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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Foi uma alegria

por josé simões, em 14.08.19

 

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E depois, quando este circo acabar, podemos falar de toda a contratação colectiva assente no baixo salário base compensado por horas a 50 e 75%, horas retiradas ao descanso pagas, descansos efectivos e complementares [dias de folga] pagos,  refeições deslocadas, fora da base e à factura, diuturnidades e ajudas de custo, que foi negociada por sindicatos afectos à CGTP, no tempo em que os sindicatos tinham poder negocial e a Intersindical assinava contratos  verticais, e da verticalidade sindical que, do princípio "a união faz a força", meteu no mesmo saco coisas diversas e diferentes, uma das razões para o nascimento dos novos sindicatos sectoriais e não alinhados?

Talvez depois haja muita coisa que fique mais nítida.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Conta-me como foi

por josé simões, em 06.08.19

 

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Do tempo dos comunistas, da CGTP, dos sindicatos correias de transmissão do PCP, irresponsáveis e apostados em destruir as empresas e a economia do país, para os comunistas, a CGTP, os sindicatos correias de transmissão do PCP, responsáveis e cheios de "sentido de Estado", alguém com quem se pode negociar de boa-fé apesar de não serem conhecidos “por fazer fretes a Governos ou empregadores”. À agremiação de sindicatos de bancários e serviços, que dá pelo nome de UGT e que há 40 anos negoceia concertações sociais e assina de cruz códigos do trabalho elaborados pelas associações patronais, resta-lhe pôr-se em bicos dos pés e dizer meia-dúzia de lugares-comuns.

 

[Imagem]

 

 

 

 

My name is Proença, João Proença

por josé simões, em 26.09.16

 

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«[...] é altura de reverter algumas das medidas que desequilibraram as relações entre trabalhadores e empresas, para que "a desregulação do estado de excepção não se transforme na nova norma". "É imperioso reverter as medidas com incidência na negociação colectiva tomadas no período da troika"


[...] sindicatos e aos patrões [devem empenhar-se] em credibilizar a negociação colectiva, dando provas da sua representatividade, para evitar que organizações a que chama "ultraminoritárias" negoceiem contratos que depois podem ser estendidos a todo um sector»


Relações laborais nas empresas estão em "profundo desequilíbrio"

 

 

 

 

||| O[s] Verdadeiro[s] Artista[s]

por josé simões, em 10.03.15

 

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Primeiro João Proença e a UGT, a meias como o ministro do CDS Pedro Mota Soares, liquidam a legislação laboral por via da revisão do código do trabalho, depois a UGT de Carlos Silva, agora já liberto da tutela do caído em desgraça Ricardo Salgado, vem fazer prova de vida [e se calhar lembrar aos patrões "quem é amigo, quem é?" para a cadeira no Conselho Económico e Social] e defender o aumento da contratação colectiva. Ninguém se riu. Nem o cameraman porque senão a imagem aparecia tremida.


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||| E viva a UGT!

por josé simões, em 18.06.14

 

 

 

Percebem agora o ataque descabelado, assim do nada, do secretário-geral da UGT, Carlos Silva, à CGTP? Havia que criar uma manobra de diversão para desviar as atenções do que realmente importa e o que realmente importa é o papel, activo e cúmplice, da UGT neste «Relatório do Centro de Estudos Sociais [que] quantifica a "transferência de riqueza" dos trabalhadores para as empresas promovida pela última revisão do Código do Trabalho como idêntica à que se pretendia obter com a alteração da TSU» e para que um salário médio tenha sofrido «cortes anuais de 400 euros só com as alterações às leis laborais»; da UGT de João Proença, com saída directa para o Secretariado Nacional do PS onde, sem um pingo de vergonha, não se coíbe de aparecer nas televisões a criticar a política económica e laboral da maioria PSD/ CDS, o Secretariado Nacional do PS de António José Seguro que na outra frente de batalha, a parlamentar, aumenta ainda mais os lucros aos patrões e accionistas por via do voto favorável à "reforma do IRC"; da UGT de Carlos Silva que agora se prepara para dar a machadada final, perdão, para fechar o ciclo, com o "SIM" à "reforma" daquilo que ainda resta na protecção dos trabalhadores contra a rigidez patronal: a contratação colectiva.

 

O reverso é que o canibal Carlos Silva, diligente no seu papel de mordomo das empresas e corporações, ao acusar a CGTP de autofagia e de acenar com o papão do PCP aos gritos de "vem aí o comunismo!" esquece-se do óbvio e o óbvio é que o cidadão comum olha para os papéis desempenhados pela CGTP e pela UGT na revisão do Código do Trabalho e da contratação colectiva, olha para João Proença nas suas novas funções, olha para a perda de rendimentos, regalias e direitos, olha para o PS de António José Seguro a votar favoravelmente a "reforma" do IRC e, malgrado o Estaline oculto por detrás do símbolo da CDU no boletim de voto, faz a opção. Melhor propaganda para o PCP não podia haver. E Viva a UGT!

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

||| His Master's Voice

por josé simões, em 28.05.14

 

 

 

Uma demonstração muito bem demonstrada e uma prova muito bem provada, com o impacto muito bem impactado e a dinamização muito bem dinamizada, como aquando do novo Código do Trabalho e da concertação social assinada pelo então secretário-geral João Proença:

 

«A UGT admite uma redução gradual do prazo de caducidade das convenções colectivas desde que o Governo demonstre a vantagem dessa redução e que fique provado o seu impacto na dinamização da contratação colectiva.»

