"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Afinal o copo não era Starbucks. Se fosse uma lata tinha sido Coca-Cola. Ou artefactos que já deixaram de ser marca e passaram a sinónimos. Uma Gillete é um deles. E a Coca-Cola é uma coca-cola por mais que a Pepsi se esforce.
Já que a Coca-Cola inventou o Natal. Vermelho. Tão amaricano que até parece antigo. E vermelho. E as músicas de Natal. Vermelhas. Com muitas vozes e muitos violinos e muitos sininhos. Vermelhos. Já que a Coca-Cola inventou o Natal em família. Vermelho de quentinho e de fraternidade e de paz na terra aos homens de boa vontade e neve a cair lá fora e luzes a cair cá dentro e grandes sorrisos a cair da boca para fora. Façam um favor a vós próprios e não comam o bacalhau e as couves acompanhadas de Coca-Cola.
Por favor alguém que me diga que isto não é verdade.
Há bocado fui aos supermercado fazer umas compras de emergência e encontro estas simpáticas garrafas na prateleira.
O “camarada” Jaime Serra (sim, esse mesmo), do alto da sua autoridade de resistente e de antifascista disse-me uma vez, era eu um puto de 13 ou 14 anos, que a Coca-Cola era o Imperialismo engarrafado. As voltas que o mundo dá!
Depois da Bella Ciao como banda sonora ao IKEA, o Internacionalismo engarrafado. Já faltou mais para haver um McEstaline ou um Lenine Fried Chicken.