"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O ministro da Propaganda do Governo que, desde o primeiro dia da tomada de posse, adoptou como estratégia deixar cair a conta gotas, cirúrgicas, a informação que mais lhe convém que a comunicação social passe para a opinião pública, como forma de testar a sua aceitação e o seu impacto; o ministro que introduziu o briefing, diário-bi-semanal-semanal-ou-quando-calhar, com a imprensa como forma de passar a informação entre o sector de marketing e comunicação do Governo e as agências contratadas meter a "boa saúde" da coligação a falar a uma só voz, passar a informação do ponto A até ao ponto B, e sem desvios laterais na transmissão da verdade a que temos direito, conseguiu dizer, sem se rir, que "é um acto que configura um atentado a aspectos fundamentais do funcionamento de uma democracia: tentar manipular a comunicação social dessa forma e indirectamente a opinião pública".
Um empregado de banqueiro que não se lembra se esteve presente numa reunião com um primeiro-ministro para apresentar uma proposta para iludir o Eurostat. Tudo rotinas do dia-a-dia de todos os dias. Como diziam os antigos, "olha que te caem os dentes!".
Mas atenção: não foi exactamente isto o que aconteceu!
A operação de “engenharia financeira” que ali está descrita, não é a operação de “engenharia financeira” que ali está descrita. Nós não percebemos é o alcance e a bondade da medida, que aliás, significa exactamente o contrário, e tem um alcance contrário, ao que ali está descrito, e que, outra vez aliás, até já era para ter sido riscada e rasgada.
E como está codificado em "hieróglifo laranjêz", aguardemos pela interpretação de um especialista, que nos elucide sobre a verdade dos factos e desmonte esta “campanha situacionista”.
A bem da Nação.
(Na imagem Stewardess Training via Chicago Tribune)