|| Uma frase que é toda ela um programa
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E “quem não se sente não é filho de boa gente” apesar de haver por aí muito mau filho de muito boa gente que se começa logo a sentir naquela parte em que folgam as costas e que é enquanto o “pau vai e vem”.
Não consigo perceber o “stress” do PS e a imagem de incómodo e comprometimento que consegue passar para a opinião pública.
Que as comissões inquiram como lhes compete que mais não fazem do que dignificar o cargo de deputado o Parlamento e a Democracia.
E uma vez que a fórmula parece funcionar, como ficou demonstrado com a comissão parlamentar de inquérito ao “caso BPN”, é aproveitar o balanço porque há muitas mais nebulosas a merecer um olhar parlamentar: a Estradas de Portugal e os (já) 5 chumbos do Tribunal de Contas, por exemplo, para já não falar da ideia que o Lomba roubou ao Marcelino.
(Na imagem: “Elettroshok”, autor desconhecido)
Começo a perceber a maneira como no princípio do séc. XX o resto da Europa olhava para nós, quando os fascismos começaram a despontar a Sul.
Proyecto de Ley Organica de Educacion
(cortesia)
Adenda: Os novos fascistas (I)
Ignorando que Helena Amaral, professora no Agrupamento da Escola Quinta de Marrocos, em Benfica, ganhou os seus minutos de fama da praxe, qual o critério que leva a que uma não-notícia seja transformada numa notícia? Apresentar o projecto Magalhães como um insucesso? Um caso (mesmo uma dezena ou uma centena) entre milhares parece-me manifestamente poucochinho…
Ser o Magalhães uma das imagens de marca deste Governo? Além de poucochinho, parece-me reles.
Devia dar que pensar (muito) isso sim, que alguma(s) família(s) tenham de recorrer à venda de um computador que custa no máximo uns míseros €50 como forma de equilibrar o orçamento familiar.
Mas isso já são contas de outro rosário.
(Foto fanada no Chicago Tribune)
Conversa de merda é, como muito bem escreve o Carlos Alberto, ouvir gajos ainda do tempo de ler a Gina às escondidas dos pais, argumentar que o Magalhães facilita o acesso a sites pornográficos, ainda assim os meninos não escrevam “vagina” e “ratas” (*) no Google search.
Cá em casa há um puto que começou a andar pela net ainda antes de saber escrever e sem Parental Advisory. À parte um vírus marado que apanhou no sítio dos Transformers, nunca demos notícia de andar a bisbilhotar o RedTube ou o Megarotic ou o Pornoamateurs ou outros que tais.
Mas isso também é como tudo. Há os que dentro das aulas se vão aos professores por causa do telemóvel, e os que antes de entrar têm a preocupação de o desligar.
Conversa de merda. Pornografia my ass! Isto cheira-me é, como diz “o outro”, a bota-abaixismo.
(*) Como os tempos mudam! Quando era puto ninguém dizia “vagina” ou “rata”. Era mais uma palavra começada por C acabada em A e com um N no meio. Mas isso era aqui em Setúbal e na escola pública. Como não tive o azar de nascer na Linha e de andar no colégio privado, não conheço as outras realidades.
Eu até compreendo o stress de Pacheco Pereira.
O que fica é a imagem do Governo, deste Governo (não um Governo qualquer), em peso, a distribuir computadores como quem dá milho aos pombos. É o que o povo gosta. E o povo quer cá saber se o computador é português, chinês, ou até se é feito debaixo de água.
E o que fica, ou melhor, ficou, foi a imagem das avenidas cheias de alunos em protesto contra as políticas educativas da ministra Manuela Ferreira Leite, mais ou menos apoiados pelos pais, que vão depois apanhar a senhora nas Finanças com o défice a 6. 83% e a fugir à luta, obrigando Barroso a correr o partido de alto a Morais Sarmento a baixo até à solução Santana Lopes, antes de fugir para Bruxelas. São estes que vão votar em 2009.
Uma questão de imagens. É este é o verdadeiro stress de Pacheco Pereira.
(Foto roubada no La Repubblica)