"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Continuam alegremente com o fulano, o sicrano, e o beltrano que conseguiram contrato por ajuste directo com a câmara tal e o ministério não sei quantos, só por serem do partido do [con]tratante, tudo legal, não há alínea alguma no Código dos Contratos Públicos que refira a filiação ou simpatia partidária, que enquanto se fala nisso não se fala no que realmente interessa, o montante máximo permitido para ajustes directos, a aumentar desde os idos do XVII Governo Constitucional, e que potencia esta máfia republicana.
Há uma enorme diferença entre perder dinheiro e deixar de ganhar dinheiro. A classe empresarial pantomineira tuga gosta muito de as equivaler porque lhes dá jeito quando toca a praticar o seu desporto favorito: chorar pelo Estado. Não se esperava esta equivalência da parte de uma ex-ministra da Justiça, alegadamente socialista, com o marido a facturar em relação a anos anteriores mais 1 milhão e 100 mil euros desde 2008, período em que a mulher foi ministra, nos seus 101 contratos com o Estado no valor de 3 milhões 820 mil euros.