"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Depois de ter estado estendido ao sol do Algarve e a beber imperiais com o outrora palrador Presidente da República, Luís Montenegro apareceu nas televisões de gravata preta [não ter a puta da vergonha na cara é isto], a propagandear uma quantidade de medidas de apoio às populações assoladas pelos incêndios onde consta a isenção de taxas moderadoras no SNS, que já não existem desde maio de 2022, salvo sem referenciação prévia pelo dito SNS.
Dizem os comentadeiros e avençados nas televisões que há um problema de comunicação no Governo. Se calhar há um problema de incompetência. Ou um problema de andarem à nora sem saberem o que andam a fazer. Ou um problema de tomarem os portugueses por burros e deitarem mão a tudo que sirva para limpar a imagem. Ou todas as hipóteses juntas.
Luís Montenegro, ex líder do grupo para lamentar [não é gralha] de suporte ao de Governo de Pires de Lima & Procissão Cristas [também não é gralha], do eucalipto, das celuloses, e das alterações às reservas agrícolas e ecológicas nacionais, agora primeiro ministro, quer um pacto político para a floresta. Continuamos sem a puta da vergonha na cara.
Nos idos do PREC, quando a CGTP e o PCP metiam milhares a desfilar horas a fio desde o Marquês até ao Rossio, a "reacção", como forma de minimizar e ridicularizar a mobilização, meteu a circular que eram sempre os mesmos, que uma vez chegados cá abaixo tornavam pela Rua das Portas de Santo Antão acima para voltarem a descer a Avenida, o que era manifestamente mentira.
50 anos Passados, o PSD, onde estavam/ estão muitos da boateiros das manifs "pescadinha de rabo na boca" da CGTP/ PCP, convoca os militantes a marcarem presença no conselho de ministros agendado para o mercado do Bolhão para, na altura dos telejornais, passar a ideia de uma vaga popular de apoio a um primeiro-ministro cada vez mais enterrado em trafulhices de casas e casinos e quem nem as sondagens mais favoráveis lhe atribuem.
A favor de Montenegro o não ter mobilizado paquistaneses do "ké flô?" como uma pessoa que a gente cá sabe.
Distanciamento social é a primeira conclusão a tirar da primeira foto de grupo, e a pandemia já lá vai. Isto vale o que vale e os sinais que se passam valem muito e o fotógrafo não é amador, de certeza.
Definidas as prioridades no primeiro Conselho de Ministros, do Governo que quer endireitar Portugal depois de décadas de "regime socialista", e que ia começar a trabalhar logo no primeiro dia:
. 1 - Regressa o discurso matarruano da Pátria e da bandeira, de quem ainda vive no tempo de António Ferro e não percebe, nem quer perceber, coisas simples como modernidade, associada à legibilidade e padronização, sem desvirtuar.
. 2 - Vacuidades
. 3 - Introdução na agenda de um tema bandeira da extrema-direita populista, facilmente resolvido com dotação e reforço de meios - humanos e técnicos, das entidades competentes.
O princípio do fim do regime socialista está a ser uma coisa digna de ver.
"Não ganhamos nada em criar conflitos". A menos que seja com os médicos, ou com os enfermeiros, ou com os professores, ou com os funcionários públicos, ou com os pensionistas e reformados, ou com os polícias, ou com os trabalhadores em geral, ou com os trabalhadores em particular. A maioria absoluta socialista com "o Orçamento mais à esquerda de sempre".
Pôr Cavaco Silva, na hora da abalada, a presidir aos Conselho de Ministros do Governo que fica e que ele não queria nem por nada e que só empossou porque a isso foi obrigado, ainda assim só passados 50 dias de audições a todas as colectividades e agremiações, com ou sem utilidade pública e isenção de imposto, e de um intervalo nas ilhas adjacentes para dar tempo aos "mercados" que não estavam para aí virados.
Este é o mesmo princípio que levou à assinatura do despacho a autorizar o abate dos sobreiros na Herdade da Vargem Fresca em Benavente, vulgo caso Portucale; este é o mesmo princípio que levou à assinatura do despacho da não devolução ao Estado do edifício do Casino de Lisboa, no Parque Expo, no final da concessão à Estoril Sol; este é o mesmo princípio que levou a que Telmo Correia, ministro, na noite que antecedeu a tomada de posse de José Sócrates tivesse assinado 300 - trezentos - 300 despachos.
"O Conselho de Ministros desta quinta-feira autorizou um conjunto de despesas no valor de 404 milhões de euros, para assegurar “a continuidade da prestação de serviços” em vários sectores até 2019"
Depois de 4 anos a cortar pensões e reformas a eito inventando um choque de gerações onde ele não existe, "os malandros dos velhos que não descontaram para ter a boa vida que têm enquanto os novos têm de comer o pão que o Diabo amassou", quando os velhos já andavam a aguentar os novos, filhos e netos, danos colaterais do "ir além da troika"; depois dos 48. 500 dos cuidados acamados deixados ao Deus-dará, que o dinheiro não chega para tudo e as IPSS são mais que as mães e há idosos acamados que são mais idosos acamados que os idosos acamados; antes do corte de 600 milhões de euros nas pensões, baptizado de "poupança" e agendado para 2016 no verdadeiro programa eleitoral da coligação Portugal À Frente, sem direito a cartaz de polémica, o Governo usa o Conselho de Ministros como mais uma peça da campanha eleitoral em curso para inventar uma "estratégia de protecção do idoso" que vale zero por necessitar de aprovação de uma Assembleia da República que só será eleita em 4 de Outubro.
Ainda sou do tempo em que Cavaco Silva era Presidente da República com um Governo de maioria PSD/ CDS-PP e passava os dias a apelar ao consenso entre o Partido Socialista e os partidos do executivo e que ia exercer a sua "magistratura de influência" e pela excepcionalidade dos tempos apelava à responsabilidade dos actores políticos e ao "sentido de Estado" e blah-blah-blah.
«Governo propõe recondução de Carlos Costa no Banco de Portugal
1. O Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que procede à alteração do Código Penal, tornando mais eficaz o combate ao abuso sexual e à exploração sexual de crianças e à pornografia infantil. [Continuar].
A sobretaxa do IRS que era para durar enquanto durasse o programa de ajustamento, foi prometido e jurado, enquanto a troika cá estivesse, o protectorado, como ele gosta de enfatizar, dura, dura, dura e está para durar e o pantomineiro ainda faz um figurão com o regresso do partido dos contribuintes que consegue retirar um ponto percentual à taxa que continua depois de 1 de Dezembro de 1640 no relógio do Largo do Caldas.