: "Qualquer dia o Estado, violando a Lei, desata a construir esquadras de polícia onde já há empregados da Securitas".
E chegámos aqui: juro que ouvi Rodrigo Queiroz e Melo, director executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, dizer no programas Prós e Contras na RTP 1 que "o Estado cometeu a ilegalidade" [sic] de construir escolas públicas onde já havia colégios privados. E, quando aqui chegamos, já não há mais nada para discutir ou debater.
[Imagem]
Costa devia ter sublinhado que há pessoas que, na sua credulidade e boa-fé, continuam a deixar-se enganar por Passos. «Financiamento a colégios: Costa acusa Passos de "enganar as pessoas"»
[Imagem]