|| O prestidigitador
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A Fome da Batata do século XXI não é o povo de barriga vazia por falta de alimento, é a miséria intelectual da classe política dirigente:
Ensina-nos a História que nunca deu bom resultado quando um governante se confunde deliberadamente com o país que governa.
Não é por nada mas a primeira pessoa do presente do indicativo deixa-me… errr… com urticária:
"não tenho assegurado o financiamento da economia portuguesa"
Primeiro foi o elogio do enorme feito que foi o Governo ter sido feito sem que nada transpirasse, às mijinhas como é(ra) da tradição, para a comunicação social. Só no próprio dia e depois do conhecimento prévio do Presidente da República. Um bom começo, escreveu-se e disse-se por tudo o que é poiso de paineleiros e politólogos. Estava tudo embalado de boca cerrada e de 5.ª velocidade metida e eis senão que, transpira por todos os poros e sem que tenha sido dado cavaco prévio a Cavaco Silva, uma colossal fuga de informação sobre um colossal desvio nas contas públicas. Se formos todos burros [atenção ao “se”] ficamos desde já preparados para a má nova que é o Governo não conseguir cumprir os objectivos acordados [por causa de] e para o colossal novo imposto que vai ser suado pelos portugueses [por causa de]. Os 50% que sobram do 13.º mês?
(Imagem cartaz chinês de propaganda “Sing revolutionary war songs with fervor, and move forward in victory”)
Ou como se comprova, ex nunc e divortium aquarum, a velha máxima de que o ser velho não se vê pela idade mas pela cabeça.
À parte uma creação dinástica à la norte-coreana, ou não tivesse o Grande Ideólogo Pacheco andado, em tempos que já lá vão, a navegar por águas maoistas, só falta Dias Loureiro. Não percebo porquê…
(Imagem via Reuters)