Da série "Grandes Primeiras Páginas"
A capa da Internazionale
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A capa da Internazionale
A diferença é que enquanto a polícia israelita detêm os suspeitos pelo assassinato do jovem palestino, a autoridade palestina não detêm ninguém, nem sequer tem suspeitos do assassinato de três jovens israelitas, nem tão pouco está para aí virada, o Hamas faz dos assassinos heróis nacionais e, se preciso for, ainda levam medalhas no Dia da Raça deles. Coitados dos palestinos.
[Imagem de Newsha Tavakolian]
Tentar encontrar o burro do beato das Neves [sem segundas intenções] na Igreja da Natividade.
[Imagem]
[Via]
Tal como aconteceu na Irlanda com o IRA e no País Basco com a ETA, para passar uma certa ideia de civilização, respeitabilidade [e respeito pelo jogo democrático], de que não é tudo farinha do mesmo saco, para haver um mínimo de empatia com a opinião pública ocidental. E com a cumplicidade dos jornalistas acéfalos e amorfos [e dos media que lhes dão emprego]. Tem mel. Há o Hamas e os terroristas do «braço armado do Hamas».
(Imagem Toe in a Mouse-Trap, Harold Gauer)
Escrever uma mensagem no muro entre Israel e a Cisjordânia numa espécie de Graffiti on Demand:
1) Paga 30 euros, os palestinos escrevem.
2) Recebe três fotografias digitais por correio electrónico
3) Pode enviar as fotografias também a um amigo
Home page em 6 línguas. Send a Message.
Suponhamos que aquando da descolonização e do regresso dos milhares de colonos portugueses das “províncias ultramarinas” – léxico Estado Novo –, ao invés de os termos integrado na sociedade da "metrópole" – léxico Estado Novo again –, os tínhamos enfiado nuns campos construídos para o efeito, ali para os lados do Alentejo ou de Trás-os-Montes, com o estatuto de refugiados retornados, e por lá ficassem, e por lá tivessem filhos a quem era concedido reconhecido o estatuto de refugiados retornados, e depois netos a quem era também concedido reconhecido o estatuto de refugiados retornados, e por aí fora.
Vem esta conversa a propósito da Orquestra Juvenil Palestiniana “Cordas de Liberdade”, composta por jovens com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos, e que, apesar de serem nascidos na Cisjordânia, continuam a ter o estatuto de refugiados que tinham os seus pais e os seus avós, quando há 50 anos fugiram ou foram expulsos das suas casas na guerra que se seguiu à criação do Estado de Israel. Cinquenta anos!
Nascer, viver e morrer com o estatuto de estrangeiro no seio do seu próprio povo.
Uma “reserva” humana conveniente, ali à mão, para servir de joguete e de arma de arremesso. Há pelo menos meio século que “a culpa é de Israel”.
(Foto fanada no Corriere della Sera)