"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Na RDA eram combatentes leais ao estado do SED - Sozialistische Einheitspartei Deutschlands, agora também podem ser encontrados nas fileiras da AfD. Segundo uma investigação da CORRECTIV, várias dezenas de antigos funcionários a tempo inteiro da Stasi fazem parte das estruturas da AfD. Mostramos o que eles estão fazendo hoje. A AfD permanece em silêncio sobre isso.
Começamos o séc. XXI com o regresso do fascismo. Em força. Em toda a Europa e nos Estados Unidos. E na Rússia, um dos países vencedores do fascismo no fim da II Guerra Mundial. Mas o comunismo não regressa. Antes pelo contrário, desaparece. E não só não regressa e desaparece como pisca o olho ao eleitorado do partido fascista. Certinho como o destino é a explicação "científica" do regresso do fascismo como a "decadência do capitalismo". Apesar do comunismo ter [de]caído primeiro. E da esquerda se ter demitido.
"Etnocentrismo de Classe" há um capítulo em "O Século dos Comunismos" que ajuda a perceber as hagiografias dos secretários-gerais, e outros dirigentes, operários.
Mais tarde, Ho Chi Min diria ao americano Charles Fenn (1945) que para combater um adversário tão poderoso como o imperialismo francês os Vietnamitas necessitavam de «uma fé, um evangelho, uma análise prática, pode mesmo falar-se de uma bíblia. O marxismo-leninismo forneceu-me esta panóplia».
In "O Século dos Comunismos, depois da ideologia e da propaganda, uma visão serena e rigorosa". Michel Dreyfus, Bruno Groppo, Claudio Ingerflom, Roland Lew, Claude Pennetier, Bernard Pudal, Serge Wolikow
"o que se impunha era o aperfeiçoamento do socialismo". Acabar com a polícia política, libertar os presos políticos e de delito de opinião; legalizar os sindicatos e instituir o direito à greve e à manifestação; autorizar o direito de associação; instituir o multipartidarismo e promover uma democracia parlamentar constitucional; autorizar a livre circulação de pessoas e bens entre repúblicas e para o estrangeiro. Não se sabe, nunca esclarecem, fazem lembrar a direita quando vem com a lengalenga das reformas necessárias.
Reza a lenda que em Outubro de 1919 Lénine fez uma visita secreta ao laboratório do grande fisiologista I. P. Pavlov, querendo saber se as experiências sobre reflexos condicionados do cérebro ajudariam os bolcheviques a controlar o comportamento humano. «O meu desejo é que as massas russas sigam o padrão comunista de pensamento e acção», terá ele explicado. «Há demasiado individualismo na Rússia, um resquício do passado. O comunismo não tolera essas tendências perniciosas que interferem com os nossos planos. Precisamos de as abolir.» Pavlov ter-se-á mostrado chocado. Aparentemente, Lénine pedia que ele agisse com homens da mesma forma que agira com cães. «O senhor gostaria que eu nivelasse a população da Rússia? Que fizesse com que todos se comportassem da mesma maneira?», perguntou. «Exactamente», respondeu Lénine. «O homem pode ser corrigido, fazendo dele o que se quiser.»
Engenharia da Alma, páginas 809 e 810, A tragédia de um povo - A revolução Russa 1891 - 1924, Orlando Figues, Publicações Dom Quixote
Depois de a Europa ter definitivamente perdido a memória ao misturar Estaline e Hitler, nazismo e comunismo, perante o aplauso e o voto da direita radical nacional, a querer repetir o "feito" dentro de portas, é agora que vão propor que os crimes e os assassinatos cometidos durante o PREC pelo ELP, Maria da Fonte e MDLP, integrados e financiados por militantes do PSD e do CDS, sejam equiparados aos crimes das FP 25, com que nunca se calam no ódio que têm ao 25 de Abril e de cada vez que se aproxima a data e Otelo desce a Avenida? Se calhar não...