O jornal do militante n.o 1 a dar tudo
O jornal do militante n.º 1 a dar tudo em modo convocatória de panelaço no Chile para a chegada do Pinochet.
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O jornal do militante n.º 1 a dar tudo em modo convocatória de panelaço no Chile para a chegada do Pinochet.
Mesmo com uma carga fiscal de 60%, das mais altas da Europa, e a menos que se pense que o dinheiro que financia o Estado social, e ainda paga os bancos, nasce do chão, como é que o peso dos impostos pode ter reflexo, que tem, no consumidor se as gasolineiras aumentarem o preço do produto? 60% sobre 1 € será sempre 60% sobre 20 cêntimos de euro ou sobre 2 €.
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Ler nos online e nas "redes sociais" pantomineiros neoliberais, daqueles que têm a Margaret Hilda e o Governador da Califórnia nos idos do Woodstock Festival como foto de fundo, a acusarem António Costa de deliberadamente confundir autoridade do Estado com autoritarismo, pela forma como o Governo respondeu à greve dos camionistas das matérias perigosas e como lidou com a figura "requisição civil", depois de passarem a vida a elogiar a mão firme e a domesticação dos sindicatos que levou os "amanhãs que cantam" dos mercados aos States e à UK ;
Ler nos online e nas "redes sociais" pantomineiros do "De pé, ó vítimas da fome! De pé, famélicos da terra!" a acusarem António Costa de grave atentado ao direito à greve consagrado na Constituição da República, enquanto faziam figas para que o Pardal da trotineta fosse eclipsado pela negociação dos patrões com a CGTP, schnell, schnell, e que ninguém se lembrasse de que todos os anos nas páginas do Avante! lastimam a queda do Muro de Berlim e lamentam o fim da União Soviética, onde sindicalismo e luta sindical era na Sibéria, quando se encontravam todos a trabalhar como escravos no Gulag e em condições sub-humanas.
Tempos fantásticos para se estar vivo.
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Por uma daquelas estranhas coincidências da vida o início do Verão coincidiu exactamente com o início da greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas e, os incêndios que, em tempo fresco, estavam a todas as horas certas nos canais de notícias no cabo e a fazerem meia hora de abertura de telejornal nos canais em canal aberto, com repórteres de imagem em directo dos sítios mais recônditos do país onde nem o carro do Google Maps vai, pura e simplesmente desapareceram, Portugal deixou de estar a arder pela primeira vez nos últimos 20 anos, no mínimo.
Ou as televisões redireccionaram o histerismo mediático e com isso minimizaram o efeito copycat na floresta na exacta proporção em que o combustível desaparecia nas bombas de norte a sul do país?
E depois, quando este circo acabar, podemos falar de toda a contratação colectiva assente no baixo salário base compensado por horas a 50 e 75%, horas retiradas ao descanso pagas, descansos efectivos e complementares [dias de folga] pagos, refeições deslocadas, fora da base e à factura, diuturnidades e ajudas de custo, que foi negociada por sindicatos afectos à CGTP, no tempo em que os sindicatos tinham poder negocial e a Intersindical assinava contratos verticais, e da verticalidade sindical que, do princípio "a união faz a força", meteu no mesmo saco coisas diversas e diferentes, uma das razões para o nascimento dos novos sindicatos sectoriais e não alinhados?
Talvez depois haja muita coisa que fique mais nítida.
[Imagem de autor desconhecido]
Nestes 43 - quarenta e três - 43 anos de requisições civis há notícia de Santana Lopes ter "andado por aí" na porta de alguma fábrica, empresa, hospital, aeroporto, num qualquer local de trabalho, a cavalgar uma luta ou uma reivindicação a defender o fim da economia dos baixos salários enquanto acusa o Governo em funções de não ter feito aquilo que o Governo fez até ao limite do tolerável, sentar-se à mesa com as partes e viabilizar um acordo entre sindicatos e empresas privadas?
Faltam 45 dias para as eleições e "as sondagens valem o que valem", como gostam de repetir.
Uma conta paródia no Twitter, com aquele "picolete" de conta certificada e tudo, a decretar que quem decreta o fim das greves são os governos e não os sindicatos que as convocam.
Rui Rio, o líder paródia do PSD, no Twitter.
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A táctica do Doutor Pardal camionista consiste em a cada notícia desfavorável ao sindicato aparecer mais rápido que a própria sombra nos media a lançar outra bisca para cima da mesa que desvie a atenção do fracasso e crie outro facto. E andamos nisto há um mês. E isto não é negociação coisíssima nenhuma.
Segundo a direita radical, para Portugal não ter a gasolina racionada como na Venezuela, o Estado deve intervir numa empresa privada... como na Venezuela.
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Os mesmos da direita radical que privatizaram sectores estratégicos da economia na base do "aliviar o peso do Estado na economia" querem agora que o Governo intervenha num conflito laboral numa empresa privada. Como ainda lhes resta alguma vergonha, mais medo que vergonha, em exigir publicamente a suspensão do direito à greve, que advogam em privado, ainda os vamos ver clamar pelo sindicalismo responsável da CGTP na mesa das negociações e da concertação, contra o sindicalismo selvagem dos sindicatos não-alinhados.
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Enquanto as televisões, todas, em modo papagaio repetem o spin do sindicato dos patrões que os motoristas dos transportes de materiais perigosos auferem um salário líquido mensal de 1 500 € sem especificarem que é sobre uma amplitude horária [oficial] de 12 horas de trabalho, com subsídios de refeição, subsídios de risco, 1.ª e 2.ª refeições penalizadas, refeições fora da base, horas extra a 50 e 75%, extra diurno e extra nocturno, a fazerem por 650 € mensais de salário base o trabalho de dois motoristas, o terceiro elemento da equação, PSD e o CDS, mais rápidos que a própria sombra, saem a terreno a exigir que o Governo encontre uma solução para um conflito laboral entre os trabalhadores e os patrões de uma empresa privada. Nacionalize-se, portanto. É sempre o mercado a funcionar.
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A primeira página do Libération.