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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Descompressão

por josé simões, em 09.02.17

 

 

 

Depois de quatro anos de Governo da direita radical com a lengalenga do "fazer mais com menos", base de trabalho para cortar a torto e a direito sem olhar a quem e ao quê e para estrangular serviços e administração pública, entramos agora no laxismo esquerdalho-geringonço, na fase do pleno emprego e emprego para todos, do "fazer menos com mais", por cima de toda a folha, caduca ou persistente, que de cada vez que a cor da Câmara muda é imperioso mudar com ela a clientela e o séquito, até para equilibrar as contas e impedir o boicote da clientela cessante, mais que não seja pela inércia.  Haja quem pague.

 

O Governo comprometeu-se a mudar a lei, para que as autarquias passem a ter mais autonomia na gestão e na contratação de recursos humanos.

 

 

 

 

||| A culpa é de Vítor Constâncio

por josé simões, em 11.07.14

 

 

 

Ainda ninguém o disse. E o jeito que dava dizer. E até nem era difícil construir uma narrativa. Na base do "efeito borboleta" era sempre possível encontrar alguma coisa que, por A mais B mais C mais D mais... colocasse o ex-Governador do Banco de Portugal na origem de todos os males que assolam o Banco Espírito Santo.

 

Entretanto, na falta de Vítor Constâncio e de uma narrativa credível, começou ontem a surgir nas "redes sociais" [gloup] pela pena de alguns situacionistas uma ainda mais original, a de que a culpa é da irresponsabilidade do PCP e do Bloco que tudo estão a fazer para que as coisas corram mal no BES.

 

Mas isso foi ontem e, como o mundo nunca pára de nos surpreender, hoje há que saber distinguir os negócios da família Espírito Santo dos negócios do BES, coisa aparentemente fácil se nos conseguirmos abstrair de que os negócios da família Espírito Santo são o BES. O que não exclui a culpa do PCP e do Bloco e, remotamente, do laxismo de Vítor Constâncio que deixou tudo armadilhado para Carlos Costa, actual governador.