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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Uma frase que é toda ela um programa

por josé simões, em 24.10.10

 

 

 

Dizer que é uma prenda é o mesmo que achar que a arma entregue ao soldado quando chega ao quartel é uma prenda.

 

 

 

 

 

|| "Quem não deve não teme"

por josé simões, em 08.12.09

 

 

 

E “quem não se sente não é filho de boa gente” apesar de haver por aí muito mau filho de muito boa gente que se começa logo a sentir naquela parte em que folgam as costas e que é enquanto o “pau vai e vem”.

 

Não consigo perceber o “stress” do PS e a imagem de incómodo e comprometimento que consegue passar para a opinião pública.

Que as comissões inquiram como lhes compete que mais não fazem do que dignificar o cargo de deputado o Parlamento e a Democracia.

E uma vez que a fórmula parece funcionar, como ficou demonstrado com a comissão parlamentar de inquérito ao “caso BPN”, é aproveitar o balanço porque há muitas mais nebulosas a merecer um olhar parlamentar: a Estradas de Portugal e os (já) 5 chumbos do Tribunal de Contas, por exemplo, para já não falar da ideia que o Lomba roubou ao Marcelino.

 

(Na imagem: “Elettroshok”, autor desconhecido)

 

 

 

|| Os novos fascistas (II)

por josé simões, em 16.08.09

 

 

 

«endoutrinar os alunos»

 

Começo a perceber a maneira como no princípio do séc. XX o resto da Europa olhava para nós, quando os fascismos começaram a despontar a Sul.

 

Proyecto de Ley Organica de Educacion

 

(cortesia)

 

Adenda: Os novos fascistas (I)

 

 

 

 

|| A não-notícia

por josé simões, em 26.03.09

 

 

 

"Tenho o exemplo de uma família com três irmãos, todos receberam um computador Magalhães de borla porque pertencem ao escalão social A. Duvido que eles ainda tenham algum em casa"

 

Ignorando que Helena Amaral, professora no Agrupamento da Escola Quinta de Marrocos, em Benfica, ganhou os seus minutos de fama da praxe, qual o critério que leva a que uma não-notícia seja transformada numa notícia? Apresentar o projecto Magalhães como um insucesso? Um caso (mesmo uma dezena ou uma centena) entre milhares parece-me manifestamente poucochinho…

Ser o Magalhães uma das imagens de marca deste Governo? Além de poucochinho, parece-me reles.

 

Devia dar que pensar (muito) isso sim, que alguma(s) família(s) tenham de recorrer à venda de um computador que custa no máximo uns míseros €50 como forma de equilibrar o orçamento familiar.

 

Mas isso já são contas de outro rosário.

 

(Foto fanada no Chicago Tribune)

 

 

Conversa de merda

por josé simões, em 24.09.08

 

Conversa de merda é, como muito bem escreve o Carlos Alberto, ouvir gajos ainda do tempo de ler a Gina às escondidas dos pais, argumentar que o Magalhães facilita o acesso a sites pornográficos, ainda assim os meninos não escrevam “vagina” e “ratas” (*) no Google search.

 

Cá em casa há um puto que começou a andar pela net ainda antes de saber escrever e sem Parental Advisory. À parte um vírus marado que apanhou no sítio dos Transformers, nunca demos notícia de andar a bisbilhotar o RedTube ou o Megarotic ou o Pornoamateurs ou outros que tais.

 

Mas isso também é como tudo. Há os que dentro das aulas se vão aos professores por causa do telemóvel, e os que antes de entrar têm a preocupação de o desligar.

 

Conversa de merda. Pornografia my ass! Isto cheira-me é, como diz “o outro”, a bota-abaixismo.

 

(*) Como os tempos mudam! Quando era puto ninguém dizia “vagina” ou “rata”. Era mais uma palavra começada por C acabada em A e com um N no meio. Mas isso era aqui em Setúbal e na escola pública. Como não tive o azar de nascer na Linha e de andar no colégio privado, não conheço as outras realidades.

 

 

 

O stress

por josé simões, em 24.09.08

 

Eu até compreendo o stress de Pacheco Pereira.

O que fica é a imagem do Governo, deste Governo (não um Governo qualquer), em peso, a distribuir computadores como quem dá milho aos pombos. É o que o povo gosta. E o povo quer cá saber se o computador é português, chinês, ou até se é feito debaixo de água.

 

E o que fica, ou melhor, ficou, foi a imagem das avenidas cheias de alunos em protesto contra as políticas educativas da ministra Manuela Ferreira Leite, mais ou menos apoiados pelos pais, que vão depois apanhar a senhora nas Finanças com o défice a 6. 83% e a fugir à luta, obrigando Barroso a correr o partido de alto Morais Sarmento a baixo até à solução Santana Lopes, antes de fugir para Bruxelas. São estes que vão votar em 2009.

 

Uma questão de imagens. É este é o verdadeiro stress de Pacheco Pereira.

 

(Foto roubada no La Repubblica)