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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Passos Dias Aguiar

por josé simões, em 10.05.19

 

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Quando a ANTRAM diz não poder pagar os 1200€ mensais que efectivamente já paga aos motoristas de matérias perigosas o que nos está a dizer é que se o salário base aumentar de 600 e picos para 1200€, como pretende o sindicato, as empresas vão ter de dobrar o número de trabalhadores colaboradores para fazerem o mesmo serviço que é actualmente assegurado na base das horas extra na amplitude máxima permitida por lei com intervalos para primeira e segunda refeição e pausas a cada xis horas de condução [por exemplo início às 05:00 e fim às 17:00 mais duas horas = 19:00, ou 06:00 até às 18:00 + duas horas = 20:00, e assim sucessivamente], com refeições penalizadas, horas a 50 e 75%, extra diurno e extra nocturno, subsídios diversos, tudo a contar para o monte dos tais 1200€. E era muito mais transparente e de bom-tom para todas as partes envolvidas que as coisas fossem colocadas assim, directamente e sem subterfúgios, na opinião pública.

 

É legal? É. E está consagrado em papel de lei, código do trabalho e contratos colectivos diversos, tudo assinado pelos sindicatos e pelas confederações patronais em sede própria.

 

É moral e eticamente aceitável? Desde que o homem libertou o polegar que a ética e a moral não têm nada a ver com trabalho nem com pagamentos em troca de prestação de serviços.

 

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Alguma vez havia de dar merda

por josé simões, em 11.06.18

 

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A estupidez do politicamente correcto, para o caso e por ser um quase exclusivo da esquerda, nomeado de "linguagem inclusiva", do "eles e elas", do "bom dia a todas e a todos", do "homens e mulheres", alguma vez havia de dar merda. E deu. Deu para o lado do mais fraco, o lado que é suposto a suposta linguagem supostamente inclusiva proteger e incluir, o lado das trabalhadoras, com a empresa espanhola Aceites y Energía Santamaría a recusar pagar retroactivos das actualizações salariais às mulheres alegando que o acordo colectivo de trabalho fala em trabalhadores" e não em trabalhadoras.

 

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ADENDA: Isabel Casanova em "Calem-se, por favor, mas de vez!"