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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A qualidade dos trafulhas que em Portugal dão pelo nome de "empresários"

por josé simões, em 26.11.19

 

Baby With A Handgun” by BiP in San Francisco.jpg

 

 

"Quase dez horas por semana a mais do que a média europeia – é o tempo que os bebés e as crianças portuguesas passam nas creches, amas e jardins de infância", sendo que nalguns países abaixo de Portugal, norte da Europa, as creches ficam na fábrica, na empresa, no local de trabalho dos pais, e não aceitam crianças com menos de 12 meses de idade, que é exactamente o tempo mínimo da licença parental. E isto diz muito da qualidade dos trafulhas que em Portugal dão pelo nome de "empresários".

 

[Imagem]

 

 

 

 

Não se lembraram disso quando eram Governo

por josé simões, em 19.05.16

 

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Não se lembraram disso quando eram Governo e quando decidiram, contra a lei, estender os contratos de associação a zonas do país com oferta assegurada pela escola pública e de permitir que os colégios fossem captar alunos a outras regiões, com prejuízo evidente para a escola pública, para os cofres do Estado e para o bolso do contribuinte, não se lembraram de pedir ao Conselho Nacional de Educação para elaborar e remeter para o parlamento "um estudo rigoroso relativamente aos impactos financeiros e aos custos associados ao ensino nas escolas públicas estatais e nas escolas públicas que integram a rede do ensino particular e cooperativo". De caminho pode também o Conselho Nacional de Educação elaborar e remeter para o parlamento "um estudo rigoroso" sobre o inflacionamento das notas pelas escolas privadas, que não são "escolas" mas "colégios", com vista ao ingresso do aluno, pagante, na universidade pública, onde vai concorrer em nível de desigualdade com alunos vindos do ensino público, e também um "estudo rigoroso" sobre o ensino ministrado nos colégios privados dirigido especificamente para os boas notas nos exames e consequente direito a figurar no top of the pops do ranking nacional das escolas, apesar dos sacos de vento de conhecimento que produzem.


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| O salsicha política

por josé simões, em 22.09.14

 

 

 

E que tal se o salsicha política que ocupa a cadeira de primeiro-ministro ao invés de recorrer a metáforas manhosas para esconder a incompetência e o fanatismo ideológico do ministro da Educação, Nuno Crato, começasse a implementar o memorando de entendimento assinado com a troika, no capítulo referente ao ensino e à educação, «and reducing and rationalising transfers to private schools in association», e não o seu contrário, cortar, cortar, cortar no orçamento da escola pública, aumentar as turmas, reduzir professores e pessoal não docente, ao mesmo tempo que aumenta as transferências para os colégios privados com contratos de associação que se dedicam ao ensino de qualidade, rigor e exigência que é o inflacionar as notas para o acesso à universidade e para os primeiros lugares do top of the pops que é o ranking das escolas, metaforizando também, o ensino farinheira?

 

«Sistema de ensino entre as "cobaias" e as "salsichas educativas" não deu resultados»

 

[Imagem de Paul Goirand]

 

 

 

 

 

 

||| Mais liberalismo

por josé simões, em 20.09.14

 

 

 

Ensino privado, cheque-ensino, liberdade de escolha, rigor, blah-blah-blah, rxigência, blah-blah-blah, rankings das escolas «and reducing and rationalising transfers to private schools in association». Viva!

 

«Há escolas que inflacionam notas para alunos entrarem na universidade»

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Vai estudar Crato!

por josé simões, em 13.01.14

 

 

 

Ou então uma media à la Recep Erdoğan, ou à la Hugo Chávez [ou será à la Mao Zedong?], moldar a realidade à teoria, que é como quem diz, substituir o Conselho Nacional de Educação por admiráveis homens novos com uma visão mais liberal do mundo :

 

«O Conselho Nacional de Educação (CNE) pronunciou-se nesta segunda-feira a favor da introdução do ensino do inglês no primeiro ciclo, a partir do 3.º ano e com uma carga horária de, pelo menos, duas horas que devem ser distribuídas ao longo da semana.»

 

[Imagem de Tim Etchells]

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 23.09.13