 

 

 

 

 

 

||| Rewind/ Fast Forward buttons

por josé simões, em 09.05.14

 

 

 

«O sector privado em Portugal já fez ajustamento salarial. E se já fez o ajustamento, se está a começar a absorver o desemprego e está a manter a competitividade das exportações, é preciso sublinhar: nós não acreditamos num modelo de desenvolvimento baseado em salários baixos».

 

Paulo Portas, Fundação Cupertino Miranda, 22 de Fevereiro de 2014

 

 

«Todo o modelo de desenvolvimento assente em salários baixos não é um modelo de desenvolvimento que interesse a Portugal»

 

Pedro Passos Coelho, Ovibeja, 30 de Abril de 2014

 

 

«Parceiros sociais começam a discutir as novas propostas de alteração ao Código do Trabalho na próxima terça-feira. Em cima da mesa está a possibilidade de reduzir ou retirar benefícios aos trabalhadores, quando os contratos colectivos caducam.

 

Prémios de assiduidade, subsídios de turno, pagamento acrescido do trabalho nocturno ou de isenção de horário de trabalho. Estes são alguns dos benefícios que poderão desaparecer ou sofrer uma redução quando os contratos colectivos caducarem, o que implicará uma redução da retribuição dos trabalhadores. A medida está prevista numa proposta de alteração ao Código do Trabalho ontem enviada aos parceiros sociais e que começa a ser discutida na próxima terça-feira.

 

Na proposta que enviou aos patrões e sindicatos, o Governo altera um pormenor que faz toda a diferença. Em vez de retribuição, passa a referir "retribuição base", uma mudança que terá implicações directas no salário que o trabalhador leva para casa no final do mês.»

 

[Imagem de David Fularton]

 

 

 

 

 

 

|| Não tem segredo nenhum

por josé simões, em 09.06.10

 

 

 

Liberalizar os despedimentos de forma a, literalmente, correr para fora das empresas com os trabalhadores efectivos e respectivos direitos e regalias consagrados na contratação colectiva, substituí-los por trabalhadores precários recrutados no exército de desempregados, desesperados e dispostos a tudo por um emprego, e com a pressão de saber que em listas de espera há muitos mais dispostos a ocupar o lugar. Não tem segredo nenhum, aprende-se no secundário a Economia, no bê-à-bá do Capitalismo.

 

Mas o povo também não tem muito por onde se queixar. Quando a contrato são os melhores profissionais do mundo e no dia a seguir à passagem a trabalhador efectivo começa o renga-renga até à reforma.

 

(February 1942, Medium-format nitrate negative by Ann Rosener, Office of War Information)

 

 

 

 

|| Bombardeamentos cirúrgicos

por josé simões, em 03.07.09

 

 

 

Ficamos todos a saber que António Chora é “um quadro operário cuja cabeça” está feita, “de cima a baixo, pela ideologia da classe dominante” e que na Autoeuropa os trabalhadores resistem apesar “da violenta chantagem que sobre eles vem sendo exercida, (…) desde que rejeitaram o pré-acordo negociado entre a Administração e a CT” e apesar das ameaças de Sócrates e do seu Governo, da UGT e dos grandes meios de comunicação social, “com destaque para o diário de Belmiro de Azevedo”.

 

Também ficamos a saber que em Inglaterra os sindicatos levaram a cabo uma luta vitoriosa e que a “administração do grupo petrolífero francês Total cedeu a todas as exigências dos grevistas”.

 

Pelo meio a luta continua no STAL e no STML contra “o «cozinhado azedo», estabelecido pelo Governo com a UGT/SINTAP»”.

 

Meanwhile faz mais de 15 dias que o direito à Greve e à contratação colectiva foi suprimido na Venezuela do Socialismo Bolivariano do sec. XXI de Hugo Chávez, sem que o Avante! lhe tenha dedicado sequer um só parágrafo que seja.

 

TPC (Trabalho Para Casa):

 

- A greve é boa e a contratação colectiva são instrumentos úteis, excepto se os Comunistas e/ou seus aliados estiverem no poder?

 

- Na redacção do Avante! não há quem saiba ler jornais na língua de Cervantes, mesmo com recurso ao tradutor do Google?

 

- A supressão do direito à Greve e à contratação colectiva faz parte da caminhada Rumo ao Socialismo onde há que ter em atenção a “história de cada povo e (…) a situação concreta de cada país, pois se há princípios e características gerais comuns da nova sociedade, não há nem pode haver modelos de socialismo”?

 

- A redacção do La Clase é manipulada e controlada pela administração Obama à imagem do que já acontece com o Twitter?

 

(Na imagem Potemkin 1905 poster by Alexander Rodchenko)

 

 

 

 

|| Da Pátria do Mussolini sul-americano

por josé simões, em 18.06.09

 

Na Venezuela do Hugo Chávez e do Socialismo Bolivariano e de outras coisas assim já vistas, em tempos que afinal já lá não vão, o direito dos trabalhadores à Greve e à Contratação Colectiva foi suprimido. Acabou.

 

Hoje o Avante! fala de «Repressão anti-sindical», mas é na Colômbia, Turquia e Argentina. E duma «Greve nas alfândegas», mas é em Portugal. De Venezuela népias. Talvez saia na próxima semana.

 

(Noticia via Vento Sueste)